Criança

Nariz de Pinóquio

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Publicado em 24/06/2014, às 12h38 - Atualizado em 04/12/2021, às 04h52 por Redação Pais&Filhos


Sabe quando a criança fala que escovou os dentes, mas na verdade nem passou perto do banheiro? Mesmo a gente, que é adulto, fala uma mentirinha pouco série quase todo dia. Só que, para as crianças, a mentira tem outros significados dentre das diversas fases de desenvolvimento por que passam. E é com esse olhar que se deve ver todos os seus comportamentos – incluindo as mentiras.

Até os 7 anos, a maioria das vezes as crianças não mentem com intenção ou por maldade. “Dos 3 aos 7 anos de idade, a criança ainda mistura a fantasia com a realidade, e por isso não tem completa consciência do que seja uma mentira”, explica Alessia Leone, psicóloga do Instituto Nascer, de Belo Horizonte, e mãe de Luca e Anna. É isso mesmo: seu filho pode dizer, de repente, que foi o Saci quem jogou um montão de papel higiênico na privada! E todos os argumentos para brigar vão por água abaixo…

No mundo da imaginaão

Para que a criança aprenda a se colocar no lugar dos outros e construir a própria realidade, ela passa antes por esse processo de fantasia. Nessa fase, é comum acordar achando que o pesadelo foi real. Ou distorcer uma história da escola, por exemplo. Se a criança tiver um amigo imaginário – o que é muito comum entre os 3 e 5 anos -, não é algo que deve chamar especialmente atenção. Os pais não devem se preocupar em negar sua existência. “Ter um amigo imaginário é um recurso muito útil para a construção da realidade da criança. É interesante que o adulto entre nessa fantasia para poder entender o que anda passando pela cabeça do filho”, diz Alessia.

Vida real

Depois dos 7 anos, a criança já tem esa habilidade de diferenciar o que é real e o que é imaginação. E aí ela pode usar a mentira como forma de manipulação dos pais ou de conseguir alcançar um objetivo. É claro que, como para tudo, há exceções. Algumas crianças desevolvem um lado “mentiroso” mais cedo. E em todos os casos é sempre bom dar uma observada geral no que isso pode estar querendo significar. Uma criança pode recorrer à mentira porque está passando por alguma conturbação emocional, como a chegada de um irmãozinho, a separação dos pais ou uma dificuldade na escola, por exemplo. “Nesse caso, quando ela recorrer à mentira, é quase um pedido de socorro: torna o sofrimento aparente e chama a atenção dos pais”, explica a psicóloga.

Por isso, quando as mentiras começam a ficar acentuadas e muito recorrentes, é sempre bom investigar o que pode estar atrás do comportamento.

Muita calma nessa hora

Há coisas que não adianta fazer quando uma criança ganha o hábito de mentir: brigar, pressioná-la para que fale a verdade ou ficar interrogando demais. Nada disso resolve. “Certas posturas dos pais acabam por fechar o canal de comunicação. E a criança vai continuar em sofrimento”, diz Alessia.

O primeiro passo, segundo a psicóloga, é entender que o foco não é a mentira em si, mas os motivos que levam a criança a mentir. A partir dessa compreensão, os pais devem começar a investigar se, nos ambientes que ela mais frequenta, há alguma coisa que pode estar deixando-a emocionalmente confusa. É bom seguir um roteiro de perguntas: com quem fuca dentro de casa? Como tem sido a rotina na escola? E assim por dianta.

Seja qual for o motivo, a recomendação é levá-la a um psicoterapeuta, que, em geral, vai ouvir e orientar a família toda. “Normalmente, as questões de um filho que mente envolvem diretamente os pais”, explica a psicóloga.

Em casa, em vez de brigar, os pais podem tentar, aos poucos, explicar com paciência para o seu filho que mentir tem consequências, principalmente quando envolve outras pessoas na história. A partir daí, com o tempo, e ao ganhar maior habilidade para lidar com as próprias emoções, ele vai conseguir também entender o que é certo e o errado.


Palavras-chave
Comportamento

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