Publicado em 20/01/2015, às 22h00 por Ivelise Giarolla
Eu cresci sendo a melhor aluna da classe, a perfeccionista. Planejei meu futuro desde o dia em que nasci. Estudei a vida toda querendo ser médica. Decidi todos meus segundos de vida visualizando uma família perfeita. Na primeira filha, queria uma menina e veio. Felicidade plena. Segunda filha, queria outra menina. Veio e veio com uma peculiaridade: com síndrome de Down. Desespero, pânico, mundo visto em tons de cinza. Sensação de impotência. Não conseguirei saber o futuro de minha filha. Vai sobreviver ao parto? Amamentar? Falar? Alfabetizar? Casar?
Lorena veio ao mundo para me mostrar que não consigo controlar as coisas. Será que conseguiria mesmo? Obviamente que não, mas achava que sim. Todavia, como a pequena não segue o padrão de uma linha de desenvolvimento comum, a ansiedade em uma pessoa controladora vai a mil. Sabe aquela pessoa que planeja a semana inteira no cérebro, sem precisar de agenda e não admite que nada saia do previsto? Essa sou eu.
Há algumas semanas decidi entender minha ansiedade. Será que conseguiria controlá-la um dia? Deve haver um meio, um modelo matemático, um fluxograma, dicas, enfim, algo que melhore minha ansiedade de querer as respostas da vida mais rapidamente.
Iniciei pelo básico: Google: “como controlar a ansiedade”. Milhões de tópicos, alguns religiosos, outros filosóficos, nada me convenceu. Pensei: “livros!” Achei alguns, mas nada que fosse exatamente o que eu queria ler. Queria respostas exatas, algum tratamento, chá, posições para dormir, qualquer coisa. E nada.
Após alguns dias pensativa, uma ideia: Psiquiatria! Óbvio! Nada melhor que psiquiatras para entender a mente humana.
Procurei uma psiquiatra e pedi as fórmulas mágicas. Ela ouviu atentamente minhas queixas e perguntou: “você tem algum medo, fobia, pânico?” Eu respondi: “não”. “Então sua ansiedade não é preocupante. Você mede riscos. Mas tenho vários livros se quiser ler”, ela concluiu. Finalizei a conversa convencida, finalmente.
Não tenho medo de nada. Só de morrer e deixar minhas pequenas sem mãe. Para isso também cuido muito da minha saúde (isso não evita a morte, mas também não acelera). Não tenho medo da vida. Não tenho medo de lutar pelo futuro das minhas pequenas. Não tenho medo de ter medo. Continuarei ansiosa por não poder saber como controlar o futuro. Continuarei ansiosa por ter que resolver problemas que surjam quando menos esperamos. Mas não terei medo. Isso que importa.
E vamos em frente que a vida segue como ela quer, não como nós queremos.
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