Publicado em 18/02/2014, às 18h24 - Atualizado em 26/06/2015, às 08h38 por Redação Pais&Filhos
Com a volta às aulas e a convivência com os amigos da escola, as crianças ficam mais vulneráveis aos piolhos. Basta ver uma delas coçando a cabeça que o alerta para a contaminação já vem à tona.
Os piolhos são pequenos insetos que parasitam o homem e provocam uma doença chamada Pediculose, que é a infestação no couro cabeludo.
O primeiro sinal é a coceira. Ela acontece por causa da reação do corpo à alimentação do piolho. Ao encontrar um vaso sanguíneo, o inseto injeta saliva naquele local. Uma enzima impede que a pessoa sinta dor, mas enquanto ele se alimenta, outra enzima entra em ação e a combinação destas substâncias promove a reação da coceira.
Transmissão
O piolho não tem capacidade de voar nem de pular. A transmissão só acontece pelo contato direto, por exemplo, aproximando cabeças para tirar fotografia, ou pelo compartilhamento de objetos pessoais, como pentes, prendedores de cabelos, bonés e travesseiros.
Por preferirem ambientes quentes, escuros e úmidos, o verão é uma das estações em que a proliferação de piolhos aumenta. O biólogo Júlio Vianna Barbosa, pesquisador do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), afirma que, quanto maior a temperatura, mais acelerado é o desenvolvimento do inseto.
Tratamento e prevenção
A forma de tratar é bem simples. Barbosa recomenda o pente fino: com a criança sentada de costas, o cabelo deve ser dividido em partes, e o pente deve ser usado da base até o final dos fios. Coloque um pano branco nos ombros, para facilitar a visualização dos piolhos retirados. Você também pode usar um creme de pentear.
Para retirar a lêndea, que é o ovo do piolho, é recomendável que se utilize uma mistura de água e vinagre, na mesma proporção. Passe um pedaço de algodão molhado com a solução em três ou quatro fios de cabelo de cada vez, da raiz até as pontas.
Barbosa alerta que todo tipo de tratamento deve ser realizado com orientação médica. Alguns métodos são usados de forma errada e podem até eliminar os piolhos, mas não matam as lêndeas.
Consultoria: Júlio Vianna Barbosa, pesquisador do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), é biólogo.
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