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Doenças de inverno: saiba quais são e como evitar

Devemos redobrar os cuidados, principalmente enquanto enfrentamos a pandemia do coronavírus - Getty Images
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Publicado em 21/06/2020, às 08h55 - Atualizado às 09h02 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge


Devemos redobrar os cuidados, principalmente enquanto enfrentamos a pandemia do coronavírus (Foto: Getty Images)

Os pais bem sabem: basta chegar o frio e o tempo mudar que sintomascomo tosse, espirro, e muitos outros incômodos comuns das doenças de inverno começam a se manifestar. Mas este ano tudo está diferente. Por conta da pandemia do coronavírus que enfrentamos, qualquer sintoma que se assemelha ao da gripe ou resfriado já nos preocupa. A causa dos espirros e tosses pode variar, pode ser porque pegamos aquele casaco de lã que foi usado pela última vez no inverno passado, ou porque houve o contato com alguém infectado – e é aí que mora o perigo quando o assunto é a covid-19. Para começar, você já deve saber que sair de casa sem que o motivo seja essencial e de extrema importância, está vetado. Em segundo lugar, se realmente precisar sair, o uso de máscaras é obrigatório e a higienização das mãos faz toda a diferença. Tanto as doenças de inverno, quanto o coronavírus, são inimigos invisíveis, sim. Mas não são impossíveis de serem prevenidos. “Vale lembrar que as crianças têm maior chances de sofrer com estas doenças de inverno, por terem o sistema imunológico mais fragilizado”, alerta Paula Borelli, mãe de Isabella, e pediatra da Boiron.

Frio batendo à porta

O inverno, oficialmente, começa no dia 20 de junho este ano. “Com as mudanças climáticas e o ar mais frio e seco, as vias respiratórias tendem a irritar mais, o que favorece as inflamações. Além disso, o inverno facilita a proliferação de vírus e bactérias”, explica Maura Neves, filha de Manuel e Maria Lúcia, e otorrinolaringologista da Libbs. De acordo com a especialista, as doenças de inverno podem iniciar com um quadro alérgico ocasionado, por exemplo, pelo uso de roupas de lã que saíram de uma temporada no armário direto para o uso, ou pela baixa umidade do ar. “Muitos ácaros gostam de temperatura mais baixa”, esclarece Natasha Slhessarenko, mãe de Marina e Maria Eduarda, pediatra e patologista clínica, e diretora médica na Dasa. O outro fator, segundo Fabrício Dias, tio de Clara e Lavínia, médico especialista em medicina de família e consultor da Weleda, é o próprio ar frio. “Ele diminui a circulação de sangue das mucosas e consequentemente a chegada de células da primeira linha de combate do sistema imunológico. Fazendo com que o organismo produza mais secreção e vasodilatação compensatória – o famoso nariz vermelho do inverno”, explica. Essa característica protege o nariz do ar frio e seco, mas a própria secreção pode se tornar um meio de entrada para vírus e bactérias. A dica então, é lavar o nariz mesmo sem sintomas, e seguir àquelas recomendações de sempre, mas que nunca foram tão essenciais, como cobrir a boca e nariz com o braço ao espirrar ou tossir.

