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Conheça 4 tipos de bullying e saiba como lidar em cada caso

Bullying verbal, físico, relacional e cyberbullying são os tipos mais comuns - Shutterstock
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Publicado em 09/02/2016, às 09h37 por Redação Pais&Filhos


Bullying é um termo utilizado para situações em que uma pessoa está agredindo verbalmente ou fisicamente uma outra pessoa. Ele acontece de forma repetida dentro de um relacionamento onde há desequilíbrio de poder ou força. Ele assume muitas formas – verbal, física, relacional e pela internet. Embora as escolas estejam adquirindo maneiras mais eficazes de lidar com o isso, os pais ainda são a chave que podem capacitar as crianças para prevenir e conter os casos. Aqui estão dicas sobre como lidar com os quatro tipos mais comuns de bullying.

Bullying verbal

O que é: o bullying verbal, ou intimidação com palavras cruéis faladas, envolve xingamentos, ameaças, e comentários desrespeitosos sobre os atributos de alguém (aparência, religião, etnia, deficiência, orientação sexual, etc.).

Exemplo: Quando uma criança diz para outra criança: “Você é muito, muito gordo, igual a sua mãe”

Como detectar os sinais: As crianças podem se afastar, tornam-se temperamentais ou apresentam uma mudança no apetite. Elas podem dizer algo doloroso que alguém lhes e perguntar se você acha que é verdade.

O que fazer: Em primeiro lugar, ensine seus filhos o que é respeito. Através de seu próprio comportamento, como reforçar que todos merecem ser bem tratados – agradecer professores, elogiar amigos, ser gentil com os funcionários da loja. Ensine também autorrespeito, e ajude seus filhos a apreciar os seus pontos fortes.

“A melhor proteção que os pais podem oferecer é estimular a confiança e a independência do seu filho e estar disposto a agir quando necessário”, diz Shane Jimerson, Ph.D., psicólogo de escola e professor da Universidade da Califórnia, Santa Barbara. Discutir e praticar formas seguras pode ajudar seu filho na hora de responder à intimidação. Combine com ele algumas respostas para responder, como “Isso não é legal”, “Deixe-me sozinho”, ou “Deixe-me passar”.

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Bullying físico

O que é: agressão física e/ou intimidação física que envolve o ato repetido de bater, chutar, fazer tropeçar, bloquear a passagem, empurrar, e tocar de maneiras indesejáveis, inadequadas e agressivas.

Exemplo: A criança tem as calças puxadas para baixo nos espaços públicos da escola na hora do almoço.

Como detectar os sinais: Muitas crianças não contam para os seus pais quando isso acontece. Então, fique atento a possíveis sinais como cortes inexplicáveis, arranhões ou hematomas, roupas faltando ou danificadas, ou ainda queixas frequentes de dores de cabeça e de estômago.

O que fazer: Se você suspeitar que seu filho está sendo intimidado fisicamente, comece uma conversa casual – pergunte o que está acontecendo na escola, durante o almoço ou a caminho de casa. Com base nas respostas, pergunte se alguém tem sido má com ele. Tente manter suas emoções sob controle. Comunique a escola em uma conversa aberta entre você e os professores ou orientadores escolares. Documente as datas e horários dos incidentes, as respostas de pessoas envolvidas e as ações que foram tomadas.

Não entre em contato com os pais do agressor (ou agressores) para resolver esse problema. Se o seu filho continua sendo ferido fisicamente, e você precisar de assistência adicional, além da escola, entre em contato com a polícia local.

Fique atento a sinais como exclusão, indisposição e desânimo (Foto: Shutterstock)
Fique atento a sinais como exclusão, indisposição e desânimo (Foto: Shutterstock)

Bullying relacional

O que é: o bullying relacional, ou intimidação com táticas de exclusão deliberadas, é utilizado para prevenir que alguém faça parte de um grupo, seja na mesa do almoço, jogo, esporte ou atividade social.

Exemplo: Um grupo de meninas na aula de dança continua falando sobre uma festa do pijama do fim de semana e compartilha fotos, sem convidar uma única criança e trata a mesma como invisível.

Como detectar os sinais: Preste atenção em alterações de humor e se seu filho está mais sozinho do que o habitual. As meninas estão mais propensas a experimentar a exclusão social não verbalizada ou a intimidação emocional. A dor desse tipo de exclusão pode ser mais forte do que o assédio físico ou moral e durar ainda mais.

O que fazer: A terapeuta familiar em Newport Beach, Califórnia, Jennifer Cannon, aconselha a fazer uma rotina noturna para falar com seus filhos sobre como foi seu dia. Ajude-os a encontrar coisas que os fazem felizes, aponte suas qualidades, e certifique-se de que eles saibam que há pessoas que amam e se preocupam com eles. Concentre-se no desenvolvimento de seus talentos e interesses em música, arte, atletismo, leitura e outras atividades extraescolares para que seus filhos construam relacionamentos fora da escola.

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Cyberbullying

O que é: Cyberbullying, ou intimidação no ciberespaço, ocorre quando alguém espalha mentiras e falsos rumores através de e-mails, mensagens de texto e mensagens em redes sociais. Há também o compartilhamento de mensagens sexistas, racistas e homofóbicas que criam uma atmosfera hostil, mesmo quando não estão diretamente orientadas para o seu filho.

Como detectar os sinais: Preste atenção se o seu filho passa bastante tempo on-line nas redes sociais, mas parece triste e ansioso depois. Mesmo que ele esteja lendo coisas dolorosas em seu computador, tablet ou telefone, esta é a sua única relação social. Veja se ele tem problemas para dormir, implora para ficar em casa ao invés de ir para a escola, ou se pede para sair das atividades que sempre gostou.

O que fazer: Mensagens como estas também podem ser recebidas de forma anônima e rápida. Então, primeiramente, estabeleça regras domésticas para a segurança na Internet. Coloque horários de limite para a idade do seu filho. Conheça os sites, aplicativos e dispositivos digitais populares e potencialmente abusivos antes de seus filhos usá-los. Deixe eles saberem que você vai acompanhar as suas atividades.

Ensine a importância de eles não participarem desse tipo de intimidação caso seus amigos estejam praticando. Fale que eles não devem se envolver, responder ou encaminhar esse tipo de mensagem. Que eles devem informar a você toda vez que isso acontecer ou que ele for vítima de cyberbullying. Imprima as mensagens ofensivas, incluindo as datas e horários de quando elas foram recebidas. Relate o cyberbullying à escola e ao prestador de serviços online. Se forem ameaças e mensagens com conteúdos sexualmente explícitos, também entre em contato com a polícia local.

Se o seu filho contar que está sendo intimidado ou que ele tem conhecimento de alguém que esteja, você deve ser solidário, elogiar sua coragem de estar te contando e reunir informações. Tente ao máximo reprimir seus sentimentos ruins em relação a isso. Enfatize a diferença entre ser uma fofoca que está apenas tentando colocar alguém em apuros e explique como você pode ajudar ele naquelas situações. Sempre que casos de bullying estiverem acontecendo, principalmente se ele é grave ou persistente, entre em contato com o professor ou o orientador do seu filho, para que ele possa monitorar a situação.

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Comportamento

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