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No reino dos avós

Imagem No reino dos avós

Publicado em 11/08/2013, às 21h00 por Cecilia Troiano


O livro é um bom passatempo, até o momento de conhecer de perto a maravilha que é ser avô

Essa é a dedicatória que recebi do Dr. Leonardo Posternak, co-autor do “Livro dos Avós: na casa dos avós é sempre domingo?”, escrito em parceria com a terapeuta Lidia Aratangy. Aliás, Dr. Leonardo é presença constante na Revista Pais & Filhos e segue sendo o eterno pediatra dos meus filhos, já não tão crianças assim! O sentimento que transborda nessas palavras é inquestionável: o vovô Leonardo está babando de orgulho, alegria e prazer na relação com a neta. Aliás, tal comentário, com essas ou outras palavras similares poderia ter vindo da boca de outros tantos avós que conheço.

Essa magia do envolvimento de avós com seus netos é sempre relatada repleta de doçura, sorrisos nos lábios e com um forte sentido de admiração. Tudo isso sem nenhuma responsabilidade diária relacionada à educação do neto. A curtição prevalece à obrigação na relação com os netos. É tudo de bom!

Que o amor de avós para netos é imenso e incondicional, isso não é novidade para ninguém, certo? Mas o que me chama a atenção é como a “população” de avós ao redor do mundo é imensa. Não tenho dados brasileiros, mas há muitos de outros países. No livro que cito acima, os autores falam que as estatísticas mostram que o século XXI será o século dos avós! Entre os americanos, por exemplo, mais da metade deles se torna avô entre 49 e 53 anos e “passa” 30 a 40 anos nessa “função”. Além disso, metade deles declara ter contato semanal com seus netos, mesmo num país onde é tão comum as famílias se espalharem geograficamente. Na França, cerca de 80% das pessoas com mais de 65 anos têm netos e quase a metade delas será bisavó ou bisavô. E, pasmem, 20% das mulheres com mais de 80 anos são tataravós! Na Inglaterra existem hoje 16,5 milhões de avós e, por volta dos 50 anos, metade da população tem netos. No Brasil não achei números para confrontar com esses, mas acredito numa realidade bastante semelhante.

E o que esses números têm a ver com a vida de equilibrista? Tudo! Aqui, como em tantos outros países, muitas mães que trabalham dependem dos avós para ficar com os filhos em sua ausência. Na pesquisa que originou o livro “Vida de Equilibrista: dores e delícias da mãe que trabalha”, 25% das mães deixam os filhos com os avós enquanto trabalham. O número da Inglaterra é idêntico a esse, ou seja, aqui no Brasil mesmo com a facilidade de termos uma babá, a confiança nos avós nos aproxima das inglesas. É incrível o papel social que os avós ocupam hoje na sociedade contemporânea. Eles são uma peça fundamental para garantir que a vida ativa, especialmente das mulheres, seja possível. Apesar de todas as dúvidas, vantagens e desvantagens de se deixar os filhos com os avós, é incontestável a segurança que essa opção confere aos pais. No reino dos avós, o que não falta é carinho e amor para os netos. Para muitos casais, isso já é motivo suficiente para essa tomada de decisão. Mas, como sempre, cada família tem um jeito, cada filho tem suas manias e cada avó tem seus próprios mimos, a decisão não é tão simples como parece: deixar ou não na casa dos avós ainda é um tema muito discutido em boa parte das casas das equilibristas.


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