Criança

Cuidado que faz a diferença: conheça hospitais infantis com atendimento humanizado para o seu filho

Visita da ONG Doutorzinhos no Hospital Moinhos do Vento (Fotos: Divulgação)
Visita da ONG Doutorzinhos no Hospital Moinhos do Vento (Fotos: Divulgação)

Publicado em 05/04/2020, às 06h35 - Atualizado em 06/04/2020, às 07h05 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge


Visita da ONG Doutorzinhos no Hospital Moinhos do Vento (Fotos: Divulgação)

Corredores longos, com paredes brancas e portas largas. Essas características típicas de hospitais podem deixar algumas pessoas um pouco intimidadas – principalmente as crianças.“Elas ficam com muito medo quando precisam de atendimento à saúde, gerando fantasias e incertezas do que irá acontecer, do tratamento que irá receber ou até se permanecerá com sua família durante todo esse processo”, acredita Caroline de Freitas, mãe de Gabriela e Guilherme, e Diretora de Estratégia e Gestão do Hospital São Cristovão.

E apesar de toda modernidade que temos hoje e o acesso às tecnologias, nada disso conta se o paciente não se sentir à vontade e seguro durante o atendimento. “Vivenciamos avanço extraordinário em diversas áreas da medicina, porém a relação mais importante continua sendo a relação humana. Cuidamos de pessoas. E mais, pessoas em situação de vulnerabilidade”, pontua Viviane Sonaglio, mãe de Ana Luiza e Enrico, oncopediatra do Hospital da Criança e coordenadora de oncologia pediátrica da Rede D’Or São Luiz.

E é por isso que os hospitais com alas infantis – que atualmente têm ganhado paredes coloridas, brinquedos, equipamentos adaptados no tamanho e com desenhos, além do atendimento mais humanizado – têm se tornado tendência entre as grandes redes. “Sentimos a necessidade de trazer isso para o São Cristóvão porque notamos a dificuldade com crianças e familiares no momento da consulta, principal mente no pronto-socorro e internação – resolvemos olhar isso com muito carinho”, Caroline completa.

A brinquedoteca do Hospital da Criança, da Rede D’Or, é toda equipada! (Fotos: Divulgação)

Mais do que paredes coloridas

A realidade de hospitaise consultórios médicos vão na contramão do dia a dia das crianças, por isso, se não forem tratadas com cuidado, provavelmente o resultado não será dos melhores.“Se a experiência não for boa, nunca mais ela vai querer entrar em um consultório tranquila. Então, sempre pensamos em coisas que são possíveis para que a criança se sinta em um ambiente mais lúdico possível”, Cleyde Vanzilotta, mãe de Fabrício e Bernardo, e diretora do Hospital Jutta Batista, da Rede D’Or São Luiz.

E muito além das referências infantis com desenhos, cores e brinquedos, após o primeiro momento da criança no hospital, o que realmente fará a diferença é a maneira que ela (e a família) será tratada pelos funcionários e médicos. É aí que entra o que chamamos de atendimento humanizado – que nada mais é do que tratar criança como criança, com carinho e atenção. “Um atendimento humanizado é aquele que traz segurança, acolhimento, empatia. Representa o cuidado com a criança e com a família, garante o cuidado psicoemocional de todos os envolvidos. Na prática, é o que incentivamos diariamente: o colaborador precisa se colocar no lugar do outro e entender suas necessidades”, explica Sandi Sato, mãe de Heitor e Bárbara e gerente de Processos Assistenciais e Coordenadora do Banco de Leite Humano da Maternidade Brasília.

A grande sacada é deixar o medo e o chororô e tornar a experiência a melhor possível para toda a família (Foto: Getty Images)

Seguindo a mesma linha de pensamento, o Hospital Sabarádesde o recrutamento procura por profissionais com perfil parecido. “Temos como premissa que criança não é um adulto pequeno. Então, promover alegria e ter empatia faz parte dos nossos valores e cultura”, conta Sabrina Bortolin Nery, filha de Ivone e Luiz Carlos, e gerente médica do Sabará Hospital Infantil.“Entendemos que a necessidade da criança hospitalizada passa não só pelo tratamento correto, mas pela capacidade de acessar o universo lúdico infantil”, completa Magda Budzinski, mãe de Maria Fernanda, e gerente assistencial também do Sabará. Apesar de algumas pessoas já trazerem na bagagem de vida esses valores, para garantir que todos os pacientes sejam tratados de maneira humanizada, as instituições têm investido na preparação de funcionários no quesito de atendimento humanizado, além da parte técnica. “Todos os nossos colaboradores passam por capacitação para estarem habituados ao paciente pediátrico e a todas as suas particularidades. As equipes são treinadas para implementarem os princípios do humanizado”, explica Talita Rizzini, mãe de Paola e Helena e coordenadora pediátrica do Hospital Leforte.

