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Puberdade precoce: conheça os sintomas, tratamentos e impacto na vida do seu filho

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Publicado em 23/08/2019, às 15h36 - Atualizado em 10/11/2020, às 13h06 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


A puberdade é um processo de amadurecimento, marcado por transformações físicas e biológicas no corpo das crianças, principalmente pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais. É considerada precoce quando essas mudanças ocorrem antes dos 8 ou 9 anos nas meninas e antes dos 10, no caso dos meninos. 

Se já não é fácil perceber que seu “bebê” cresceu quando isso acontece na época esperada, imagine quando sua ainda criança começa a virar adolescente. Essa fase de transição da infância para a adolescência pode ser difícil, tanto para os pais como para as crianças. “É uma fase muito complicada por causa dos sentimentos confusos que costumam acompanhar o surgimento desses sinais exteriores da maturidade sexual”, explica a psicóloga Solange Quintanilha, mãe de Fernando, Idelmar e Alessandra.

Como perceber que seu filho está passando pela puberdade precoce?

Segundo Louise Cominato, endocrinologista infantil da Universidade de São Paulo, mãe de Enrico e Lucas, nas meninas, é possível notar o crescimento das mamas, pelos na genitália e axilares, e nos meninos, o aumento dos testículos, do pênis e aparecimento de pelos. 

Quais são os impactos da puberdade precoce na vida da criança?

Você deve acompanhar o desenvolvimento do seu filho e observar possíveis mudanças no comportamento e no humor, como medo, agitação, insegurança, isolamento e tristeza. As crianças que entram na puberdade mais cedo também podem ficar mais vulneráveis aos transtornos alimentares. A falta de maturidade pode causar desorientação e deixar as crianças irritadas por causa das transformações na aparência que não condizem com a maturidade psicológica. “Da parte psicológica, a criança fica mais madura e até sexualizada devido às mudanças no corpo pela puberdade precoce. Os hormônios atuam também no sistema nervoso central da criança e os meninos começam a ter ereções mais cedo”, explica Louise. 

Existem algumas diferenças de gênero que marcam a puberdade precoce (Foto: iStock)

Qual a diferença da puberdade precoce entre meninos e meninas?

Existem algumas diferenças de gênero que marcam a puberdade precoce. Os meninos percebem mudanças no órgão genital e muitos ficam assustados, porque se  sentem diferentes dos outros colegas. Com as meninas, a revolução é mais intensa, pois, além de corporal, a mudança é hormonal. Além do aparecimento dos seios, que faz com que elas pareçam mais adultas, elas precisam lidar com a chegada da menstruação. Todo esse processo pode gerar algumas limitações, por isso é essencial que a criança se sinta à vontade para tirar dúvidas.

O que posso fazer se a criança começa a mostrar sinais de puberdade precoce?

Pode ser que você demore a perceber as mudanças, porque é comum a gente achar que os filhos são mais crianças do que realmente são, a boa e velha síndrome do “meu bebê”: por isso essas mudanças podem ser inconscientemente ignoradas. Quando o pai ou mãe percebem, pode ser um baque. O melhor é conversar com o pediatra do seu filho e verificar se é o caso de tomar alguma medida para atrasar o processo.

Além do pediatra, em alguns casos, uma orientação psicológica pode ser necessária para apoiar o filho de forma correta. A conversa nesse momento é essencial: a criança que está passando por esse processo precisa entender que é natural e todo mundo passa pela mesma situação, só que com ela aconteceu antes do tempo. É importante conversar de forma natural com o filho, explicando que essas mudanças físicas são normais e essenciais para o processo de reprodução.

Qual o tratamento da puberdade precoce?

A puberdade precoce pode ser amenizada com tratamento hormonal, que deve ser feito com o acompanhamento de um endocrinologista pediátrico.  Somente o profissional poderá dizer qual é o procedimento adequado, mas os principais tratamentos têm o objetivo de anular a menstruação, desacelerar o avanço da maturação óssea, retomar a velocidade normal do crescimento e normalizar possíveis problemas psicológicos e sociais.  Segundo Louise, no caso de não realizar o tratamento, a estatura final da criança pode ser prejudicada, além de alterações psicológicas decorrentes.


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