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Cortina e Super Bonder

Coluna Equilibrista

Publicado em 04/12/2015, às 14h43 por Cecilia Troiano


Coluna Equilibrista

Há pouco tempo revelei aqui uma experiência que tivemos com nossa filha, contando as aventuras que vivemos juntos com ratoeiras e Skype (Pais & Filhos). Falava de conexão entre pais e filhos, situações onde mesmo a quilometros de distância conseguimos estar próximos de nossa prole. Pois é, tendo filhos que moram fora de casa vivemos algumas dessas situações com alguma frequência. Momentos únicos e inusitados onde nos sentimos perto um do outro, mesmo morando em hemisférios opostos.

Assim, estavámos meu marido e eu por pouco mais de dois dias visitando nosso filho na universidade onde ele mora na Carolina do Sul (EUA) quando ele nos pediu ajuda para comprar uma cortina para seu quarto. Mais do que isso, era também para ajudá-lo a instalar a cortina.  Claro, já estávamos a postos! Afinal prontidão e paternidade andam juntos, na maioria das vezes.

Pegamos o carro e juntos os três fomos à loja. Levamos um bom tempo para chegar a um consenso sobre qual cortina comprar. Era melhor uma cor azul  que combinaria com as colchas e deixaria o quarto mais escuro? Ou seria melhor uma com fundo do tipo “blackout” que veda 100% a luz? Mais claro ou mais escuro? Depois de uma reunião familiar em plena loja, a voz do dono do quarto teve mais peso, é claro, e saímos com a cortina azul que “ornava” mais com o ambiente. Até aí, tranquilo.

Depois veio a segunda parte, a escolha do varão da cortina, um processo que exigiu um certo esforço. Qual o diâmetro ideal? E os suportes do varão, dois bastavam para as pontas ou precisávamos de um no meio? Xi, mais um detalhe que havíamos nos  esquecido, a fixação do varão à parede. Como pendurar  a cortina se não se pode furar nada na parede onde nosso filho mora? A simples compra da cortina começava a ficar complicada.

Passamos da clareza e certeza para a escuridão das dúvidas.  A coisa começava a ficar complicada. Meu marido, engenheiro, ficou pensando em como colocar o varão da cortina preso à parede sem o uso de parafusos e furadeira. A saída seria usar aquelas fitas adesivas  especiais para pendurar coisas que garantem ficar firmes e assim aguentariam o peso da cortina. Pronto, tudo comprado e a primeira batalha fora vencida. Tudo à mão.

Agora iríamos para a fase 3, a instalação. Outra novela! Mede aqui, mede alí, posição definida, um sobe na cama para atingir a altura, o outro passa o suporte do varão que iria ser fixado com a fita super potente. Rapidamente conseguimos prendê-lo, apesar do braço adormecido de meu filho que ficou um bom tempo com eles para cima para garantir que a cola tinha pegado mesmo. Aconselhamos a ele para esperar até o dia seguinte para colocar a cortina pois o peso e a cola ainda fresca poderia não sustentar.  O quarto ficaria claro mais um dia, ele teria que ter paciência mas isso garantiria o quarto escurinho pelo resto de sua estada por lá. Ele acatou nossa sugestão.

No dia seguinte… Fracasso total. A tal fita, apesar da promessa na embalagem, não sustentara o peso da cortina e caíra. Aquilo que era claro que daria certo cede espaço à dúvida com ares escuros. Surge mais uma ideia do meu marido. Desta vez tentaríamos prender os suportes do varão com cola Super Bonder. Se essa cola prega até carro na parede, como uma vez mostrou a propaganda da marca, ela iria aguentar uma simples cortina em um dormitório de uma universidade, não é claro? De novo, sugerimos esperar algumas horas até o teste final.

Nesta espera descobrimos que o tal varão, que vem em 2 peças para ser ajustadas ao tamanho desejado como se fosse um telescópio, não ficava estável de jeito nenhum. As duas partes ficavam moles sem formar um varão “normal” de cortina, firme e forte para ser apoiado nos suportes. Puxa daqui, puxa dalí e nós três tomando baile do varão. Achamos que o varão estava com defeito. Pai e mãe, de prontidão, decidem comprar outro varão e lá vamos nós ao WalMart mais próximo.

Diante da gôndola, outra reunião de família. Aparentemente todos os varões são iguais e teriam o mesmo problema. Nós é que não estávamos muito competentes para montá-lo, essa é a verdade. De qualquer forma, como o tal varão era baratinho, saímos com um novo na tentativa de desta vez conseguir. Engano nosso. Nada do varão ficar firme e de novo o jeito foi apelar para a Super Bonder. Na “marra” colamos as duas partes do varão e estes ficaram juntinhos, perfeitos. Claro, o negócio é Super Bonder e pronto. De novo. Agora era esperar algumas horas para o teste final.

Bom, os 2 dias de estada com nosso filho acabaram. Neste momento estamos, meu marido e eu, no aeroporto esperando o avião para voltar ao Brasil. Mas nossa cabeça está lá em Greenville, no quarto de meu filho, pensando na cortina. Não tivémos tempo para ficar para o desfecho da história. A instalação da cortina ainda é uma icógnita. Será que a Super Bonder funcionará e ele conseguirá finalmente ter um quarto do jeito que ele queria, escuro? Bom, de ratoeira e Skype acabamos ficando experts. Espero que saiamos dessa como experts em cortina também. Na verdade, acho que a cortina era apenas uma boa desculpa. Como foram a roteira e o Skype com nossa filha. A cortina é apenas um veículo para estarmos juntos, no claro ou no escuro. Mas sempre juntos! Claro.


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