“Síndrome mão-pé-boca” pode ser confundida com um resfriado
A estomatite enteroviral vesicular é mais comum no verão, mas pode ocorrer em temperaturas mais baixas
Quando uma criança fica doente na creche, já sabe, seu filho provavelmente ficará também. Mesmo sendo vacinado, alguns vírus sofrem mutações e mudam constantemente.
Para outros, não existem vacina. É o caso da estomatite enteroviral vesicular, mais conhecida como “síndrome mão-pé-boca”, que atinge a mucosa oral e em alguns casos palmas e solas dos pés. Os sintomas do vírus são similares as do resfriado comum: febre, mal estar, falta de disposição. A diferença é que, em um segundo momento, podem surgir lesões, como se fossem picadas, nas palmas das mãos, sola do pé e cavidade bucal, o que causa dor pra engolir e pode ocorre salivação excessiva.
Flavia Oliveira Pediatra e Neonatologista da Clinica MedPrimus São Paulo e mãe de Lucas e Pedro, explica que os sintomas são muito variáveis, podendo ser confundido até mesmo com catapora. O quadro pode durar até duas semanas levando -se em conta o período de incubação que pode ser de até 6 dias e raramente evolui para acometimento de sistema nervoso central , levando a meningite ou encefalite.
A transmissão acontece através do contato direto entre as pessoas e as suas secreções, mas também pode ocorrer através de objetos e alimentos contaminados. Pode acontecer com adultos também, mas é mais comum em crianças de 5 anos.
E o que você pode fazer pra esse vírus não entrar na sua casa? Flavia orienta que a higiene das mãos é fundamental na prevenção de muitas doenças, inclusive nessa. “Deve-se ter atenção especial para isso e orientar as crianças a realizá-la sempre, principalmente após o uso do banheiro.”
E se alguém pegar? Analgésicos e alimentação mais pastosos, com temperatura mais baixa, priorizando a hidratação.
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