Publicado em 19/07/2020, às 05h17 por Mônica Figueiredo
Acho que assim que a mulher fica grávida, ou mesmo antes, quando resolve ter um filho, seja do jeito que for, imediatamente o cérebro se modifica e surge uma nova área, onde pensamentos muito loucos e específicos nascem, crescem, criam vida… É, esse negócio de ser mãe não é fácil, não. E estou falando só de mãe porque acho, mas acho meeeeesmo, com convicção, que a loucura de mãe é bem única, exclusiva, só dela. Pai é diferente, atua em outra frequência. Para começo de conversa, mãe pensa em círculo. E os círculos são vários, e se superpõe, tipo bolo de rolo, sabe? Claro que você sabe. Os temas dos pensamentos são os mais variados e muito frequentemente antagônicos. Conflitantes, óbvio. Por que seria diferente? Facilitar, jamais! A maternidade é para os fortes, fato!
Conheço um monte de mulheres bacanas, que na vida pessoal e profissional são super objetivas, diretas, seguras, tipo papo reto, gente que faz e “pah!”. Botam para quebrar, que quando chega no assunto filho se embananam todas. Pois é, filho tira a gente de qualquer eventual zona de conforto. Balança com todas as certezas e convicções de mundo, vira tudo de cabeça para baixo, de baixo pra cima, de cima sei lá para onde. É muita informação, muita dúvida, muita coisa para pensar, aprender, resolver, muita responsabilidade, enfim, toda aquela lista. Não sei como a ciência ainda não esclareceu de uma vez para toda a humanidade que a existência desse nosso cérebro paralelo de mãe não é uma encanação nossa, nem intuição, muito menos desculpa. As coisas iam ficar bem mais fáceis para o nosso lado. Pelo menos a cobrança pode ser menor né? Porque se não bastasse ter que lidar com toda a nossa loucura, como ainda somos cobradas por tudo quanto é lado, afffffffffe maria! Nem vou entrar diretamente no tema do isolamento social, porque aí é covardia. Além de tudo, tivemos que ser professoras! Gente! Sem chance. Mãe não é professora. Ponto.
O que eu quero te falar é que precisamos de vez em quando sair desse pensamento circular. Os métodos são variados, e cada uma descobre o seu: beijo na boca, amiga boa pra dar risada, meditação, vinho, esporte, leitura… Sei lá! Sei que alguma coisa você tem que ter, alguma arma secreta que te faz ser você ANTES de ser mãe. Para quê? Não só porque mãe também é gente e todo mundo precisa de recreio, como precisamos do espaço mínimo necessário para fazer algumas contas fundamentais para a nossa saúde mental.
Reclamamos com razão sobre as cobrançasque recebemos, mas não nos tocamos que somos as juízas mais carrascas, mais cruéis. Pegamos muito pesado com a gente mesmo. Isso é muito injusto. Chega. Tenho uma notícia para te dar: Você é muito melhor mãe do que você pensa que é, e você faz muito mais coisas “certas” que você acha que faz. Eu te garanto. O lado mais chato do pensamento espiral de mãe é não deixar que a gente se veja como realmente somos: ÓTIMAS. Ser mãe, em 2020, este ano que vale por dois mil, é de tirar o chapéu. Por isso, minha querida, essa coluna deste mês é só para te dar meus parabéns. Você arrasa e eu tiro meu chapéu direto. Receba meu beijo com muito amor e respeito que, aliás, crescem a cada dia mais.
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