Criança

Tudo o que você precisa saber sobre vacinação

Imagem Tudo o que você precisa saber sobre vacinação

Publicado em 19/06/2013, às 14h16 - Atualizado em 15/02/2021, às 09h23 por Redação Pais&Filhos


A campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil) acaba hoje. A meta é vacinar 95% dos 12,9 milhões de crianças de 6 meses a menores de 5 anos que existem no país – ou seja, 12,2 milhões de crianças. Se você ainda não levou seu filho para vacinar, a hora é essa. Tudo o que você precisa saber:

1.     Quais crianças precisam ser vacinadas?

No ano passado, todas as crianças até 5 anos incompletos participavam. Já neste ano, o público-alvo da campanha são as crianças a partir dos 6 meses, que tomam a vacina oral, as chamadas gotinhas. Isso porque as menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a vacina injetável nos postos.

2.     Que documentos preciso levar?

A Carteira de Vacinação do seu filho. Nela há a idade da criança, a data de nascimento e o histórico das vacinas que já foram tomadas. Assim, é possível saber quais vacinas estão em dia e quais ainda precisam ser dadas. Não é necessário levar outros documentos. O procedimento é o mesmo tanto na rede pública, quanto na rede privada.

3.     E se eu tiver perdido a carteirinha?

Geralmente, o posto de vacinação de rotina da criança tem o controle, e os pais podem solicitar uma cópia do cartão de vacinação. Caso os pais não saibam onde a criança se vacinou ou o posto não tenha a cópia do cartão, a criança terá de receber novamente todas as vacinas contempladas para a idade, e receberá um novo cartão.

4.  Qual o calendário para as crianças que estão iniciando a vacinação contra a pólio?

Esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra a poliomielite

 IdadeQual a vacina
2 mesesVacina inativada poliomielite (injetável)
4 mesesVacina inativada poliomielite (injetável)
6 mesesVacina oral poliomielite (atenuada / oral)
15 mesesVacina oral poliomielite (atenuada / oral)

5.     Onde posso saber quais são todas as vacinas que meu filho deve tomar, além das contra pólio?

No site do Ministério da Saúde (http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.html), que traz as vacinas que fazem parte do calendário oficial.

Nos sites da SBIM (Sociedade Brasileira Imunização) http://www.sbim.org.br/vacinacao/) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (http://www.sbp.com.br/), que separam as vacinas disponíveis em rede pública e rede privada.

6.     E se a criança for vacinada duas vezes na mesma campanha? Isso pode acontecer? Tem problema?

Esse tipo de problema é raro. Se isso ocorrer, a orientação do Ministério da Saúde é para que a equipe de saúde monitore esta criança e considere a última dose. Para evitar esse tipo de problema, os pais ou responsáveis que perderam a carteirinha de vacinação da criança poderão solicitar no posto o controle de doses recebidas pela criança, no sistema de dados do posto de saúde.

7.     Onde acessar a lista completa dos postos em todo o Brasil?

Os Estados e municípios disponibilizam essas informações. São cerca de 115 mil postos de vacinação, permanentes ou móveis.

8.     Existe alguma contraindicação para tomar a vacina?

A vacina é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. A vacina é extremamente segura e não há contra-indicações, sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos –por exemplo crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina –, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.

9. Alguns pais costumam dar antitérmico preventivamente, antes da vacina. Isso é correto, pode atrapalhar?

O Ministério da Saúde não indica o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação para menores de um ano, para não interferir na ação da vacina.

10. É possível escolher entre a gotinha e a agulha, caso a criança tenha medo de injeção?

Não. As doses são dadas conforme o Calendário Nacional de Vacinação da Criança. Desde o ano passado, as crianças que nunca foram vacinadas contra a paralisia infantil recebem as duas primeiras doses (2 e 4 meses de idade) pela vacina injetável inativada poliomielite. Já a terceira dose (aos 6 meses) e o reforço (aos 15 meses) continuam com a vacina oral poliomielite, ou seja, as duas gotinhas. A vacina oral também é usada nas campanhas anuais contra a poliomielite, todo mês de junho, até os 5 anos de idade.

11. Por que houve a troca da vacina em gota pela com agulha?

O Ministério da Saúde mudou a estratégia desde o ano passado de acordo com a recomendação da OMS para que os países se preparem para a erradicação da doença no mundo, quando todos os países deverão utilizar apenas a vacina inativada. No entanto, como ainda há circulação do vírus selvagem da poliomielite (Nigéria, Afeganistão e Paquistão), o Ministério da Saúde continuará usando a vacina oral poliomielite, por algum tempo, para manter a imunidade populacional contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem, através de viajantes desses países.

12. E se a criança vomitar depois de tomar a gotinha? O que os pais devem fazer?

Caso isso aconteça, assim que a criança esteja melhor, ela deverá receber novamente as duas gotinhas.

13. E se os pais perderem a campanha? Como vacinar?

O Ministério da Saúde recomenda que os pais procurem um posto durante a campanha de vacinação contra pólio (8 a 21 de junho). Caso não seja possível, vacine o quanto antes, pois as doses da vacina contra pólio permanecerão disponíveis no postos de saúde.

14. Muitos acham que a doença está erradicada e que não há necessidade de vacinar. Por que vacinar continua tão importante?

O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovírus selvagem. Desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite. De acordo com a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovirus selvagem de países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade e República do Congo). No ano de 2013 (até 22 de maio), foram registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.


Palavras-chave
Exames e vacinas

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