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Melinda Blau fala sobre resiliência no amor em palestra no 12º Seminário Internacional Pais&Filhos

O 12º Seminário Internacional Pais&Filhos terá doações para a ONG Ação da Cidadania

Publicado em 01/12/2021, às 13h01 por Redação Pais&Filhos


O 12º Seminário Internacional Pais&Filhos foi para fora do Brasil buscar as palavras de Melinda Blau em uma palestra mais do que especial! Mãe de Jeremy e Jennifer, ela ainda é jornalista e autora de 15 best-sellers de sucesso no mundo todo, incluindo “A Encantadora de Bebês” e “A Encantadora de Famílias”.

Apresentada por Andressa Simonini, filha de Branca Helena e Igor e editora executiva da Pais&Filhos, Melinda inicia sua reflexão dando boas-vindas ao público e, desde já, se desculpando pelo papo gravado e não presencial. “Antes de eu começar, me deixe dizer que falar para a câmera do meu notebook é estranho. Eu gostaria de estar aí para ver seus rostos e olhar nos seus olhos. E depois poderíamos tirar fotos, nos abraçar, é assim que eu lembro do meu tempo em São Paulo. Amo vocês e espero que um dia eu possa retornar pessoalmente”.

Além disso, Melinda elogia o tema desta edição do Seminário: O que de verdade importa. “Quando eu ouvi o tema do Seminário deste ano eu pensei: “Que ótima ideia de finalmente respirar fundo, olhar para os últimos dois anos e questionar a nós mesmos: ‘Como viver tempos tão difíceis nos ensinou sobre o que realmente importa?’”. E ainda completa, “Hoje eu vou compartilhar com vocês o que algumas mães me contaram sobre a vida durante e depois de uma pandemia. Vamos falar sobre sobrevivência e resiliência. E eu vou falar sobre as 3 coisas que eu penso que importam mais!”.

Então, ela inicia a reflexão abordando o distanciamento social e os impactos de tempos tão difíceis quanto aqueles em que passamos isolados por causa da Covid-19. “Se você tiver um momento, pause este vídeo e pense no que você teve que encarar durante a pandemia, nos últimos dois anos, e como lidou com isso. Qual foi a coisa mais difícil, mais surpreendente? E os melhores momentos? Tempos difíceis nos ensinam grandes lições… Minha esperança é que talvez olhando para trás, você verá a você mesmo, seus filhos e sua família inteira com novos olhos e melhor”.

E completa sobre a própria experiência: “Mas eu vou começar dizendo a você sobre a minha avó, a mãe do meu pai, eu costumava chamar ela de avó Sophie, e ela faleceu quando eu era muito nova, mas eu ouvi a história dela enquanto eu crescia. Ela viajou da Rússia para os Estados Unidos quando tinha 9 anos sozinha. Ela esteve entre os 2 milhões de imigrantes que deixaram a Rússia no começo dos anos 1900 por causa da pobreza e perseguição.

Ela era a mais velha e mais forte de seus irmãos, por isso ela foi enviada primeiro. Como podemos imaginar isso hoje? Colocar uma criança de nove anos em um navio sozinha! Cinco dias depois, um primo, que ela nunca conheceu, encontrou com ela em Nova York, a levou para morar com ele no seu apartamento com os outros cinco filhos que ele tinha. No próximo dia ela foi trabalhar em uma fábrica de luvas. Naquele tempo eles faziam luvas, bom provavelmente ainda fazem, costurando de dentro para fora e depois viravam para o lado certo. Então, as crianças têm mãos pequenas e por isso conseguiam fazer um serviço mais rápido com as luvas. Então, Sophie trabalhava com isso e à noite era ensinada a ler e escrever em inglês.

Aos 14 anos de idade ela conseguiu juntar dinheiro suficiente para trazer sua família inteira para Nova York, seus pais e todos os irmãos. Eu costumo falar sobre a jornada da minha avó para mostrar o quão capaz uma criança de 9 anos pode ser. Mas hoje, estou falando sobre ela, porque é um milagre tão grande ela ter sobrevivido. É claro que as expectativas sobre as crianças eram diferentes naquela época, as crianças eram vistas como pequenos adultos, então é claro que elas poderiam ser enviadas para trabalhar. Mas com certeza deve ter sido assustador para uma criança deixar tudo o que ela conhecia e amava para começar a vida em um mundo estranho.

