Publicado em 18/09/2020, às 07h41 - Atualizado em 13/02/2023, às 08h27 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Algumas crianças simplesmente não aceitam ordens. E, muitas vezes, é normal até atingir uma certa maturidade para entender o que é certo ou errado. Mas pode ser que adesobediência constante seja um indício de transtorno opositivo desafiador (TOD), um distúrbio de comportamento caracterizado por extrema dificuldade em aceitarregras, recomendações e imposições de outras pessoas, especialmente de autoridades e dos pais.
Para Clay Brites, pai de Helô, Gustavo e Maurício, pediatra, neuropediatra e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber, a oposição da criança pode continuar persistindo mesmo que possa machucar os sentimentos de alguém. “Pode levar a condutas desafiadoras, sentimento intenso de irritabilidade e crises de raiva assim como devingança. A presença destes indivíduos em grupos sociais sempre leva a instabilidades e discussões recorrentes”.
Considerado um Transtorno Neuro Psiquiátrico, ele está dentro do grupo de Transtornos Comportamentais Destrutivos da infância, podendo aparecer ainda na pré-adolescência e na adolescência. Nos ambientes sociais, é possível notar que o TOD é uma condição responsável por comportamentos restritivos como, por exemplo, raiva, insubordinação, teimosia constante, hostilidade, sentimento de vingança e uma grande dificuldade em obedecer a regras quando solicitadas.
Normalmente, existem indícios nos oito anos de vida e tende a se intensificar na adolescência. Para Ellen Moraes Senra, psicóloga e mãe de Rafael, “uma vez que é explicado que o nome daquilo que o paciente sente é raiva e que é uma emoção que todos nós sentimos, pode ser que fique mais fácil para a criança compreender que as reações são provenientes dessa mesma emoção. Algo que funciona muito bem é deixar que o paciente explore sua emoção de forma clara”, explica.
Segundo Gladys Arnez, pediatra e neurologista infantil e da adolescência, “é fundamental saber diferenciar o TOD da birra”. No caso deste segundo, é bastante comum um comportamento imaturo e passageiro da criança, em que ela tenta expressar o que está sentindo para conseguir o que quer. Geralmente, pode acontecer dos 10 meses aos 2 anos, e chega a passar antes dos 4.
Já o que a diferencia do TOD, é que a criança fica bastante irritável, esporadicamente ou a todo momento, com ou sem motivo. “É uma criança que não reconhece regras. Ela é sempre do contra, está sempre testando limites, não se importa com o sentimento dos outros, está sempre contra a família, amigos e não assume a responsabilidade dos seus erros, além de não ter medo de punição, fazendo com que tenha maior probabilidade de se envolver com drogas ou apresentar comportamentos ilícitos mais tarde.”, explica Gladys.
Em 50% dos casos, segundo estudos recentes, o TOD está associado ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Contudo, ele também pode estar ligado a quadros de deficiência intelectual, transtorno Bipolar, entre outros. É muito importante ficar de olho no comportamento das crianças e sempre procurar um profissional quando necessário.
Ainda não existem causas definidas sobre o transtorno, mas acredita-se que os relacionamentos familiares podem ser um gatilho para o desenvolvimento do TOD como, por exemplo, violência doméstica, abuso sexual, abuso físico, negligência, abuso de álcool e drogas pelos pais, além de conflitos.
Ao procurar ajuda, os pais precisam notar o comportamento das crianças por no mínimo seis meses, além dos principais sintomas que são: irritabilidade; comportamento desafiador; agressividade; impulsividade; dificuldades de relacionamento com colegas; comportamento vingativo; raiva e ansiedade.
Sim! Na maioria dos casos, o paciente passa por três bases: medicação, psicoterapia comportamental e suporte escolar. O primeiro ajuda na auto regulação do humor em situações de frustração. Já o segundo, as alterações comportamentais na família, de forma educacional, como, por exemplo, conversar, ter paciênciaao falar, explicar o motivo das ordens dadas, entre outros. Por fim, o suporte escolar visa oferecer apoio para o aluno, além de proporcionar um melhor engajamento nas regras escolares.
Gladys Arnez deu 7 dicas de ouro para driblar a situação:
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