Atenção aos detalhes

 Os sintomas de coronavírussão muito parecidos com os de uma gripe comum, como a tosse que começa seca e evolui para ininterrupta, dor de garganta, febre alta e desconforto respiratório – ou seja, falta de ar e dificuldade para respirar. “A doença respiratória causada pela covid-19 pode ser confundida com um resfriado comum ou com outras doenças como bronquiolite e H1N1”, alerta Carlos Eduardo Chaves, pai de Laura, Luís Henrique, Luísa e André, e pediatra da Transmontano. E tem mais: “Em crianças, além dos sintomas respiratórios, a covid-19 apresenta frequentemente sintomas intestinais como vômitos e diarreias”, acrescenta Maura Neves, da Libbs. Em bebês recém-nascidos, segundo Natasha Slhessarenko, os sinais podem ser uma moleza fora do comum e falta de apetite. Por isso, ficar de olho em cada detalhe faz toda a diferença para entender a possível evolução da doença. “Alguns pacientes com sintomas inicialmente leves podem progredir ao longo de uma semana. Estudos mostraram que a falta de ar se desenvolveu após um período de 5 a 8 dias, e a internação ocorreu após uma média de sete dias dos sintomas”, explica Paula Borelli, da Boiron. E se por acaso você ficar na dúvida, vale consultar o pediatra mesmo que remotamente, pelo celular ou telefone. Lembre-se de levar em consideração as particularidades do seu filho, afinal, cada criança deve ser avaliada individualmente. “Quem tem filhos com alguma outra doença crônica, por exemplo, deve procurar o auxílio médico precocemente, mesmo antes dos sintomas parecem mais graves”, aconselha Fabrício Dias, da Weleda.

Alô, doutor?

“Segundo o Ministério da Saúde, consultas e exames de rotina devem ser reagendados para o segundo semestre e a busca por serviços de pronto atendimento só deve ocorrer em casos de extrema urgência”, a pediatra Paula Borelli lembra. E essa urgência no atendimento deve ser determinada pelo pediatra de acordo com cada caso. Mas como? Usando a tecnologia como aliada, claro. Mais do que nunca, o mundo digital ganhou força total nas nossas vidas e a telemedicina é um exemplo. Apesar de já fazer parte da rotina de alguns profissionais responder dúvidas e conversar com pacientes por mensagens ou áudios do WhatsApp, por exemplo, agora a técnica foi autorizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e regulamentada pelo Ministério da Saúde, de forma excepcional, durante a pandemia de covid-19. Ou seja, médicos estão liberados para realizar o atendimento pré-clínico, consultas, diagnósticos e monitoramento dos pacientes, mesmo que distantes fisicamente. Na prática, é possível consultar e prescrever receitas ou atestados de forma virtual, sem o perigo de infectar ou ser infectado por ninguém. Mas vale lembrar que os médicos deverão ter um certificado digital para garantir a autenticidade e segurança das informações transmitidas. A decisão de ir para o hospital deve acontecer em conjunto com o pediatra. “Quando você tem um médico que já conhece o seu filho fica mais fácil a tomada de decisão. Atenção às alergias: mantenha-as controladas para a criança não ter crises, não confundir os sintomas e nem precisar sair sem necessidade”, indica Ana Paula Castro, mãe de Lucas e Mariana, pediatra e especialista em alergia e imunologia, da Novalgina.

Prevenir é melhor que remediar

Crianças entre 1 e 5 anos são a principal fonte de transmissão da gripe para familiares e pessoas com quem têm contato, por isso, é muito importante que os pais sigam à risca a carteira de vacinação – incluindo a vacina da Influenza. A dose não deixa doente e ajuda a direcionar possíveis casos de coronavírus, já que se a criança foi vacinada, exclui a possibilidade de ser gripe. Mas, mesmo que assintomáticas, elas podem transmitir o coronavírus para os avós e parentes próximos. “Normalmente elas não têm quadros graves, mas servem de veículos, e transportam os vírus para os mais velhos. Então é melhor que elas não tenham contato com avós e pessoas mais velhas neste momento”, alerta Natasha Slhessarenko, da Dasa. Para evitar qualquer tipo de contágio, a recomendação médica é comer de maneira saudável – com variação de frutas e verduras –, beber dois litros de água por dia, manter a vacinação em dia e seguir todas as recomendações contra o coronavírus. “Blindar a imunidade é muito importante. Além de todas as medidas citadas, podemos utilizar medicações homeopáticas que são utilizadas mundialmente para prevenção de gripes e resfriados, com vários estudos que comprovam a eficácia e diminuição de uso de antibióticos devido a menos complicações”, Paula Borelli, da Boiron, finaliza.


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