Publicado em 03/10/2017, às 09h00 por Redação Pais&Filhos
Ser a favor da inclusão virou moda. E isso traz tanto benefícios quanto prejuízos para um assunto tão importante. O lado bom é que o tema é comentado. Ainda que melhor discutido do que colocado em prática, o debate abre portas que antes nem eram vistas como possibilidades.
A parte negativa é que é notável a ideia de que “daqui a pouco tudo se acomoda e passa”. E os esforços que deveriam ser semelhantes ao de uma maratona acabam por se transformar em uma corrida rasa. Com pouca energia para continuar o percurso, os educadores vão desistindo.
A inclusão é um processo infinito. Sempre haverá adequação a ser feita. Para olhos atentos, haverá sempre novos aprendizados sobre cada criança e eles gerarão mudanças na proposta pedagógica da escola.
Peraí… você disse “da escola”? Sim, quando a escola assume de fato seu papel na inclusão, a mudança para melhor acontece e atinge alunos, professores e famílias. Adaptar uma aula ou um conteúdo para estudante com diferentes necessidades é uma arte que se aprende quanto mais se pratica.
A luz vem quando a visão sobre o processo já foi ampliada o suficiente para que o professor entenda que todos, absolutamente todos os alunos têm necessidades especiais. Isso é mais verdadeiro quanto mais nossos filhos vão perdendo a capacidade de foco, de concentração e já não desenvolvem habilidades que desenvolvíamos quando crianças, lá nos antigamentes, no convívio com a família.
Pais sem preconceito sabem o quanto ambientes que valorizam a diversidade podem beneficiar o crescimento cognitivo e emocional de seus filhos. Pais de filhos com alguma necessidade especial? Não, pais de filhos e ponto final.
O grande desafio está em encontrar escolas que não estão preocupadas em atender leis que impõem a inclusão. Mas elas existem, felizmente. Há escolas que fazem um trabalho sério, lindo de ver e que, pasmem, acabaram por descobrir que os grandes beneficiados são os alunos que, a princípio, não precisariam de adaptação do material ou plano de aula.
Pode soar utópico, mas é real. Afirmo porque me transformei na profissional e na mãe que sou porque a escola soube me incluir – 50 anos atrás, quando ainda não se discutia a inclusão. E isso fez toda a diferença na pessoa que sou, nos obstáculos que venci, na crença que tenho sobre a capacidade de aprendizagem de todo e qualquer aluno.
Aos poucos vamos contando para vocês onde estão e quais são essas escolas que não descansam jamais. Seguem na busca de caminhos para cumprir seu papel de ensinar, educar, transformar. Um ponto comum entre elas: não fazem o trabalho sem a participação dos pais, das famílias. Das famílias de filhos de inclusão? Não, das famílias! Não importa quem seja seu filho, ela será beneficiado se a escola estiver fazendo um bom trabalho e se vocês, responsáveis, estiverem plenamente envolvidos.
*Por Taís e Roberta Bento, mãe e filha
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