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Maternidade de todos: vem ver o que rolou na palestra da Tatiana Paranaguá no 13º Seminário Internacional Pais&Filhos

Tatiana Paranaguá no 13º Seminário Pais&Filhos - Reprodução / Arquivo Pais&Filhos
Reprodução / Arquivo Pais&Filhos

Publicado em 25/05/2022, às 09h49 - Atualizado às 14h03 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro


A primeira palestrante do 13º Seminário Internacional Pais&Filhos é Tatiana Paranaguá, mãe de Luísa e do Davi, é psicóloga clínica junguiana, professora da PUC-Rio, Casa do Saber e diretora do Centro Junguiando e criadora de conteúdo em seu canal do YouTube, onde aborda temas diversos ligado à psicologia e ao cotidiano. O tema da palestra é ‘Maternidade: nem para mim, nem para você, nem para eles’.

De início, a Tatiana Paranaguá contou sobre a extrema importância de uma rede de apoio ao núcleo familiar. “Cada vez mais as famílias têm  ficado pequenas, e precisamos dessa rede para poder falar e escutar. Vejo esse movimento como uma maneira da gente se unir”. Em complemento, discorreu sobre a vida maternal. “A experiência da maternidade é extremamente e válida. Precisamos sim apoiar com carinho. Lembrar que as mães são mulheres, e não apenas mães. Não existiria mundo sem a maternidade”

“Sinceramente, o amor que é despertado pelo filho, é a maior força e energia de construção. Ter um filho pode despertar a oportunidade de amar e reconhecer a doação. Existem mães que conseguem transmitir mais esse amor, algumas nem tanto. Mas onde a gente mais consegue ver a energia do amor, é na mãe. A pessoa se sentir amada por uma mãe, nutre uma vida psicológica inteira”.

Tatiana Paranaguá no 13º Seminário Pais&Filhos
Tatiana Paranaguá no 13º Seminário Pais&Filhos (Foto: Reprodução / Arquivo Pais&Filhos)

“A oportunidade de gerar, ver crescer, fez uma diferença muito grande na minha vida. É um dos grandes ritos de vida que torna a maternidade inefável (…) Essa força que faz gerar, que faz gestar e nutri, já existe antes de mim e de todo mundo. Se a gente vai estudar mitologia, as grande mães são ligadas a natureza. Então nos quando nos colocamos nesse lugar, entramos em um fluxo que já existe. Nos damos um nome dessa força circuladora de maternidade. Então eu não tenho que tirar tudo de mim”. Tatiana falou também sobre o papel de cada mãe aos filhos: “Uma mãe pode ter até dez filhos, mas ela é uma mãe para cada filho que ela tem (…) As mães que não se sentem adequadas, se sentem menos mãe por algum motivo”.

“A amamentação, nossa, amamentei muito, adorei. Mas se não deu para [você] amamentar, está tudo bem. É uma pressão muito grande do que deve ser e não há espaço para fazer uma maternidade como eu quero ser. A maternidade é muito olhada, as pessoas se sentem muito no direito de chegar em outra mãe, de querer dizer como aquela mulher jovem deve se comportar. Cada um tem o direito de descobrir, pedir ajuda e não atropelar a maternidade. A pessoa se sente muito mais confortável em pedir ajuda. Todos os olhos estão voltados à mãe, onde toda culpa da criação daquele ser humano, está na mãe que ‘não foi boa o suficiente'”, disse.

“Se quiser acabar com o mundo é só acabar com as mães, por que as mães é que fazem o ciclo de vida existir. Ser mãe não é prazer eterno. As pessoas acham que aquilo é que vai dar prazer eterno. Vai além do prazer, é chegar com o amor”. Em contrapartida, afirmou que sua vida pessoal é complementada por conta de seus membros familiares: “Sou psicóloga, professora e mãe. Eles não me atrapalham, eles me ajudaram muito. E eu não seria essa profissional sem a minha família. A maternidade sou eu sendo mãe dessas duas pessoas, que me construiu dessa forma que sou”.