Talvez Sophie tenha sido ensinada por seus pais de que trabalho duro vale a pena ou talvez a vida no outro país era terrível demais. Independente do que aconteceu, algo dentro dela dizia: “Continue, não abandone as pessoas que você mais ama, a vida vai melhorar”. E ficou melhor! Meus avós foram muito prósperos neste país”.

Observando a história da própria família, Melinda ainda percebe que a resiliência está no amor e união familiar. E que, para além da própria história, acredita que muitas mulheres se identifiquem com o sentimento. “muitas mulheres estão descobrindo este mesmo tipo de resiliência nelas e nos seus filhos enquanto passam pela pandemia. O confinamento não foi fácil para ninguém, mas especialmente para as mães. Um repórter chamou as mães, em outubro de 2020, de “mães presas em casa”, elas estavam encurraladas, exaustas dos cuidados com as crianças e com a casa. Algumas perderam o emprego e outras temiam ter que sair de seus empregos porque a demanda em casa era muito grande”.

Por isso, ainda ressalta, “Aqui vão algumas frases das mães em confinamento: ‘Estou cansada das minhas crianças’; ‘Essa pandemia me fez perceber que talvez não era para eu ser mãe’; ‘Estou lavando roupas pela sexta vez hoje’; ‘Deus, toda a vez que eu acho que não vou conseguir fazer algo, eu faço. Eu me levanto e faço. Porque é isso que os pais fazem, certo?'”.

Então, se eu estivesse em pé na frente de vocês no palco agora, eu pediria para vocês levantarem suas mãos se vocês se sentem da mesma forma. E eu acho que alguns de vocês se sentem ou já se sentiram. O confinamento foi longo, difícil e assustador. A boa notícia é que muitos de nós vão sair dessa com novas forças. Talvez você já ouviu essa velha frase que diz: “O que não te mata, te torna mais forte”, eu não sabia de onde ela veio, então eu decidi, quando eu soube que iria falar com vocês hoje, que eu iria procurar.

E descobri que essa frase veio do filósofo Nietzsche em 1888, o que é provavelmente antes da minha avó nascer. Ele escreveu sobre pessoas que, entre aspas, “sabem como transformar acidentes sérios em vantagem” e depois ele adiciona que “ o que não os mata, os fazem mais fortes”. Uma pesquisa moderna de psicologia descobriu que Nietzsche estava certo. Estudos mostram que algumas pessoas voltam melhores e mais resilientes depois de uma crise na vida ou um acontecimento dramático. Eles chamam esse processo de “crescimento pós dramático”. O fato é que quando a gente vivencia uma crise como perda, doença, um acidente, nos chacoalha para fora da rotina. Esses eventos nos forçam a pensar diferente e focar no que realmente importa”.

Melinda, para reforçar a ideia, contou a história de Becky: uma mãe com quem teve contato em Nova Iorque. Por lá, descobriu que a mulher aprendeu importantes lições após passar anos cobrindo zonas de guerra, como o Afeganistão. Mas que, mesmo com tanta experiência, a pandemia ainda apareceu como um baque.

“Becky disse que a pandemia, entre aspas, “pareceu uma guerra para mim”. Algo inesperado aconteceu, que nós não pudemos prever. Tínhamos escolhas limitadas e muita preocupação. E ainda assim, ela saiu dessa mais forte e com uma nova perspectiva. Ela disse: “Eu percebi agora que a vida acontece e não temos controle sobre isso, é melhor para a minha família e para mim viver com menos estresse’.

Tempos difíceis podem nos encorajar a abrir novas portas e nos dar uma apreciação profunda da vida. Mas isso não acontece enquanto estamos passando por isso, estamos muito ocupados cooperando, adaptando, mudando, nós precisamos pegar uma certa distância para ver o quão longe chegamos. Por sorte, agora podemos pegar uma certa distância da Covid-19 e nos perguntar: “O que realmente importa?”.

A resposta depende, em partes, de quem você é. Cada um de nós é único. Duas famílias não vão passar pela pandemia da mesma forma, aprendendo as mesmas lições. Para alguns, o que mais importa é colocar comida na mesa. Para outros, é salvar o planeta”.

Diante da reflexão, Melinda ainda destaca três pontos importantíssimos para encarar o momento pós-pandemia e as mudanças familiares com otimismo e resiliência. “Eu trago 3 prioridades que acredito que todas as famílias deveriam colocar no topo de suas listas. Aqueles, de vocês, que leram os livros “Baby Whispering” e “Family Whispering” sabem que eu amo fazer com que as ideias sejam fáceis de serem lembradas. Então hoje eu apresento a vocês os 3 “R”s: 1. Responsabilidade, 2. Recreação (diversão), e 3. Relacionamentos. Por sorte essas palavras começam com “R” em inglês e em português”, brinca.

