Publicado em 24/08/2021, às 08h28 por Cecilia Troiano
“Help, I need somebody
Help, not just anybody
Help, you know I need someone
Help! I never needed anybody’s help in any way
But now these days are gone,
I’m not so self assured
Now I find I’ve changed my mind and opened up the doors….”
A icônica música “Help” dos Beatles deu nome a um dos álbuns mais bem sucedidos do grupo, lançado em 1965, e, desde então, foi ouvido por milhões de pessoas pelo mundo, encantadas pela melodia e pelos versos. Se em 1965 o grito de ajuda apontava para uma direção da busca de liberdade naquela época, hoje podemos ouvi-la também como um clamor por liberdade, mesmo que com outra tonalidade.
Já observaram como temos dificuldade de pedir ajuda e nos mostrar frágeis? A sociedade do desempenho e dos likes, criada na pós-modernidade e muito bem ilustrada pelo filósofo coreano Byung-Chul Han, mostra o quanto estamos obcecados por apenas mostrar força, velocidade e positividade. Tiramos de nós qualquer chance de mostrar algo mais negativo ou que esboce sinais que possam nos colocar como fracos. E assim vamos carregando o peso de sermos sempre cidadãos de alta performance, autônomos e eficientes, seja em nossa vida pessoal, seja na profissional. Da mesma forma, também como pais e mães, exigimos de nós mesmos essa mesma performance midiática, positiva e instagramável. Será possível?
É claro que não. O grito dos Beatles por help, quadros de depressão e ansiedade em alta, burnout batendo à porta, a exaustão que nossos corpos e mentes sentem e nossos rostos estampam, já são claros sinais (ou sintomas) de que há algo muito errado. Estamos sim gritando por help, mesmo que não queiramos ouvir. Não digo ajuda psicológica, que também é muito bem-vinda, mas ajuda para nos abrirmos para essa consciência de que não damos conta de tudo sozinhos. É interessante na letra dos Beatles a mudança de estado que ela propõe, quando fala “I never needed anybody ‘s help but these days are gone”, ou seja, eu nunca precisei de ajuda, mas esses dias ficaram para trás. Essa mudança de postura, de se achar auto suficiente para se mostrar vulnerável e, portanto, alguém que precisa de ajuda, é fundamental!
Se há algum lado positivo nessa pandemia, talvez seja esse, o de mostrar que estamos todos vulneráveis e que não é possível vivermos isolados e sem a ajuda do outro. Pode ser do marido, da esposa, de avós ou amigos. Pedir ajuda não nos faz pessoas mais fracas, ao contrário, é um ato de grande coragem. Para isso, se comecei com os Beatles, termino com uma passagem bem atual, do brilhante e encantador livro de Charlie Mackesy, “The boy, the mole, the fox, and the horse” (já disponível em português, com o título “O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo”, da Editora Sextante): “Qual a coisa mais corajosa que você já falou?”, pergunta o menino. “Me ajuda. Pedir ajuda não é desistir, é se recusar a desistir”, responde sabiamente o cavalo.
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