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Quando nada é como você imagina

Imagem Quando nada é como você imagina

Publicado em 12/05/2014, às 21h00 por Nanna Pretto


Eu sou uma pessoa otimista. Costumo sempre olhar o copo meio cheio, achar o lado bom das coisas e imaginar que sempre vou aguentar o peso que despenca nas minhas costas. Mas olha, ver meu filho de menos de três meses passar mal em plena viagem de férias foi demais pra mim. Eu surtei, deprimi e só desejei voltar para casa. (Estranho falar isso quando sempre achei que Salvador era mesmo a minha casa!) 

Contei na semana passada que estava ansiosa e apreensiva sobre a primeira viagem que faria sozinha com os meninos. Gabi, de quase 6 anos, e Rafa de quase 3 meses. Em princípio tudo daria certo, afinal tiro de letra viajar para Salvador. Aí vem Deus, ri dos seus planos, e começa a disparar perrengue atrás de perrengue: a perda do celular antes mesmo de embarcar. Somado a isso uma atendente que não deixou eu despachar o carrinho de bebê junto com as malas. E um embarque sem finger (ou seja, sobe e desce de ônibus, com dois AND carrinho!), debaixo da maior chuva do mundo. Pouca mão para muita coisa, obviamente, lágrima nos olhos e uma noite em claro, afinal, o voo era de madrugada e eu só me toquei do problema que isso causaria horas antes do embarque. 

Rever a família é sempre bom, emocionante e confortou os percalços iniciais. Ter meu papai nos esperando em plena madrugada de sábado, um café da manhã todo personalizado, comer Cozido no domingo, ficar com voinha me dengando e até poder estar presente na missa de sétimo dia da minha linda tia avó (que se foi na semana anterior) fez muito bem pra mim. Mas aí… 

Greve da Polícia Militar na Bahia. Pânico na cidade, arrastões, informações mal encontradas, nervosismo instaurado na população e eu ali, com meus dois filhos. Deu medo sim. Deu desespero de pensar que algo pode acontecer com meus bichinhos… 

Fugimos da capital em direção à praia, o nosso paraíso particular. Junto com a gente veio uma crise respiratória que tomou conta de mim, inflamou toda a minha garganta e só começou a melhorar após uma bela dose de remédios.

Enquanto isso, o calor tirava Rafael do sério. Ele estava irritado, rejeitava o leite, odiava o suor e só relaxava no ar condicionado. Até o colo e o carrinho o incomodavam. Se por um lado Gabriel estava realizado ao lado dos primos baianos, Rafa estava bem incomodado. Eu, como mãe, estava percebendo isso aos poucos.

E aí vieram as tosses. E o nariz entupido. E uma febre baixa. Pronto, sabe aquele desespero lá da greve da PM? Do medo de que algo acontecesse com o filho? Ele voltou. Rafael ficou amuado, recusava o leite, até se refrescava na aguinha morna da piscininha que a gente fazia para ele, mas dormia mais do que o normal e não me mostrava tranquilidade. Enquanto eu ia melhorando da garganta, ele ia piorando. O nariz completamente entupido, o peito chiando e a sensação de sufocamento que ele tinha ao dormir fizeram eu antecipar minha volta em três dias, após uma vídeo-conferência com o pediatra dos meninos, que pacientemente avaliou os vídeos dele respirando. Diagnóstico: bronquiolite causada pelo vírus sincicial respiratório. Aquele mesmo que Gabi teve e ficou internado por alguns dias, como eu já contei lá no Dica de Mãe.

Pronto, lá vem a mãe se enfiar no poço de culpa. Culpa porque os problemas respiratórios dos meus filhos são herdados de mim. Culpa por talvez não ter cuidado tão bem dele. Culpa por achar que 70 dias de vida é ok pra levar um bebê para viajar. Culpa por me achar tão descolada e forte o suficiente pra encarar tudo isso sozinha.

Essa semana estou me sentindo particularmente culpada. Meu pequeno já está em tratamento, está tudo bem, optamos pelo home care (e não pela internação) e eu contei tudo explicadinho lá no blog. Mas o post de hoje foi necessário para eu colocar tudo isso pra fora, e dizer que tem horas que não damos conta. Essa viagem me mostrou isso.

OK, culpa, não!

Por mais difícil que seja levantar das rasteiras que a vida nos dá, temos que seguir. Afinal, eu sou uma pessoa otimista, certo?! Bora respirar fundo, fazer da dificuldade um aprendizado e seguir. Tem duas coisinhas lindas e amadas aqui que dependem de mim. E o show tem que continuar…


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