Publicado em 21/11/2013, às 14h36 - Atualizado em 15/06/2015, às 16h54 por Redação Pais&Filhos
Algumas doenças são consideradas sazonais por serem mais frequentes de acordo com cada estação do ano. No verão, a exposição prolongada ao sol, o consumo de alimentos em locais de lazer e outros fatores podem representar um risco.
Segundo o infectologista do Hospital e Maternidade Brasil, Dr. Munir Akar Ayub, entre os sintomas mais relatados pelos pacientes nesta época estão diarreia, dor de cabeça, dor no corpo, vômito e mal-estar em geral. “Para que isso não aconteça, o indicado é ingerir dois litros de água por dia, tomar banhos em temperatura ambiente e usar roupas leves”, recomenda.
Os alimentos também devem receber atenção especial, pois o calor possibilita a rápida proliferação de bactérias. Eles devem ser bem lavados, de preferência deixando-os por algum tempo em um recipiente com água e algumas gotas de água sanitária. Além disso, o especialista sugere que alimentos gordurosos sejam evitados. “No verão, o certo é consumir alimentos leves e não gordurosos, pois o calor faz com que os produtos estraguem mais rapidamente”, diz.
Saiba quais as principais doenças do verão
Desidratação
A desidratação se caracteriza pela perda de líquidos e sais minerais do corpo, podendo ser agravada por vários fatores inerentes ao verão, como o aumento da própria transpiração. Normalmente, perdemos em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, pelas fezes, pelo suor ou até mesmo pela respiração.
A pessoa passa a apresentar sede, fica muito tempo sem urinar, com a boca e mucosas secas e olhos ressecados. Como tratamento, o soro caseiro pode ser utilizado a cada 20 minutos ou após cada evacuação, se houver diarreia. Como as crianças são mais suscetíveis à desidratação, fique de olho e mantenha seu filho sempre bem hidratado.
Intoxicação Alimentar
A alimentação feita em locais que não dispõem de padrões de higiene adequados para o preparo ou para a conservação dos alimentos, ou que deixam expostos os alimentos por longos períodos à temperatura ambiente, é a principal causadora de intoxicação alimentar.
Quando uma pessoa ingere um alimento contaminado, pode desenvolver alguns sintomas que variam de acordo com o micro-organismo causador do distúrbio. A intoxicação pode causar diarreia, náuseas, vômitos, febre, cefaleias e até mesmo desidratação grave. Em geral, esses sintomas duram poucos dias, mas é preciso ficar de olho, ainda mais em se tratando de crianças.
Dengue
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, é uma das mais conhecidas doenças de verão. Quem é picado pelo inseto pode ter febre alta, dores de cabeça, nos músculos e nas articulações, além de perder o apetite, ter náuseas e apresentar manchas vermelhas por todo o corpo, acompanhadas de coceiras. Como os sintomas parecido a uma forte gripe, preste atenção antes de medicar seu filho, neste caso medicamentos à base de ácido acetilsalicílico não são indicados e a melhor opção é ir ao médico.
Hepatite A
Causada por vírus, a hepatite viral do tipo A, que ataca o fígado, é outra doença comum do verão. A pessoa pode levar até um mês para desenvolver os sintomas, tempo suficiente para o vírus atacar as células hepáticas, provocando amarelamento da pele, febre, dores de cabeça e musculares e o aumento do tamanho do fígado. Nem sempre a pessoa apresenta todos esses sintomas, podendo sentir apenas mal-estar ou sinais de gripe. Neste caso, o atendimento médico é fundamental para o diagnóstico.
Dicas para evitar doenças típicas da estação
Evite uma alta exposição ao sol, principalmente no período entre 10h e 16h;
Tome cerca de dois a três litros de água por dia;
Aplique protetor solar pelo menos 15 minutos antes da exposição ao sol, repetindo a aplicação a cada duas horas;
Evite banhos prolongados e com água muito quente;
Evite esfregar buchas diariamente na pele, pois pode desencadear um ressecamento;
Passe hidratante no corpo diariamente, de preferência ainda com a pele um pouco úmida;
Dê preferência a alimentos leves, como saladas e carnes grelhadas;
Evite alimentos crus, especialmente peixe.
Consultoria: Dr. Munir Akar Ayub, infectologista do Hospital e Maternidade Brasil
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