Criança

Caso Miguel: criança de 7 anos é medicada pela mãe e tem corpo jogado no rio

Miguel foi morto pela mãe e teve corpo atirado no Rio - Reprodução/ G1/ RBS TV
Reprodução/ G1/ RBS TV

Publicado em 03/08/2021, às 08h33 - Atualizado às 10h35 por Sandra Lacerda, filha de Sandra e José Leonardo


Na última quinta-feira, 29 de julho, o menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foi medicado pela mãe e teve o corpo jogado no rio Tramandaí, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, confessou o crime e o caso está sendo investigado pela polícia.

De acordo com o portal G1, Yasmim e a companheira, Bruna Nathieli Porto da Rosa, foram presas temporariamente nesse domingo, 1º de agosto. A mulher também está sendo investigada por suspeita de participação no crime de tortura contra o menino. Ela negou qualquer envolvimento na morte de Miguel e afirmou que a mãe do garoto agiu sozinha. O advogado de defesa das duas disse que só se manifestará nos autos do processo.

Bruna foi presa após investigações policiais terem encontrados vídeos que indicam cárcere privado e tortura psicológica de Miguel. Mensagens trocadas entre as duas mulheres mostram que elas pretendiam comprar correntes para prender o menino.

Entenda o caso

Na madrugada da última quarta-feira, 28 de julho, Yasmin, de 26 anos de idade, deu vários remédios ao filho Miguel e o colocou dentro de uma mala. Em um depoimento, a mãe informou à polícia que, naquele momento, não sabia se o menino estava vivo ou morto.

Antonio Carlos Ractz, o delegado que está investigando o caso, explicou: “Para fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo. Repito, ela não tem convicção de que o filho estava morto”.

Na noite de quinta-feira, 29 de julho, ela foi até a delegacia registrar o desaparecimento do filho. O delegado disse: “Ao anoitecer de ontem [quinta], a mãe dessa criança, com a sua companheira, procurou a DPPA [Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento] de Tramandaí, a fim de registrar uma ocorrência policial de desaparecimento de seu filho. Alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou desconfiança da BM e PC”.

Ao ser procurada e questionada pelo delegado responsável, Yasmin teria admitido o crime. Antonio Carlos contou que a suspeita não demonstrava nenhum sentimento pelo filho, e sua maior preocupação parecia ser com a companheira, e não com a criança. Ele afirmou: “Ela tem um perfil de psicopata. Durante toda a minha carreira, eu não havia me deparado com alguém tão frio”.

Em depoimento, a mãe teria alegado que o filho era fruto de um estupro, mas a polícia desconfia da alegação, já que ela morava com o namorado na casa dos próprios pais.

Miguel sofria tortura física e psicológica

As investigações policiais levaram a conclusão de que o menino sofria maus-tratos e violência psicológica. O delegado Antonio Carlos acredita que o menino era mantido dentro de um guarda-roupa. A Polícia Civil recebeu um vídeo que mostra o menino conversando com Bruna de dentro do armário. A companheira da mãe de Miguel ameaçou a criança: “Eu vou te cuidar. Se a tua mãe chegar e tu te mijar, eu te desmonto a pau. Eu te desmonto, eu te desmonto, eu te desmonto, e tu vai sair todo quebrado. Se tu se mijar, eu pego o teu mijo e esfrego na tua cara”.

Bruna perguntou a Miguel porque ele “dava com a cara no armário” e se “jogava” quando a mãe, Yasmin, estava presente. A criança disse que fazia essas coisas por acreditar que a mãe o ajudaria. Ele falou: “É porque com ela eu acho que daí ela me ajuda. Com ela eu tento me aparecer de todos os jeitos pra ela dizer: ‘não, vou deixar ele solto, porque olha, ele não consegue segurar o xixi e ele preso ele não consegue ir no banheiro sozinho, ele precisa avisar e ele não tá avisando, então eu vou deixar ele solto”.

O delegado afirmou que a criança vivia sob péssimas condições. Ele falou: “Era desnutrida, embora tivesse matriculada na escola, não tinha amigos, não frequentava lugar algum, era trancada em um cômodo da casa, posta de castigo, trancada amarrada dentro de um roupeiro”.

Buscas pelo corpo de Miguel

Os bombeiros foram acionados para encontrar o corpo do menino de 7 anos. As buscas começaram no Rio Tramandaí a partir da denúncia do desaparecimento da criança. Foram usadas motos-aquáticas, botes, lanchas e um drone para identificar os locais de mais difícil acesso. A Equipe de Mergulho de Porto Alegre também foi convocada e procurou o corpo na tarde de sábado, 31 de julho, e em todo o domingo, 1º de agosto. Cerca de 16 homens atuaram na operação.

Bombeiros estão procurando o corpo de Miguel no litoral Norte do RS (Foto: Reprodução/ G1/ Corpo de Bombeiros Militar)

Devido ao curso do rio desaguar no oceano, agora os bombeiros também procuram nas praias. O comandante do CBM de Tramandaí, Elísio Lucrécio, explicou: “A correnteza do rio está forte, continua mandando água para fora, em direção ao mar. Já será o terceiro dia de vazante. Então isso também diminui as nossas chances de o menino ainda estar na lagoa, estar no rio”.

A Marinha, da Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar e da Polícia Civil, também apoia os bombeiros. A equipe também pede a ajuda de pescadores da região, que eventualmente podem avistar o corpo do menino no mar. O comandante da CBM  de Tramandaí disse: “A gente pede para os pescadores e também à população se, deparando-se com algum objeto ou alguma coisa flutuante que possa ser comparado ao corpo de uma criança, que nos ligue. A gente, de imediato, vai fazer a vistoria in loco”. Na terça-feira (3), as buscas entraram no sexto dia, sem a localização de Miguel.


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