Publicado em 23/06/2022, às 09h43 - Atualizado em 01/07/2022, às 15h12 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor
Nessa época do ano sabemos que há muita preocupação com as crianças com os diversos vírus circulando, além da temida covid-19. E além disso, temos mais uma doença, que chegou recentemente ao Brasil, para nos preocupar: a varíola dos macacos. Até agora, são oito casos confirmados, em adultos, aqui no Brasil. Depois da pandemia da covid-19, o receio de uma nova doença é ainda maior.
Por isso, para tranquilizar as famílias, a Pais&Filhos conversou com alguns pediatras e infectologistas que explicam se as crianças fazem parte o grupo de risco. E a boa notícia é que: NÃO! A imunologista pela USP, Brianna Nicoletti, mãe de Felipe e do João Pedro, explica que entre os grupos de risco estão pessoas imunossuprimidas, idosos e crianças (que ainda não têm o sistema imunológico formado, como por exemplo, os recém-nascidos).
Segundo o pediatra as Sociedade Brasileira de Pediatria, Paulo Telles, pai de Leonardo e Carolina não há motivo para se desesperar, pois a ameaça para a população é baixa e para as crianças é ainda menor. “Nos últimos tempos, a taxa de letalidade da varíola dos macacos varia de cerca de 3 a 6% conforme dados da OMS. Os pesquisadores que têm acompanhado o surto atual afirmam que é tão raro em crianças que é mais provável que qualquer lesão de pele em criança seja causada pelas doenças comuns na infância, como a catapora ou doença da mão-pé-boca por exemplo”, explica o médico.
O presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana, explica ainda que em toda a história foram vistos poucos casos em crianças e o potencial endêmico é muito menor do que as doenças respiratórias, como a covid, principalmente nessa época do ano. “Não há motivo para pânico, dificilmente teremos uma grande onda de infecções, ainda mais em crianças. O foco nesse momento são as doenças sazonais” tranquiliza ele.
O vírus pode se espalhar de pessoa para pessoa pelo contato direto com as lesões da pele ou fluidos corporais. Pode ser transmitido também por gotículas respiratórias ou durante o contato físico íntimo, como beijos, abraços ou sexo ou por objetos contaminados, como roupas de cama ou toalhas. Outra forma possível de infecção é através de animais infectados, por arranhadura ou mordida ou pela ingestão de carne contaminada.
Mesmo com uma baixa incidência da doença o infectologista Paulo Telles acha importante ressaltar que existe também a transmissão de mãe para filho, durante a gestação. “Talvez este seja o maior risco para o feto, podendo levar a aborto e infecção congênita e após o nascimento a transmissão neonatal pela mãe infectada pode acontecer, já que o recém-nascido é imunossuprimido”, explica Telles.
A Dra. Brianna reforça que gestantes com suspeita de infecção devem ter acompanhamento médico intenso e o bebê precisa ser testado logo após o parto. “Nesses casos, as mulheres devem ser separadas dos recém-nascidos e a amamentação não é recomendada, até que ambos testem negativo”, explica ela.
Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe, como febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares, mas em geral, de a um a cinco dias após o início da febre, aparecem as lesões na pele, que aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.
Elas vêm acompanhadas coceira e aumento dos gânglios cervicais, inguinais (ínguas) e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios até cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.
Assim como com outras doenças contagiosas o isolamento da pessoa infectada é o mais indicado. A varíola pode ser transmitida desde o momento em que os sintomas começam até que a erupção cutânea tenha cicatrizado completamente. O período de incubação – tempo de contágio e início da doença – é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS.
Mesmo sem previsão de uma pandemia da varíola, os cuidados de prevenção são sempre a melhor opção. Os cuidados são os mesmos para todos os outros vírus e bactérias que já conhecemos: lavar bem as mãos, uso de álcool gel, uso de máscaras e evitar o contato com pessoas doentes.
Dr. Renato Kfouri lembra ainda que já existem vacinas contra a monkeypox, que são eficazes contra esta infecção, atualmente aplicadas em militares que vão pra África e profissionais de laboratório que lidam com o vírus diretamente. “No momento não há nenhuma necessidade desse tipo de imunização na população, mas caso algum dia precise, é possível aumentar a produção”, diz o médico.
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