Publicado em 24/05/2019, às 09h08 por Samirah Fakhouri, filha de Rose e Fauzi
Especialistas da OMS desenvolveram um estudo sobre o desenvolvimento infantil junto ao uso de aparelhos digitais como celulares, tablets e videogames por crianças e adolescentes. Essas tecnologias são novas, e ainda não existem pesquisas de longo prazo que impeçam o impacto que o uso dos aparelhos causa nas crianças.
Os estudos já indicam que o uso excessivo têm causado prejuízos no desenvolvimento cognitivo e social e até no peso de crianças e adolescentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) mandou uma lista de dicas para orientar os pais e cuidadores de crianças menores de 5 anos de como utilizar os aparelhos digitais de acordo com as atividades físicas da criança e as horas de sono. Confira:
No entanto, a principal dificuldade dos pais e cuidadores é restringir o uso de aparelhos digitais para crianças maiores de 6 anos. Nessa fase, elas já têm mais autonomia e muitas são donas de aparelhos, o que as torna mais fácil o uso por longos períodos.
“Alguns aspectos do uso são preocupantes, como o fato de não se pausar jogos online, ou dos vídeos continuarem em sequência automática, podendo ser vistos por longos períodos de tempo. O tempo de uso, por exemplo, pode preencher horas a fio, comprometendo o sono, estudos ou interações pessoais presenciais (muito mais ricas que as restritas ao mundo virtual). Para uma criança ou adolescente em vida escolar, a perda de sono interfere diretamente no seu desempenho cognitivo e nas atividades interacionais”, revela Tania da OMS.
A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças maiores de 6 anos e adolescentes se juntem aos pais e busquem equilibrar o tempo de uso da internet com outras atividades mais saudáveis. Eles devem colocar limites para que a experiência na internet seja positiva e não ocupe o espaço de atividades físicas e interações pessoais presenciais, que são essenciais nessa fase. Confira:
Também aconselha que as crianças não usem aparelhos, incluindo televisão, no quarto, para evitar o isolamento, e que sejam incitadas a realizar atividades físicas que estimulem a interação social. Se é verdade que as tecnologias são parte da rotina diária do mundo moderno e que não é possível criarmos as crianças à margem dessa realidade, também é fato que devemos protegê-las dos possíveis danos que seu uso excessivo pode trazer.
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