Publicado em 04/06/2018, às 12h16 por Ivelise Giarolla
Lorena tem síndrome de Down e quando ela nasceu, algumas coisas me incomodavam como ir às festas da escola e poder ali reparar o nítido atraso intelectual dela comparado com outras crianças da mesma faixa etária. Absolutamente NADA contra as comemorações, o problema estava em mim na bendita mania da comparação. Por vezes assisti as apresentações dela evitando observar se ela estava fazendo isso ou aquilo diferente do colega, como se criança nenhuma errasse algo numa aparição escolar (risos).
Mas o tempo passa, a maturidade chega para muitos e eu amadureci. Dedos foram apontados por diversas vezes para mim dizendo “não compare” e eu me ardia em culpa. Quanta frustração da minha parte, porém tenho certeza que não errei. Qual mãe não compararia seu filho se estivesse no meu lugar? Que atire a primeira pedra quem nunca fez isso e agiu como uma “super naturalidade” ao ver seu filho com atrasos ao lado de crianças com desenvolvimento típico.
Hoje em dia, finalmente, aprendi que cada indivíduo é único! Não há necessidade de nos compararmos com os outros, porque não existe ninguém com quem nos possamos comparar. Se Lorena desfraldou aos três anos como um marco de desenvolvimento de uma criança típica: ótimo! Mas, se não forma frases ainda aos cinco anos: paciência. Estamos trabalhando firme na fonoaudióloga, na escola e em casa para que isso venha acontecer com mais brevidade. E se falar com dificuldade? Será o que ELA irá conseguir com todas as intervenções e por mim a vida seguirá normalmente.
“O que você quer ser quando crescer?” Essa pergunta, aparentemente simples, sempre permeou a infância e adolescência de qualquer indivíduo em formação escolar, mas agora tão questionada por mim. Para ajudar minha filha nessa trajetória é preciso, antes de tudo, descobrir aonde ela quer chegar.
Lorena tem se demonstrado uma menina muito emponderada. Sabe o que quer, impõe idéias, lidera sem medo. Uma genética herdada da mãe e que me traz certo alivio porque ela sabe assumir-se como uma pessoa e não como uma deficiência e que isso perpetue por toda sua existência.
Agora consigo ver Lorena sendo Lorena. Sinto um orgulho imenso do que ela é e representa para uma sociedade. E espero que familiares de pessoas com deficiência leiam esse texto e reflitam como eu refleti. As apresentações da escola deixaram de ser um fardo mental entre muitas outras situações que me incomodavam.
E a eterna pergunta “o que ela vai ser quando crescer?” Vou responder: o céu é o limite!
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