E completa: “Vamos olhar cada uma delas. Responsabilidade importa, ser responsável significa que você se importa, que você está empenhado a fazer as coisas acontecerem. Você sabe que é necessário, você é importante. Os pais devem ter ficado surpresos ao descobrir o quão responsáveis seus filhos podem ser durante o confinamento. Isso não me surpreendeu. As crianças crescem durante os desafios se nós permitimos. Infelizmente os pais de hoje em dia tendem a subestimar o que as crianças podem entender e fazer. Em muitas, talvez na maioria, das crianças em casas da classe média, com certeza nos EUA e também no Brasil (pelo que algumas mães me disseram), os pais tentam proteger os filhos de frustrações e de más notícias.

Eles não acham que as crianças podem lidar com isso. Então, os adultos fazem todo o trabalho e lidam com a preocupação. Às crianças eles dizem: “Seu trabalho é estudar”. Eu acho que isso está errado. Covid-19 forçou muitos de vocês a verem que seus filhos são muito mais confiantes, capazes e preocupados do que vocês percebiam. Quando eu perguntei aos pais, no Facebook, quais surpresas, sobre os filhos, eles descobriram durante o confinamento. Eles usaram palavras como: forte, adaptável, e que ficaram maravilhados de quão “dispostos a arriscar” seus filhos eram”.

Melinda ressalta ainda outro caso para exemplificara a força da criança e apoio, também, dos filhos em momentos difíceis. “July, uma mãe de… Acho que ela é de New Jersey, que os filhos tinham 11, 13 e 14 anos durante o confinamento disse, entre aspas, ‘Eu aprendi sobre a sabedoria de adaptação deles, a habilidade deles de abandonarem seus mundos com zero reclamações, o grande amor deles pelos avós, e sim, aprendi que eles podem até cozinhar e até limpar a casa. Nós também conversamos sobre covid-19, o que foi muito assustador para eles’.

July está no caminho certo. É um presente crescer numa família onde esperam que você participe, que ajude com as tarefas, com os planos, que deem pitaco em decisões importantes, que olhem para os problemas e ajudem a resolvê-los e também a conversar sobre coisas que assustam. Por fim, seus filhos são os adultos do futuro. Como mais eles vão aprender o que significa cuidar da casa? Como mais eles vão aprender a cooperar? E como ser parte de um grupo onde cada um tem necessidades e opiniões diferentes?.

Se as crianças da sua casa já estão te surpreendendo sendo responsáveis, ótimo! Continue assim! Deixe que elas continuem participando e te maravilhando”, disse Melinda. Contudo, a jornalista alertou para aqueles que não vem valor na força das crianças, “Mas se não, ou se seus filhos ainda são bebês e crianças pequenas, mude sua mente agora! Permita que suas crianças sejam responsáveis. Em “Family Whispering” eu tenho dezenas de sugestões para cada idade, por exemplo, uma criança de cinco anos pode alimentar o cachorro, fazer um simples sanduíche e ajudar a carregar sacolas. Não espere perfeição, apenas providencie as oportunidades. Está tudo bem se eles “meio que cozinham” e “meio que limpam”. Eles estão aprendendo”.

A responsabilidade deve ser ensinada – e valorizada – na família desde cedo. Diante disso, Melinda aconselha o público, “A melhor coisa de ser responsável, e essa vai para os adultos da casa também, é que isso é como um músculo. Quanto mais você usar, mais forte vai ficar. Então, quando todos estão envolvidos, a mãe não vai ser a única a perceber que a bancada precisa ser limpa ou que as roupas sujas estão crescendo. Mas a vida familiar não deve ser só trabalho, não se esqueça de se divertir. O que nos leva ao segundo “R”: recreação importa!”.

E, sobre isso, manda a real, “Muitas crianças hoje são motivadas a excelentes escolas, a se juntar ao time, a tentar se divertir, a se juntar a um clube, a aprender a tocar um instrumento e muitas delas estão com a agenda cheia. E isso está afetando a saúde mental, nunca tivemos uma época na história em que a depressão e a ansiedade foram vistas em tantas crianças e adolescentes. Um remédio é brincar. Bem, ser parte de um time ou aprender a tocar violino pode ser recompensador para uma criança, mas é importante que elas também tenham tempo de agenda vazia e sem um adulto olhando, lecionando ou corrigindo eles.

