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Amor para dois

Imagem Amor para dois

Publicado em 05/09/2013, às 21h00 por Nanna Pretto


Apesar de amar crianças e sempre querer viver rodeada por elas, eu sempre tive o discurso de que, por medo, gostaria de ter um único filho. Não o medo de não saber criar, longe disso. Medo de cometer alguma injustiça ou declarar um sentimento maior por um ou pelo outro filho. Na dúvida, era melhor  ter um. 

Claro que essa minha estratégia foi derrubada ao primeiro sorriso de Gabriel. Eu queria (e quero) a casa cheia de risadas marotas como aquela. Mas esse medo me rodeia e ainda persiste, principalmente agora indo para a 19a semana de gravidez. 

E se eu não conseguir amar igual? E se eu preferir mais um do que o outro? E se eu me identificar mais com o jeito de um e “priorizar” ele de alguma forma em meus sentimentos? Não me venha dizer que isso é impossível, pois eu ainda não acredito. Dá mesmo para viver dois amores incondicionais? 

Talvez por ter sido filha única de um lado e a mais velha do outro, e ter vivido a preferência maternal bem diretamente, eu carregue comigo esse medo de cometer essa injustiça sentimental. Será que vou amar igual? Preciso amar igual? Não quero ter que assumir um gosto maior por ou outro filho. Isso me mataria por dentro. 

Veja como se forma o vínculo da mãe com o bebê na segunda gestação

Fico pensando na minha avó e seus oito rebentos. Na minha prima com seus dois meninos e uma menininha linda. Na minha vontade de ter dois, três filhos. E aí, como a gente divide isso? Coloca numa balança e oferece 33% a cada um? Ou ama mais um quando o outro dorme e depois volta tudo a ser balanceado? Dá para equilibrar? 

Eu já tenho um vinculo afetivo imenso com esse bebê nessa metade de gestação. É como se ele já estivesse aqui com a gente. Já amo, já sinto por ele, já choro por ele (e como choro). Por outro lado, vivo um momento de amor louco com meu mais velho, na deliciosa fase de descobertas dos seus cinco anos. E penso: meu Deus, não me deixa perder nada disso quando o bebê nascer. É tão bom fazer parte dessas aventuras, dessa imaginação e dessa alegria de ser criança. 

Sempre pensei que mãe merecia mais que um coração. Um para as felicidades, outro para as tristezas e um para cada filho. Pelo menos. Assim a gente teria tudo divididinho, sem correr o risco de agir mais por um do que pelo outro. Enquanto isso não é possível, eu vou aproveitando cada minuto meu com o meu filho mais velho. Ainda sem concorrência de sentimentos!


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