Publicado em 01/12/2020, às 08h56 por Maria Laura Saraiva, Filha de Laise e Carlos
Marcos Piangers, nosso colunista, pai de Anita e Aurora, foi quem deu o pontapé inicial entre as palestras do 10° Seminário Internacional Pais&Filhosnesta terça-feira, 1 de dezembro . O jornalista é autor do livro ‘O Papai é Pop’ 1 e 2, além de dividir as experiências da paternidade com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais. Nesta manhã, ele conversou sobre o papel do instinto paterno na criação das filhas.
O escritor iniciou a conversa confessando que muitas vezes associava a ideia de instintocomo algo exclusivo das mulheres; um ponto-fraco do sexo oposto. “Mesmo carregando essa característica, a gente tende a negar e considerar uma fraqueza”, disse. Em uma jornada de autoconhecimento ao lado da esposa, Ana Cardoso, e das filhas, Marcos diz que a percepção acabou mudando. “Eu sempre digo que não somos YY, somos XY. Nós também temos essa chance de desenvolver a sensibilidade. (…) E um homem é mais forte quando e desenvolve seus instintos e as conexões com o próprio filho”
Seguindo com o tema do Seminário, Quem Ama Cria, Piangers descreveu o papel do homem no cuidado com os filhos, uma responsabilidade, que segundo ele, foi ofuscada ao longo da história pela ideia de que os pais eram apenas os provedores. “Esse pai não se enxerga como cuidador justamente porque ele não foi incentivado em nenhum momento. Quando a mulher gesta e pare, o homem foge e se afasta dessa responsabilidade que lhe é dada. Nós sabemos que das famílias brasileiras com filho um terço é composta por mães solo que não tem um companheiro ao lado, como a minha mãe. É um sinal claro do despreparo masculino para o cuidado”, explica o jornalista.
O instinto paterno existe para Marcos Piangers, mas é escondido e ofuscado o tempo todo pela masculinidade. “A gente fica assustado assim que sabe que vai ser pai, se não fugimos fisicamente acabamos inventando mais trabalho e happy hour para não estar em casa com um bebê que só chora”, confessa. “Mas quando nós nos conectamos com nossa própria sensibilidade também nos conectamos com nossa capacidade de cuidar”, fala.
E se o homem pudesse engravidar, será que seria diferente? O pai da Anita e Aurora confessa que não sabe se o mundo masculino estaria pronto para a gestação de uma vida. “Nós, que já ficamos derrubados com uma febre, imagina se víssemos o corpo todo mudar por 9 meses, a barriga crescer por outro motivo que não seja a cerveja, toda a amamentação!”, brincou. “Mas provavelmente teríamos políticas públicas modificadas, como a possibilidade de interromper uma gravidez quando o homem desejasse”, afirmou.
Esforço. Essa é a palavra que está logo ao lado de instinto para Piangers. Isso porque o “dom” de adivinhar se o choro do bebê é de fome ou sono não cai do céu, mas sim da prática do cuidado. “Nem para a mãe nem para o pai isso vem do dia para noite, e os homens que decidem participar têm a chance de desenvolver essa habilidade. Mas talvez o instinto nem exista – talvez seja uma disposição de aprender, uma humildade de dizer que não sabe fazer aquilo e um esforço para ser o melhor pai possível”, finaliza.
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