“O que eu vejo é que o sentimento da maternidade, onde tem esse amor materno, essa força circula. Os enteados merecem. A pessoa com quem você está, e os filhos dele fazem parte dessa pessoa, você “abraça o pacote”. Esse amor ele não falta [referindo-se aos enteados], me sinto muito bem porque eles gostam de mim”.

Durante o ao vivo, uma internauta questionou: “Qual a importância das mães mostrarem essas fraquezas e dificuldades para os filhos? Demonstrar que, como vocês da Pais&Filhos falam, “mães também são gente”?. Em resposta, Tatiana falou: “É relevante, necessário e requer uma certa medida. Porém, aparecer enquanto humanos é necessário. Ele olha pra essa mãe e vê a imagem de ‘Deus’ na Terra. Então, ela realmente representa isso para ele. A transição de sair de super-heroína e para esse lugar de ser humano, é extremamente importante”.

Por fim, concluiu: “Mesmo que as mães não tenham sidos perfeitas, dentro da imperfeição, era aquilo que precisava. Aceitar a imperfeição. A mãe não quer dar brecha e deixar o filho sofrer, desde o momento que ele nasce. Mas faz parte da experiência humana a imperfeição. Aquela que está ali na maior integridade possível. Não existe perfeição. Se você faz o sue melhor, o seu filho sabe”.

Assista ao seminário

O evento está sendo transmitido ao vivo online através do Facebook e YouTube da Pais&Filhos. Além disso, no Instagram, também mostramos os bastidores e flashes do Seminário.

Programação completa

11h – Abertura

11h20 – Palestra 1 | Maternidade: nem pra mim, nem pra você, nem pra eles | Tatiana Paranaguá

12h20 – Bate-papo 1 | Beta Whately

12h50 – Mesa-redonda 1 | Pode dizer que são elas | Mariana Ferrão, Eliane Dias, Maya Eigenmann, Verônica Oliveira, Izabella Borges

14h30 – Palestra 2 | O poder da mãe | Marcos Piangers

15h20 – Bate-papo 2 | Mariana Arasaki

15h40 – Palestra 3 | Mãe também é gente: sexo, paz, rock ’n’ roll e pijama | Ana Canosa

16h20 – PAISdemia

16h40 – Bate-papo 3 | Izabella Camargo

17h15 –Mesa-redonda 2 | Cabo de guerra | Tatah Fávero e Vitin, Raka Minelli e Daniel Gaspary, Laura Gama e Camila Lucoveis

18h30 – Encerramento

Conheça o tema desta edição

Metade das pessoas no mundo são mulheres, a outra metade são pessoas que vieram ao mundo por causa de uma mãe. Ainda não ficou clara a importância em olhar de perto como vive essa mulher?

A gente reforça que um filho é responsabilidade do pai e da mãe, mas essa desigualdade de papel ainda está longe de acabar. Por isso, uma mãe responde diariamente pelas ações dela no mundo. Ao tentar fazer tudo “perfeito”, vão existir situações de acertos e de muitos erros.

Temos que estender as mãos a essas mulheres. Não largar de jeito nenhum. Os homens, pais, são fundamentais nessa conversa. Se a gente entender que o planeta depende de um ambiente cuidadoso com a criação dos filhos, tudo seria bem mais leve. E é isso que a gente busca. Mas sem ser levianos, vamos mostrar caminhos que podem ser fáceis de enxergar, mas muitas vezes dolorosos de falar.

Todo mundo vem de uma mãe. Só a partir disso já pode-se dizer que é um domínio mundial. As mães vão dominar o mundo, vamos olhar para isso com profundidade. O que a gente fizer hoje, reflete nesse mundo daqui alguns anos. Sua participação nessa conversa é fundamental.


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