Publicado em 19/12/2013, às 22h00 por Tatiana Schunck
Quem inventou o tempo?
Nós. Os homens.
Em tempos em que a própria experiência transformou-se em mercadoria, o que nos resta nesse tumultuoso tempo de fim de ano? É um trânsito mais agressivo que trincheira, é uma competição pela rua que é só minha e de mais ninguém, é uma falta de visão dos outros que estão ao seu lado, é um cada um por si e corre que atrás vem mais, é um excesso de shoppings, lojas, fastfood, brinquedos, brinquedos e mais brinquedos para encher nossas crianças de tempo preenchido a se ter o que fazer. O que fazer?
Eu e meu marido queremos menos brinquedos em casa, até porque os melhores momentos do nosso filho são aqueles em que ele encontra um pedaço de papel amassadíssimo escapado do lixo e insiste em pegá-lo com a pontinha dos seus dedos e colocá-lo incansavelmente na borda do seu trator, depois derrubá-lo e reiniciar todo o processo. Tão bonito ele assim, concentrado no seu tempo de descobertas.
Não é que não gostamos de brinquedos, mas há de se fazer alguma análise acerca desse excesso. Para que tanto botão sonoro, pelúcia colorida histérica, cores que não existem nem no arco-íris, jeitos prontos de se brincar e tempos de validade definidos? As crianças são seduzidas, sim, por essas artimanhas, nem questiono.
Mas ontem, nosso pequeno homem, nos ensinou que não precisa de muita coisa, não. Ele ganhou do amigo Matias uma estrela que ilumina quando se aperta um botão. Só isso. E, ele passa seu tempo brincando pelo corredor de nossa casa (que certamente será enorme para ele quando lembrar dessa sensação mais para frente), cada vez que passa pela estrela acende ou apaga a sua luz, conversa com ela, retoma suas corridas descalço batendo seus pés para fazer barulho e se diverte com seu próprio corpo tremendo pela velocidade encontrada.
A estrela é mercadoria comprada na loja e trazida para nossa casa, mas a relação que o filho estabeleceu com ela é que nos interessa. Ele percorre seus trajetos a cada luz ou falta de luz dada pela estrela. Ele se esquece dela enquanto encontra um objeto qualquer na cozinha, normalmente um pegador de salada que vira sua estratégia de comunicação e, de repente, se lembra que pode apertar aquele botão. Tão bonito ver tudo isso acontecendo. Ele percebendo as coisas que o envolvem nesse tempo de vida.
Enquanto escrevo passa uma formiga muito pequena pelo meu pé, tenho tempo de observá-la, enquanto meu filho segue com seu dedo tentando capturá-la. O mais incrível, ele a toca, mas não a esmaga, depois senta e observa o caminho por ela traçado, e é longo, viu?!
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