Publicado em 31/03/2020, às 11h34 - Atualizado em 16/01/2023, às 09h17 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Se não está sendo fácil para você lidar com a quarentena, imagine para as crianças. Ficar em casa, nesse momento, é fundamental para garantir a segurança de toda a família. Mas com tanto tempo de isolamento e convívio, é comum que aconteçam birras com mais frequência, uma vez que todos estamos mais tensos emocionalmente ao longo desses dias. É isso que pontua Viviane Marques, psicóloga, educadora parental e fundadora do Psicologia com Empatia, filha de Ana Lucia e Paulo.
“Costumamos chamar de birra a falta de controle emocional das crianças diante de algumas situações. Isso porque elas ainda não desenvolveram completamente a parte do cérebro capaz de controlar os impulsos”, explica. O isolamento social faz com que as crianças se sintam inseguras e, muitas vezes, sem entender o que realmente está acontecendo. Elas apenas sentem que a rotina mudou drasticamente.
Como prevenir a birra?
Antes de qualquer apontamento, uma coisa precisa ficar clara, de acordo com a especialista: “Saiba que não é pessoal e nem contra você”. Como dito acima, faz parte do processo de desenvolvimento e não existe uma fórmula mágica para resolver, apenas técnicas para lidar com a situação da melhor forma e reduzir esses momentos de choro e gritaria sem fim. A psicóloga elege três dicas para prevenir esse comportamento durante a quarentena:
Nesse momento, a previsibilidade e o afeto serão suas melhores amigas para acalmar as crianças. Mas lembre-se, estar calmo é a melhor (e única) forma de acalmar o seu filho. A irritação só será mais combustível para esse comportamento. “Diga que entende a frustração dela, ofereça que juntos vocês encontrem uma solução para a situação, mas não permita algo que você não deveria, pois isso será cobrado de você em breve pela própria criança em outra situação”, alerta. Mentir não é uma opção nessa e em nenhuma hora.
Nada melhor que uma boa conversa
O diálogo também faz toda a diferença, mas precisa ser feito quando a criança já está mais calma para funcionar. “Algo que ajuda muito nessa hora é vocês terem um cantinho da casa combinado anteriormente que servirá como “cantinho da calma”. Tenham um sinal entre vocês e quando as coisas estiverem chegando em um nível intenso, a criança vai sozinha para esse cantinho e se acalma. Lá podem ter ursinhos, potes da calma, gibis, lápis de cor ou qualquer coisa que ela queira colocar. Quando se sentir preparada, ela voltará, te avisará que está tudo bem e vocês poderão conversar sobre isso”, sugere.
Lá pelo 1 ano e meio de idade a fase da birra tende a começar. É inevitável e não será fácil. Para que a criança se desenvolva e seja capaz de negociar as suas próprias vontades, sem manipular ou fazer chantagem, é preciso ser firme. E você vai fazer isso pelo mesmo motivo que fica com o coração doído: porque você o ama. Se você fica em dúvida de pegar o filho com menos de 1 ano no colo quando ele chora, não tenha. Pegue, acolha, abrace. É disso que ele precisa. O que chamamos de birra nada mais é do que a criança aprendendo a se posicionar diante das negações dos adultos. Não existe desenvolvimento saudável sem birra.
Nessa conversa sobre a a manifestação do comportamento dele, vale explicar que existem muitas formas para tentar resolver os problemas que ele enfrenta e que o seu papel será sempre ajudá-lo com isso. Quando ele se acalmar, poderá contar com você para conversarem e resolverem a situação com muito amor, respeito e compreensão. Aprender a lidar com frustrações é muito importante para a criança e você sempre será o melhor guia para ela. A sua reação diante das situações, inclusive aquelas que a criança não participa mas observa, servirá como modelo para ela e, a medida que ela amadurece, se apropriará mais de suas reações escolhendo como colocá-las para fora de forma mais consciente.
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