Publicado em 04/07/2014, às 11h38 - Atualizado em 24/06/2015, às 11h28 por Redação Pais&Filhos
Não me lembro de nenhum gol, nenhuma escalação ou placar, mas os fragmentos de sensações e imagens estão registrados como se a memória fosse um álbum de recortes. Já havia televisão colorida, mas a nossa ainda era em preto e branco. Havia jogos em quantidade e horários incomuns e meu pai gritava com a TV. Eu achava que ele estava bravo e ficava com medo, mas minha mãe – que xingava também, mas com voz menos retumbante – explicava: ‘É futebol’.
Minha primeira Copa, vejam só, foi a de 70. Eu gostava do Rivelino. E do Tostão. Achava a maior graça no nome dele. Minha mãe dizia que era um cara diferenciado.
Eu gostava das muitas coisas verde-amarelas e de bandeirinhas do Brasil. Do clima meio festa de aniversário, meio feriado. De ver meu pai berrando de felicidade – e não por estar bravo.
Na Copa seguinte eu já estava na escola e já ‘cornetávamos’ em plena 2ª série. Lembro perfeitamente da musiquinha que parodiava ‘90 milhões em ação/ Pra frente Brasil/ Salve a seleção!’ Como a versão que cantávamos no Colégio foi feita após a derrota em 74, falava sobre ‘Todo mundo (…) esperando o Zagallo/ Descer do avião’ e não era exatamente com abraço de boas-vindas. Minha mãe ficou tão revoltada com a ausência do Ademir da Guia por quase toda a Copa que nunca mais acompanhou futebol com o mesmo interesse.
A formação de minha personalidade, portanto, foi enriquecida por essas duas experiências extremas: Brasil campeão e Brasil eliminado. Seleção amada e seleção odiada. Emoções exacerbadas e voláteis; festa e velório se revezando em poucos minutos ou em intervalos de quatro anos.
Isto é, aprendi logo a adorar e fazer contagem regressiva para a Copa do Mundo. E por isso mesmo sofri tanto em 82, aos 14 anos…
Minha filha mais velha nasceu dois anos depois, portanto sua primeira Copa foi a de 86, mesmo ano que nasceu minha filha do meio. Estávamos muito cabreiros, eu e o pai dela, calejados por aquela derrota devastadora para a Itália e não nos entusiasmamos a ponto de contagiá-la tão cedo com amor por futebol.
A primeira Copa marcante mesmo da Rachel e sua irmã foi a de 94. (Também, a de 90 não deixou lembranças fortes em quase ninguém…). Tirando a final, assistimos todos os jogos do Brasil em uma das duas únicas TVs de Itacaré, na Bahia, espetada sobre um quiosque na praça principal. Demos sorte…
A caçula nasceu em 97. Em 98 ficou linda vestida de Brasil, achando o máximo aquela bagunça toda, mas sem fazer ideia do que estava acontecendo. Na Copa seguinte a Julia, com a idade avançada de 5 anos, foi campeã.
Portanto, as meninas da família têm uma trajetória vitoriosa. Vamos ver se a Gabriela, minha neta nascida em março, vai dar sorte pra gente nesta ou no máximo na próxima Copa do Mundo.”
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