Publicado em 06/05/2022, às 08h00 - Atualizado às 08h46 por Redação Pais&Filhos
O Ministério da Saúde da Argentina confirmou na última quarta-feira, dia 4 de maio, um caso de hepatite aguda grave em um menino de oito anos. O paciente está internado no hospital pediátrico de Rosário, que fica cerca de 300km da capital, Buenos Aires. Este é o primeiro caso do país e da América Latina.
O contágio identificado na Argentina ocorreu menos de um mês depois do alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feito em 15 de abril, sobre um surto da hepatite desconhecida entre crianças do Reino Unido. Na quarta-feira, a instituição afirmou que 228 casos foram registrados em pelo menos 20 países, principalmente na Europa.
De acordo com a OMS, 10% das crianças contaminadas precisaram de um transplante de fígado e foi registrada ao menos uma morte. O país com mais contágios é o Reino Unido, que informou que a condição não está relacionada com a vacina contra o coronavírus, pois nenhum dos pacientes no país foi imunizado por serem jovens demais.
Em um comunicado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) disse que “ainda há poucos dados para definir se há surto ou epidemia na região das Américas e, por enquanto, o risco global é considerado baixo.” O órgão também afirma que devido a falta de conhecimento da origem da doença, possivelmente infecções da hepatite já existiam em alguns lugares, mas não eram percebidas por serem em baixo número.
Hepatite é o nome dado a uma inflamação que acomete o fígado e causa lesões no tecido do órgão. Essa infecção afeta, principalmente, o funcionamento dele e pode ser classificada de duas formas: aguda (quadro em que o processo inflamatório apresenta sintomas com duração inferior a seis meses) e crônica (quando os sintomas perduram por seis meses ou mais). Ela pode ser desencadeada por vírus, bactérias ou parasitas. Existem cinco tipos de hepatite causadas por vários vírus, denominadas A, B, C, D e E:
Além dos tipos de hepatite causados por vírus, existem outros dois que possuem causas diferentes e não possuem a infecção viral como causadora da doença. São elas:
Os sintomas de hepatite variam de acordo com o que causou a doença. Em quadros agudos, os sinais do problema podem aparecer entre 2 semanas a 6 meses após a infecção. Em casos crônicos, é possível que o paciente não apresente nenhum tipo de sintoma até muitos anos depois que essa infecção acontecer. Propriamente falando, os sinais comuns de hepatite no corpo são:
Entre as infecções virais, a hepatite A é a mais comum em crianças. No geral, os sintomas desse quadro costumam a ser limitados e tendem a ser leves e moderados. Entre eles, podemos citar dor abdominal, náuseas, diarreia, icterícia (quando a pele e as mucosas ficam amareladas), sendo que todos duram dias ou poucas semanas. Também é possível que crianças sejam acometidas pelos vírus da hepatite B, C e E, e pelo adenovírus que também causa inflamação hepática.
Os riscos gerados pela doença são diferentes e variam para cada tipo de hepatite. Para pessoas que têm o costume de beber durante muito tempo, o maior risco é contrair uma hepatite alcóolica, assim como quadros virais têm maior chances de transmissão em relações sexuais desprotegidas. A doença em sua forma crônica pode levar à câncer de fígado e cirrose, e também existem chances de hepatite fulminante e perda da função hepática, o que leva à necessidade de transplante.
O diagnóstico de hepatite precisa ser feito de maneira clínica com um especialista. Após descritos os sintomas e verificação de histórico o médico irá pedir diversos exames laboratoriais para saber se houve, ou não, aumento das enzimas hepáticas. Em casos mais graves, será necessário realizar uma biópsia do fígado. Caso contrário, serão pedidos os exames:
O tratamento vai depender do tipo de hepatite, se é aguda ou crônica e da causa dela. Em casos de hepatite aguda (infecções por vírus A ou E), o principal tratamento é repouso e hidratação intensa, já que os quadros tendem a melhorar sozinhos – em situações mais graves, é necessário realizar um tratamento no hospital. Quando falamos de pacientes com sintomas crônicos, existem diferentes tipos de medicamento, além de cirurgias e procedimentos médicos.
Existem diversas formas de prevenir a hepatite ou diminuir o risco de contágio (tudo sempre dependendo do tipo da doença). No momento, a melhor prevenção contra a Hepatite A e B é tomando vacina. Higienizar muito bem alimentos e tomar cuidado com a água consumida pode prevenir os tipos A e E. Quadros de hepatite alcoólica podem ser prevenidos diminuindo o consumo de álcool.
Consuloria: Dra. Aline Scarabelli, infectologista e consultora médica do Labi Exames; dr. Paulo Telles, pediatra e neonatologista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, pai de Leonardo e Carolina.
Gravidez
Carol Celico faz anúncio emocionante de nova gravidez: "Agora somos cinco corações"
Família
Wesley Safadão não vai à aniversário de filho com Mileide Mihaile: "Não entendo"
Bebês
“Dormiu e não acordou”, diz mãe de bebê de apenas um mês que morreu enquanto dormia
Família
Giovanna Ewbank conta que filho não terá festa de aniversário e explica motivo: "Fiquei megafeliz"
Família
Filha de Fabiano Menotti canta Marília Mendonça para multidão em vídeo de arrepiar
Família
Esposa de Roberto Justus diz que não vê problema em filha ser consumista
Família
Filha mostra pai esperando ela em ponto de ônibus de noite e viraliza: “Faz isso todo dia”
Família
Thiaguinho fala sobre casamento e chegada do 1º filho com Carol Peixinho: “Construindo nossos sonhos”