TDAH: como os professores podem ajudar no diagnóstico?
O professor é o profissional que acompanha o dia a dia dos alunos
Muito se fala sobre o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), que dentre outros sintomas, se caracteriza por agitação motora e dificuldade em manter foco em atividades longas. O diagnóstico da doença ocorre por volta dos 7 anos de idade, período em que as crianças estão nos primeiros anos do ensino fundamental I, por isso a escola e os professores podem contribuir muito para o diagnóstico.
Segundo Carolina Rodrigues, psicóloga do Colégio Humboldt, mãe de Isabela e Gabriela, na escola as crianças portadoras deste distúrbio são distraídas facilmente por estímulos externos, cometem erros causados por desatenção nas provas, não conseguem se organizar com o material ou finalizar tarefas escolares. Às vezes, não conseguem parar quietas na cadeira e levantam o tempo todo.
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É claro que apenas o médico pode dar o diagnóstico, mas, dentro da escola, o professor é o profissional que mais passa o tempo e acompanha o dia a dia dos alunos. Por isso, a observação dele sobre o comportamento da criança é muito importante para desconfiar do TDAH. Mas é fundamental que ele tenha conhecimento sobre o transtorno.
Quando a hipótese é levantada, a escola deve marcar uma reunião com os pais para conversar sobre o assunto e apresentar o problema. A partir disso, Carolina recomenda que o aluno seja encaminhado para uma avaliação médica completa, que pode ser feita com um neurologista, um psiquiatra ou um neuropsicólogo.
Se o diagnóstico for confirmado, o melhor a fazer, para que não ocorram prejuízos sociais e pedagógicos, é que a escola e os pais trabalhem em conjunto para que a criança tenha a assistência necessária. Ao psicólogo escolar, cabe orientar os professores do colégio sobre o transtorno e como eles podem ajudar os alunos em sala de aula.
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