Publicado em 23/01/2021, às 11h19 - Atualizado às 14h58 por Thiago Queiroz
Eu nunca fui de entrar em conflitos. Nunca entrei em nenhuma briga, nem troquei socos com alguém. Na verdade, eu faço de tudo para não entrar em brigas. Só por essas informações, eu já teria a minha carteirinha de “macho viril” cancelada. Mas, com o tempo, comecei a perceber que existem certos conflitos que eu costumava evitar não exatamente por essa minha característica. Era por machismo mesmo.
No universo paralelo dos grupos de WhatsApp de homens, há uma coisa muito estranha que é: você nunca confronta o seu parceiro, camarada, irmão, brother, no meio do jeito que quiser. É contra o código de conduta dos machos. Se um cara, por exemplo, fala algo como: “Se liga, galera, olha aqui o vídeo da mulher que eu tô pegando”, normalmente há dois tipos de reações:
1. Os caras aprovam e comemoram a “vitória” daquele macho, como se ele tivesse ido à selva caçar e voltasse com um troféu.
2. Os caras que até se sentem incomodados com a exposição da pessoa, mas ficam quietos, porque são amigos do macho.
Deveria haver uma terceira opção. Na verdade, deveria haver só essa opção: confrontar o seu amigo, expondo o machismo e abuso daquela ação, mostrando que é absolutamente errado divulgar imagens íntimas de outra pessoa sem o consentimento. Que é criminoso, desprezível e asqueroso.
Isso nos leva de volta ao início da nossa conversa, eu normalmente ficava quieto quando via algum meme machista, porque detestava entrar em conflitos. Mas nesses casos, quando eu não me posiciono, eu estou assumindo o lado do opressor. Nesses momentos, eu preciso, sim, acusar o machismo das ações dos meus amigos.
“Ele fala umas coisas meio erradas, mas ele é um cara muito legal, ajuda todo mundo”, “Ele errou feio naquele dia com aquela piadinha, mas ele é sem noção mesmo. Fora do grupo é um dos caras mais gentis que conheço”. Eu mesmo já ouvi essas “desculpas” de homens que não se posicionaram por causa da amizade (ou “broderagem”), mas nada justifica nosso silêncio diante dessas violências do dia a dia de grupos de WhatsApp.
Por isso, da próxima vez que você ouvir alguém falando que todo homem é machista, especialmente se for uma mulher dizendo isso, ao invés de bater no peito e responder: “Ah, mas nem todo homem!”, lembre-se de todas as vezes que você fez “vista grossa” para um amigo que foi machista ou abusador em um grupo de WhatsApp perto de você.
Nós, homens, somos machistas porque fomos socializados assim desde crianças, mas é nossa escolha desconstruir isso hoje, com urgência. Faça essa escolha, nem que isso dê a você o papel de “chato do grupo de zapzap dos caras”.
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