De cara, desde a recepção, no Hospital Samaritano, os pacientes sentem o clima lúdico e acolhedor (Fotos: Divulgação)

Mandando a real

Para evitar medo, insegurança e ansiedade na criança – e consequentemente estresse para vocês, pais – o melhor a se fazer é mandar a real para o seu filho. Ou seja, na prática é contar que vocês estão indo ao médico e explicar qual o procedimento (em casos de exames) e o porquê daquilo ser feito – sempre bom lembrar que isso é algo que faz bem para a nossa saúde, e não um castigo. “Nunca coloque o médico como vilão da história na educação das crianças, como por exemplo usá-lo de moeda de troca em situações e falar frases do tipo: ‘Se você não comer tudo, o médico vai te dar uma injeção’”, exemplifica Francisco Lembo Neto, pai de Gabriel, Bruno, Victor e Danilo, e coordenador de pediatria coordenador de pediatria do Hospital Samaritano.

Procurar saber se o hospital ou pronto-socorro tem ala e atendimentos especialmente para crianças fará toda a diferença e vocês sentirão na pele. “O ambiente acolhedor torna mais fácil lidar com as situações e a criança fica menos assustada também. Com o passar do tempo, esse paciente pediátrico fica bem mais colaborativo, entendendo que o que estamos fazendo é para o seu bem-estar”, pontua João Ronaldo Krauzer, pai de Georgia e Helena, e chefe do serviço de pediatria do Hospital Moinhos do Vento. “Diminui o choro, a agressividade e a necessidade de contenção das crianças durante os procedimentos. É tudo questão de empatia”, acrescenta Francisco.

De cara, desde a recepção, no Hospital Samaritano, os pacientes sentem o clima lúdico e acolhedor (Fotos: Divulgação)

Tirando onda por aí

Tendência no Brasil e no mundo, esse tipo de atendimento, dependendo da estrutura e da instituição, conta com equipamentos personalizados – como é o caso da sala de ressonância do Sabará Hospital Infantil, que tem ilustração de foguete e a criança embarca na missão de fazer o exame. Outra sacada que vem tomando conta dos hospitais é a ida das crianças às salas de cirurgia de carrinhos elétricos. “Em substituição às macas convencionais, os carrinhos visam reduzir o estresse das crianças e seus responsáveis antes de um procedimento cirúrgico”, conta Talita, do Leforte, que foi o primeiro hospital da capital paulista a adotar esse método. Por lá, até os corredores ganharam nova identidade visual, com pisos zebrados imitando uma pista de corrida e tudo. “A gente quis trazer um ambiente lúdico, coisas que facilitem a internação da criança. Algo mais próximo da realidade dela”, Cleyde, do Hospital Jutta Batista, da Rede D’Or São Luiz, conta sobre como esse caminho no centro cirúrgico funciona por lá. No caso deles, quem controla o carrinho é o técnico de enfermagem, que é treinado para isso, e no final o a criança paciente ganha uma carteira de motorista.

O mesmo acontece na recepção do Hospital São Cristóvão (Fotos: Divulgação)

Para o seu filho, estar em um espaço lúdico e acolhedor faz toda a diferença, além de tornar o atendimento mais tranquilo e eficaz.Deixa o medo em casa! Dicas para tornar o momento do médico mais tranquilo

  • Nunca relacione a visita ao pediatra ou injeções à punição;
  • Explique o porquê estão indo e o que (provavelmente) será feito lá, assim seu filho não será pego de surpresa;
  • Passe confiança e tente mostrar o lado positivo da situação;
  • Fique ao lado dele o máximo que puder – em exames, por exemplo;
  • Respeite os limites do seu filho e faça uma pausa sempre que precisar;
  • Você precisa estar segura e calma,assim ele também ficará


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