Criança

Fundação SM: conheça o projeto que ajuda na educação de crianças em diferentes países ao redor do mundo

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Publicado em 04/06/2019, às 14h26 - Atualizado em 05/06/2019, às 13h39 por Izabel Gimenez, filha de Laura e Décio


Criada em 1977, a Fundação SM nasceu na Espanha com o intuito de devolver à sociedade os benefícios gerados pela editora (hoje SM Educação), que já tinha 40 anos de atuação. A partir desta data, a Fundação se tornou proprietária da SM Educação, o que significa que todo o lucro é revertido para os projetos da Fundação SM, nos dez países em que está presente. Conversamos com a Pilar Larcerda, Diretora da Fundação SM Brasil, para entender ainda mais o projeto! 

Quais são os principais objetivos da Fundação?

Somos uma instituição educativa sem fins lucrativos, e o nosso foco é construir um mundo melhor para todos.  Pode parecer uma intenção um pouco pretensiosa, mas essa utopia nos guia, essa paixão de trabalhar para abrir horizontes e para descobrir como fazer uma educação que colabore para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. A Fundação SM assume o desafio de contribuir para melhorar a educação e a cultura dos diferentes países em que atua, respeitando as diferentes culturas e contextos de cada um dos países. Nosso foco está orientado para o bem comum, para servir à sociedade, para transformar o nosso mundo por meio da educação.

De que forma vocês conseguem fortalecer a educação pública?

Nosso foco é fortalecer a educação pública. Trabalhamos apenas com a rede pública de educação, especialmente a partir de quatro âmbitos: educação, tecnologias e aprendizagens; educação para a mudança, para a transformação; ler e escrever bem para aprender mais; e juventude na Ibero-América. Então, a partir desses eixos, trabalhamos com as redes públicas, tanto estaduais quanto municipais, e fazemos parcerias – como a realizada com o Conviva, que é a plataforma de formação dos secretários municipais de educação; ou a com o Centro de Referências em Educação Integral –, visando o aumento da qualidade da educação de crianças e jovens de cada município, de cada estado.

Entre os projetos da Fundação SM que fortalecem a educação pública, está o Myra, um programa que identifica, nas escolas, crianças que ainda não desenvolveram plenamente a sua capacidade de leitura. Trata-se de um trabalho artesanal, em que um voluntário lê com uma criança, semanalmente. Juntos, eles traçam um mapa de leitura, com as preferências da criança, e os resultados têm sido muito transformadores.

Outro projeto que merece destaque, nesse sentido, é o NAMEI – Núcleo de Apoio aos Municípios para a Educação Integral, que visa apoiar as secretarias municipais de educação no processo de identificação dos desafios existentes em sua rede e na construção de caminhos para seu enfrentamento. Atualmente, desenvolvemos o programa em oito municípios do Rio Grande do Norte, em parceria com o Centro de Referências em Educação Integral. Na prática, os secretários e suas equipes fazem um diagnóstico da situação do município, analisam e refletem sobre os resultados desse diagnóstico, e traçam um plano de ação para garantir a aprendizagem de todas as crianças dos municípios.

(Foto: Rodolfo Gold)

Quantas crianças atualmente vocês ajudam?

Em 2009, estamos trabalhando, de forma direta, com mais de 100 alunos de escolas públicas municipais, que participam do Myra. Mas o programa tem uma frente de atuação, batizada de Ponto Myra (todo local onde acontecem as sessões de leitura conforme a metodologia e as orientações do Programa Myra),que visa ampliar seu alcance, impactando um número maior de crianças, que já está sendo aplicado em Santana do Parnaíba com sucesso. Estamos estudando também a criação de Pontos Myra em Manaus e Florianópolis. O material para a atuação é disponibilizado gratuitamente no site do Programa Myra e possibilita que muitas crianças sejam atendidas e atingidas por esse projeto.

Quanto ao Namei, ao impactar a administração e a qualidade da gestão da educação municipal, o programa impacta diretamente toda a rede municipal dos oito municípios com os quais estamos trabalhando. Em sua décima quinta edição, o Prêmio Barco Vapor é outra iniciativa da Fundação SM, realizada em parceria com a SM Educação, que impacta o público infantil. A premiação busca identificar autores e ampliar o alcance da literatura infantil e juvenil brasileira. Para além da atuação direta, trabalhamos em rede, compartilhando saberes com outros institutos e fundações que também desenvolvem projetos interessantes, com o pensamento de que essa rede é capaz de alcançar um número maior de crianças.

Quais métodos vocês usam para conseguir elevar o nível da educação nas escolas?

Não utilizamos métodos predefinidos. Temos a proposta de trabalhar em parceria com institutos, fundações, escolas e órgãos gestores da educação pública, para desenvolver metodologias inovadoras, a partir da concepção da educação integral, como é o caso do Na Prática, uma publicação desenvolvida pelo Centro de Referências em Educação Integral, que auxilia secretários e diretores de escolas no processo de elaboração de projetos de educação integral em seus municípios. Acreditamos muito na construção de redes, respeitamos o que os outros já fazem, aprendemos com eles e compartilhamos nossos saberes.

(Foto: Divulgação)

Quais projetos vocês têm para o futuro?

Queremos ampliar a abrangência dos nossos projetos, o número de parcerias e fortalecer nossas redes, fazendo com que projetos como o Myra, o Namei e o Prêmio Barco a Vapor alcancem um número cada vez maior de pessoas, e que essas pessoas possam colaborar com a qualidade e o fortalecimento da escola pública brasileira. Precisamos pensar sempre num futuro em que exista generosidade, proximidade, porque não será possível melhorar a escola pública brasileira sem o fortalecimento dessa rede que reúne muitas pessoas ao redor desse desafio.

Existe alguma forma de ajudar a Fundação SM?

Existem muitas formas de ajudar o trabalho das fundações e institutos no Brasil. No caso da Fundação SM, uma forma muito eficiente e transformadora de colaboração poderia ser a atuação no Programa Myra, seja como voluntário ou como criador e gestor de um Ponto Myra.

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