Publicado em 29/05/2021, às 05h00 - Atualizado em 01/06/2021, às 09h18 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo
Só no Brasil, existem 35,5 milhões de crianças. Isso significa que a cada 100 pessoas que moram no país, 17 têm até 12 anos de idade. Cada uma delas com uma vida, história, família e realidades diferentes. O fato é que mesmo em meio às dificuldades, medos e culpas que chegam com a parentalidade, as pessoas continuam tendo filhos. Antes de qualquer coisa, podemos afirmar que a tarefa de criar um filho em pleno século XXI é difícil, sim. Mas ainda vale muito a pena. E por quê? Essa é a grande pergunta de um milhão de dólares.
Cada família tem sua razão para colocar um filho no mundo. “Enxergo a criação de filhos como um desafio pessoal que as pessoas podem assumir mediante o desejo, que em grande parte é inconsciente, mas que temos como acessar. Hoje em dia, o que faz com que as pessoas decidam ter filhos tem muito mais a ver com o projeto de realização pessoal. O encontro com o filho é o encontro com o seu estranho, com aquilo que você não sabe de você. É um encontro com um amor diferente, um extremo de responsabilização, de cuidado e muito investimento”, explica Vera Iaconelli, psicanalista e doutora em psicologia, mãe de Gabriela e Mariana.
Independentemente da configuração familiar, cada um tem sua realidade, anseios e pressões durante a jornada de criar os filhos. Mas a justificativa para o fato de continuarmos nos tornando pais e mães é quase inexplicável: o amor. “Existe uma vontade dos nossos genes se eternizarem. De alguma forma, a gente tem essa pressão biológica para continuar tendo filhos. Agora, vale a pena? Porque tem problema, dificuldade, culpas e medos. Porque a gente se desafia e se enxerga nos nossos filhos, nos conhecemos melhor nesse processo, nascemos junto com o filho. Nasce um novo casal, uma nova mãe e um novo pai. E esse é um processo de humildade, autoconhecimento, evolução, silêncio, paciência, fortalecimento, inteligência emocional, comunicação. Tem muitos pontos positivos nesse processo. Em geral, o que faz mesmo valer a pena é a tentativa. O desafio nos traz um sentido de propósito e realização. No caso dos filhos, você descobre uma outra pessoa para amar profundamente pelo resto da sua vida”, defende Marcos Piangers, jornalista e colunista da Pais&Filhos, pai de Anita e Aurora.
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O amor é a razão da parentalidade valer a pena e de não desistirmos em meio aos desafios. Mas mesmo com um sentimento tão expansivo como o amor entre pais e filhos, a parentalidade é uma eterna corda bamba que se divide em erros e acertos. E se entender como um pai ou mãe que vai errar, acertar, cair, levantar e tentar novamente é um dos melhores caminhos para enfrentar tudo com mais leveza e encontrar sua realidade durante a criação dos filhos.
“Erros e acertos fazem parte da vida, mas temos um pouco de dificuldade de entender isso no âmbito da parentalidade. É quase como se as pessoas acreditassem que isso é evitável. ‘Ah, vou me policiar bastante e não vou errar’. Não, o erro é intrínseco, faz parte. É ainda mais importante diferenciar a culpa da responsabilidade. Nós temos responsabilidades e precisamos arcar com o que fazemos de certo e errado, sabendo que o erro faz parte. Mas a culpa faz supor que eu poderia ter feito melhor, o que nem sempre é verdade. Pode ser que eu venha a fazer melhor no futuro, mas provavelmente eu fiz o que era possível até então. A culpa serve para ficar alerta, porque quando você está lá se chicoteando pelo que deixou de fazer, muitas vezes está se compromentendo pouco com a sua responsabilidade e com o empenho para melhorar da próxima vez. E na próxima vez, você vai cometer outros erros provavelmente”, justifica Vera.
Os erros e acertos são intrínsecos à parentalidade. Afinal, não existe mãe, pai ou filho perfeitos. “Quando a gente erra, reconhece esse erro e entende que isso é uma oportunidade de aprender e melhorar, estamos dando essa oportunidade para os nossos filhos verem que isso é uma coisa que faz parte da vida. Fica um discurso meio desconectado se a gente fala isso pros nossos filhos, mas se cobra sempre a perfeição. É claro que isso vai vir junto de muita culpa e muita frustração. A culpa vem sempre, mas é um exercício diário de olhar para a gente com um pouco mais de afeto e compaixão também, saber que eu estou dando o meu melhor enquanto pai e que eu estou sendo suficientemente bom. O que importa é o que fazemos com os erros. Finge que não errou, pede desculpas e tenta reparar? Para mim, isso é o mais importante nesse processo de erros e acertos”, conta Thiago Queiroz, colunista da Pais&Filhos, educador parental, criador do site Paizinho Vírgula!, pai de Dante, Gael, Maya e Cora.
Ao mesmo tempo em que é importante se entender e se aceitar como uma pessoa que tem defeitos e fragilidades, você tem todo o direito de fugir da obrigação de estar sempre expondo os seus erros como mãe ou pai para o mundo. Que atire a primeira pedra quem nunca pagou a língua durante a maternidade ou paternidade. Criar um filho é descobrir que a prática é bem diferente da teoria. E está tudo bem com isso! “É preciso encarar os erros com naturalidade, até porque eles são fundamentais para o aprendizado. Quando a gente desconstrói essa falsa ideia da masculinidade infalível e entendemos que, pelo contrário, reconhecer nossas fraquezas nos permite ter essa plenitude na nossa humanidade, percebemos a dádiva que é a dificuldade, os medos, as vulnerabilidades, porque são elas que trazem a tona a nossa humanidade. Então, ao contrário do que pensávamos, guiados pelo machismo, que reconhecer fraquezas e dificuldades nos coloca em xeque ou nos diminui, passamos a entender que a nossa fraqueza nos humaniza ainda mais. Estamos aqui para aprender, crescer e assim nos tornarmos melhores, até mesmo filhos, através do reconhecimento dos nossos erros enquanto pais. Então, nos tornamos filhos melhores para os nossos pais, e pais melhores para os nossos filhos quando abraçamos a humanidade”, defende Humberto Baltar, pai de Apolo, educador e criador do coletivo Pais Pretos Presentes.
Cada família tem a sua realidade e sabe o que é melhor para o filho no momento da criação. Em meio a esses erros e acertos, você vai encontrando aos poucos a sua forma de amar, cuidar e criar vínculos entre pais e filhos. Por isso, é com muito orgulho que apresentamos, em parceria com a Natura Mamãe e Bebê, o 11o Seminário Internacional Pais&Filhos – A sua realidade – acertar faz parte, errar também. Ao longo do evento, teremos muito conteúdo e troca de experiências, por meio de palestras com especialistas, mesa-redonda, pocket show, sorteios, ativações de marcas, para discutir esse tema durante 8 horas seguidas de live. A transmissão ao vivo acontece no Facebook e YouTube da Pais&Filhos, de forma gratuita. No Instagram, você também poderá acompanhar entradas pontuais e bastidores do evento com teasers e flashes, além de matérias no site atualizadas em tempo real para ver e rever as conversas com os participantes.
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