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Tudo passa!

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Publicado em 25/11/2019, às 13h20 - Atualizado às 15h48 por Ivelise Giarolla


(Foto: Arquivo Pessoal)

Quase sete anos se passaram desde que minha filha Lorena, que tem Síndrome de Down, nasceu.

Na noite do dia vinte e cinco de setembro 2012, recebi a notícia, ainda grávida, que o exame genético dela constava a trissomia do cromossomo 21. Um misto de medo e de tristeza invadiu minha alma e por uns bons dias vivi em transe, sem saber o que fazer, nem onde ir, muito menos o que pensar. Uma venda cobriu meus olhos e eu não conseguia enxergar o futuro. Para falar a verdade, não sei como consegui focar para prosseguir a gestação com certa paz. Vale lembrar que tenho outra filha, na época com apenas dois anos, que precisava muito de mim também.

Ganhei inúmeros ombros amigos, familiares de pessoas com SD, que me acolheram. Afirmaram que Lorena seria uma criança com atividades normais, iria para escola, teria amiguinhos, dormiria na casa dos primos, todas essas coisas que a gente, por desconhecimento, achava que seria impossível de acontecer.

E não é que foi assim mesmo?

Hoje, após quase 7 anos do diagnóstico dela, incrivelmente passei o dia 25/09 sem se lembrar daquela noite. Fui me dar conta dias depois que havia me esquecido, ou melhor, esse dia não teria mais a importância ou trazia os sentimentos que anteriormente me ocorreram. Finalmente pude respirar fundo e dizer: tudo passa.

Hoje vivemos buscando as melhorias da pequena. Já passamos por fisioterapia, terapia ocupacional. Agora mantemos fonoaudióloga e psicopedagoga (sim, ela vai alfabetizar!). Lorena vai para escola regular, faz aula natação, judô, ballet, tênis, inglês (entende perfeitamente o idioma nas aulas). Tem um ótimo convívio social, vários amigos que amam como ela é. Vai em todas as festinhas, excursões, viagens, saímos para comer fora, passear, clube… Vida normal.

Claro que há dificuldades. Há atrasos no aprendizado, em compreensão de tarefas e na fala. Por vezes penso que as coisas estão dando passo para trás quando, de repente, ela dá dois para frente. Passos esses que valem todos os nossos esforços em apostar que ela é capaz.

Hoje percebo que estou fortalecida e o passado se foi. Não sei como será o futuro, ninguém saberá. Só tenho a certeza que nunca se sabe a força que tem, até que a única alternativa que resta é ser forte.

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