Publicado em 24/05/2019, às 12h46 por Ivelise Giarolla
Final do ano passado, devido às alterações estruturais na escola das minhas filhas Marina e Lorena (que tem síndrome de Down), a educação infantil foi fechada e tivemos que mudá-las (com muito pesar) de colégio, às pressas.
Um dos terrores da família de uma criança com deficiência é encontrar uma escola acolhedora, aberta para diálogo e inclusiva de fato. Tudo isso superajuntado a um preço “pagável”, com uma logística cabível e período integral, no nosso caso. Algo como procurar agulha no palheiro.
O modelo da antiga escola era, para nós, muito bom e após período de desespero puro, resolvi procurar ajuda em uma clinica de psicopedagogia indicada pela coordenadora e tivemos algumas indicações para avaliações.
Resolvi visitar uma que me pareceu aos moldes da antiga (escola pequena) que foi bem referenciada pela pedagoga.
Chegamos apreensivos, eu e meu marido, e fomos atendidos pela coordenadora que escutou calmamente nossa história de amor de anos com o antigo ensino e nossa apreensão com as mudanças, medo do novo e de possíveis não adaptações. Creio que tenha sido até “chata” com meu discurso verborrágico, choroso e até mesmo desesperador, explicando que queria o melhor para as pequenas, especialmente a inclusão da Lorena.
Fim de reunião, fomos muito bem acolhidos e senti uma ótima energia na escola. Matrícula realizada e nem visitamos outros colégios. Naquela noite dormi em paz.
Estamos praticamente no final do semestre e as meninas se adaptaram muito bem. Fizeram novos amigos, entraram na rotina e eu fui me adaptando junto. Sempre há pontos a serem alinhados, mas isso é completamente normal em uma escola que está aberta a discussões e caminhos. O trabalho de uma criança com deficiência não é somente da escola. É uma transdisciplinaridade onde todos contribuem formando um elo comum.
E para mim, não tem alegria maior de ver Lorena incluída no ambiente escolar desenvolvendo seu aprendizado e fazendo novos amigos. Amigos estes que não fizeram diferença das suas diferenças. Amigos que comentaram em casa que “na escola tem uma amiguinha nova” sem citar qualquer menção de deficiência.
A inclusão é uma via de mão dupla e, ao contrário do que muitos pensam, ganham todos: os que incluem, o incluído, o corpo docente e todos aqueles que fazem parte do processo, direta ou indiretamente. Conviver com as diferenças promove a tolerância, incentiva o respeito e o amor ao próximo, além de colaborar para a construção de uma sociedade mais justa para todos os cidadãos.
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