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E quando a gestação não vem?

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Publicado em 11/04/2018, às 14h33 - Atualizado às 14h38 por Dr. Rodrigo Rosa Filho


Um casal é considerado infértil quando tem relações sexuais frequentes sem uso de métodos contraceptivos pelo período mínimo de 1 ano, sem obter gestação. Atualmente, cerca de 15% dos casais enfrentam dificuldade para engravidar, chegando a 30% dos casais quando as mulheres têm mais de 38 anos.

A frequência das causas de infertilidade tem distribuição praticamente semelhante nos casais, sendo que o fator masculino responsável por 30% das vezes, outros 30% são de causa feminina, 30% de causa mista e em 10% dos casos a infertilidade é sem causa aparente.

Dentre os fatores masculinos, as causas estão relacionadas por alterações no sêmen com menor quantidade e qualidade dos espermatozoides, dificultando ou impedindo a concepção natural. Diversas doenças causam essas alterações, desde doenças genéticas, complicações cirúrgicas na infância, infecções, alterações hormonais, varicocele e hábitos de vida ruins, como tabagismo, alcoolismo, obesidade e sedentarismo.

Embora a mulher seja considerada a maior responsável pela fecundidade do casal, as causas femininas têm a mesma frequência que as masculinas. No entanto, pela complexidade do organismo feminino e pela responsabilidade direta na concepção, gestação e parto, a pesquisa das causas femininas é mais complexa e detalhada. Podemos dividir as causas femininas em:

Ovarianas:  referentes às disfunções e condições patológicas que afetam a produção, desenvolvimento, amadurecimento e expulsão do óvulo, assim como alterações na produção dos hormônios femininos. Importante sabermos que a quantidade de óvulos que a mulher possui é determinada antes do seu nascimento, e ocorre uma perda progressiva e inevitável desses óvulos ao longo da vida, até o momento que sua perda é total e definitiva: a menopausa. Além da idade, fatores genéticos, ambientais e determinados hábitos (como o tabagismo) podem acelerar essa perda do patrimônio ovariano.

Tubárias: referentes às alterações no transporte e capacitação dos espermatozoides, na captação e transporte do óvulo, no ambiente da fecundação e no transporte do pré-embrião até o útero. Também engloba o fator peritoneal, onde alterações na membrana que recobre as tubas promovem um processo de aderência prejudicial à captação do óvulo.

Uterinas: referentes às alterações na anatomia do útero que levam a um prejuizo na receptividade do embrião e sua capacidade de adaptar-se à gestação.

Cervicais: referentes às alterações no muco e sua função de transporte, capacitação  e seleção dos espermatozoides, alterações na capacidade de contenção e proteção do saco gestacional na cavidade uterina.

Imunológicas: referentes às condições de reconhecimento, adaptação e proteção dos gametas, fecundação, implantação e desenvolvimento do embrião.

Endometriose: doença de risco extremo à fertilidade feminina, que envolve múltiplos fatores em seu mecanismo promotor da infertilidade; desde alterações anatômicas e funcionais do útero, tubas e ovários, até condições desfavoráveis a fecundação e implantação relacionadas a fatores imunológicos.

Infertilidade sem causa aparente (ISCA)

Cerca de 10% dos casais não apresentam causa aparente de infertilidade, mesmo após serem submetidos a rigorosos exames investigativos. Assim, não se considera a infertilidade sem causa aparente como relacionada ao indivíduo, mas ao casal como unidade reprodutora. Muitas vezes, apenas quando submetidos a fertilização in vitro podemos diagnosticar nesses casais fatores relacionados aos gametas que até então eram obscuros nos exames rotineiros.

Muitos casais se deparam com a dificuldade em engravidar e com o passar do tempo, a tensão e angústia vão se tornando maiores. O importante é buscar ajuda profissional, pois com as técnicas de reprodução assistida como a inseminação artificial e a fertilização in vitro, a maioria dos casais inférteis alcançam a gestação.

O tipo de tratamento depende da causa da infertilidade, idade da mulher, e outros fatores.

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