Publicado em 21/10/2015, às 15h15 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Faça essas perguntas para você mesma: quando você vai sair com seu filho, você estipula quanto pode gastar? Seu filho sabe quanto você pode gastar e no que? Seu filho tem clara a noção de que ele não pode escolher quanto vocês vão gastar e que essa decisão é sua?
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com mães das 27 capitais que possuem filhos entre 2 e 18 anos revela que 65% das entrevistadas não resistem aos apelos dos filhos e acabam comprando produtos considerados desnecessários, como brinquedos, doces e roupas.
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A pesquisa foi feita apenas entre mães porque essa relação costuma ser mais homogênea do que a relação com os pais, principalmente entre as classes C e D. Quase 60% das mães nem precisam que os filhos peçam o que querem: elas compram presentes que não são necessários, muitas vezes para compensar a sensação de culpa em relação aos filhos.
“As mães se perguntam se estão dando pouca atenção às crianças; se deveriam ser mais disciplinadoras ou, se estão dando bons exemplos e até mesmo se deveriam dizer ‘não’ com mais frequência. Os sentimentos e emoções familiares podem funcionar como gatilhos para o consumo desnecessário”, afirma o educador José Vignoli.
Você compra tudo o que seu filho quer?
O estudo ainda mostra que o estímulo ao consumismo normalmente começa dentro de casa: nós queremos sempre agradar nossos filhos, mas essa vontade não pode se sobrepor as condições do próprio bolso, principalmente em tempos de crise. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, afirma que as crianças não podem achar que a situação financeira da família é diferente da realidade, principalmente se houver algum ajuste na renda.
“A obrigação de agradar e de proporcionar o melhor aos seus filhos faz com que parte das mães adote padrões de consumo diferentes para os filhos em relação ao restante da família”, completa a economista. Mais da metade das mães compram roupas e sapatos melhores para seus filhos do que para si mesmas e uma em cada cinco mães admite que os filhos têm um padrão de vida superior à outras pessoas da família.
Outro dado apontado pelo levantamento é de que quatro em cada dez mães não estipulam regras para presentear os filhos, como preço ou produto, e apenas 15% das mães deixam os presentes para das datas especiais, como Natal, Dia das Crianças e aniversário. Quase 13% das mães usam os presentes como recompensas pelo cumprimento das regras em casa (aquele momento em que é necessário dizer para as crianças: “não fez mais do que a sua obrigação”).
Um terço das mães revelou que, por mais presentes que elas comprem para os filhos, eles nunca estão satisfeitos e sempre pedem mais coisas. “Presentear um filho é uma demonstração de afeto. Por outro lado, a ausência de regras e de limites ao consumo é uma influência negativa para as crianças e adolescentes”, afirma o educador financeiro José Vignoli.
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