Publicado em 02/09/2016, às 14h41 por Redação Pais&Filhos
É normal que os pais queiram proteger os seus filhos e passem a impressão de que o mundo é um lugar lindo e seguro. Mas é possível também que as crianças já tenham percebido que nem tudo é tão bonito e queiram ajudar as pessoas que precisam. Afinal, é comum andarmos nas ruas e vermos pessoas e até famílias necessitadas.
“Nós deveríamos ajudar as nossas crianças a sentirem que tem alguém no comando e que essa pessoa pode evitar que qualquer coisa ruim aconteça com elas”, afirma George Scarlett, vice-presidente do Eliot-Pearson Departamento Infantil de Estudo e Desenvolvimento Humano na Universidade de Tufts, em Massachusetts, nos EUA.
Porém, isso não quer dizer que devamos proteger nossos filhos de todas as duras realidades da vida. Uma parte importante da paternidade é descobrir o equilíbrio entre proteção e exposição. Aqui vão as melhores maneiras de encontrar esse balanço de acordo com a faixa etária – e instalar um senso sólido de filantropia no processo.
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Acima de 18 meses
Acompanhar: Quando você se importa com o seu filho pequeno, você está também ensinando-o a cuidar dos outros, afirma Susan Damico, diretora assistente no Centro Devereux de Crianças Resilientes, na Pensilvânia, EUA. “Quando ele está faminto, você alimenta. Quando tem medo, você acalenta. Assim você está mostrando que você responde ao que ele precisa”, explica. “Nessa fase, é disso que se trata a filantropia”.
18 a 23 meses
Encorajar: Perto dos 18 meses, as crianças começam a ter consciência sobre os sentimentos dos outros. Isso pode ainda não ser empatia, mas elas reconhecem sinais de angústia. Por exemplo, seu filho pode demonstrar preocupação quando ouve um bebê chorando ou então tentar te oferecer um lanche caso você diga que está com fome. Agradeça caso ele ofereça um pouco da comida dele, ou então diga a ele o quão legal é que esteja preocupado com o bebê que está chorando.
2 a 3 anos
Mostrar: Essa é a hora em que a linguagem e as habilidades cognitivas das crianças se desenvolvem ainda mais. Elas podem identificar quando as pessoas estão tristes, felizes e bravas, assim como conseguem identificar similaridades entre seus próprios sentimentos e os dos outros. Através de brincadeiras simbólicas, elas assumem diferentes papeis e até mesmo conseguem antecipar suas necessidades. Por exemplo, seu filho pode fazer uma cena onde um monstro ataca um gato e ele deve ajudá-lo. Isso indica que ele não só está preocupado com quem precisa de ajuda, mas também está classificando de que forma pode colaborar. Agora pode ser o momento ideal para conversar sobre como é bom ajudar os outros e guiar pelo exemplo. Alguns livros também podem ajudar nessa fase, já que tornam as ideias mais palpáveis.
4 a 6 anos
Engajar: Em algum momento entre os 4 e os 6 anos as peças se juntam, afirma Georgia Michalopoulou, chefe de equipe de psiquiatria e psicologia no Hospital Infantil de Michigan, em Detroit, nos EUA. Crianças são capazes de imaginar como é estar na pele de outra pessoa. “Uma criança de 5 anos pode imaginar como é para uma outra criança estar no hospital sem seus brinquedos, animais ou amigos”, diz Michalopoulou. Apresente situações que ajudem o seu filho a relacionar sentimentos com ações: se o cookie do amigo dele cair no chão, ele o ajudaria dividindo o próprio cookie? Nessa idade seu filho ainda não estará pronto para compreender problemas globais em grande escala, como a fome mundial, entretanto ele pode entender como é não ter comida para comer. Focar em problemas pequenos que se relacionem a problemas maiores irá ajudá-lo a entender como pode fazer a diferença. Talvez uma família sem comida possa gostar de uma caixa de cereal ou um saco de pães.
7 a 10 anos
Iniciar: Crianças nessa idade estão preparadas para escolher causas e tomar atitudes, com uma pequena ajuda dos pais. Foque nos interesses do seu filho – cozinhar, construir, desenhar – e pergunte como essas habilidades podem servir para ajudar. Se você estiver sem ideias, procure ONGs, orfanatos e instituições que precisam de ajuda. Esse tipo de laço emocional com uma causa e ações concretas podem ter um efeito duradouro nas crianças, afirma Scarlett. “A vida é mais valiosa quando nos importamos com os outros e eles também se importam conosco”, ele afirma. Você pode estar ajudando a dar sentido para a vida de outra pessoa.
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