Mães, eu sei que vocês sabem o que eu quero dizer. E falando sobre recreação, eu não quero dizer Televisão e video games. É triste que a pandemia tenha nos dado, adultos se incluem nessa, muito disso! Não estou aqui para dizer que esses recursos são de todo ruins, o fato é que a maioria dos estudos sugerem que os aspectos positivos das atividades onlines estão longe das negativas, e são boas para seus filhos. Ainda assim, crianças precisam de tempo para apenas brincarem sozinhas e com outras crianças. Tempo para explorar e aprender a socializar. Alguns desses momentos devem ser ao ar livre”.

A importância do brincar para além das telas e tecnologias é extremamente poderosa e cheia de significado. E, sobre isso, Melinda ainda alerta, “As crianças precisam de tempo para serem criativas e deixar a imaginação correr solta. Quando elas brincam com os amigos, aprendem quando é a vez delas, a lidar com as discordâncias sozinhas e a como terem compromisso. E elas descobrem que às vezes é “ok” ouvir a ideia de outra pessoa. Danny, uma web designer de Massachusetts que trabalha em casa ficou surpreso que seu filho de cinco anos de idade nunca reclamou de usar a máscara. Isso deve ter acontecido porque ela e seu marido brincavam de prioridades durante a pandemia. Eles ouviam podcasts de crianças sobre mitologia grega e dinossauros, eles andavam de bicicletas e patinetes e eles assistiam filmes juntos todas as noites. Eles às vezes acampavam no próprio quintal. Danny disse: ‘Nós também instalamos uma tirolesa e um trampolim. É um exagero’, ela admitiu. ‘Mas foi muito divertido'”.

A jornalista ainda reforça que o afastamento das crianças dos amigos e da sala de aula foi, sem sombra de dúvida, um dos empecilhos para esta importante parte da infância: o brincar. “Muitas mães, com crianças em idade escolar, ficaram frustradas com as aulas online. Algumas crianças se adaptaram facilmente e outras não. Becky, a correspondente de guerra, percebeu que seu filho não estava aprendendo muito, então, ela escolheu brincar. Ela escreveu para mim: ‘Deixamos as aulas do zoom para andar de bicicleta e caminhar. Meu filho foi educado com a vida. Covid me ensinou a parar de pensar no futuro de Martin quando ele só tem oito anos’.

Mesmo Becky sabendo ou não, ela também estava priorizando seu relacionamento com Martin, e entrar em um confronto com a criança tentando fazer ela prestar atenção e sentar em frente uma tela tem potencial para construir uma ponte entre eles. Então, na minha opinião, ela fez a escolha certa. Isso nos leva ao mais importante dos 3 “R”s: relacionamentos”.

O último “R” fecha com chave de ouro uma trinca de lições muito valiosas para entender o que de verdade importa. “Relacionamentos importam! Eles importam mais do que qualquer coisa. E se não sabíamos disso antes, covid-19 nos lembrou como é se sentir desconectado. Meses e alguns anos passaram e nós não vimos membros da nossa família, não pudemos celebrar feriados juntos, sem festas de aniversário e também sentimos falta de outras pessoas. Professores, treinadores, colegas de trabalho e muitas outras pessoas que encontrávamos durante o dia. O motivo de ter sido tão frustrante e tão doloroso é porque nós necessitamos socializar. É o básico da sobrevivência como comida e ar. Relacionamentos fazem a gente sentir que fazemos parte de algo maior que nós mesmos: uma família, uma comunidade, um país.

Relacionamentos saudáveis nos dão suporte e nos deixam seguros. Como um antigo provérbio africano nos lembra: “ Nós vamos mais rápidos sozinhos, mas vamos mais longe juntos”. “Baby Whispering” e “Family Whispering” são livros sobre relacionamentos. Cada relacionamento e interação nos molda e, vice versa, nós moldamos quem interage conosco. É um processo que começa no nascimento. Para muitos de nós, nossa mãe é nosso primeiro relacionamento”.

Melinda ainda cita os próprios livros, ‘Baby Whispering’ e ‘Family Whispering’, para retratar a importância de relacionamentos saudáveis, duradouros e concretos. “Segredos de “Baby Whispering”, traços do meu primeiro livro, prometem ensinar as mães como acalmar, conectar e se comunicar com seus bebês. Na verdade, essas são habilidades que você precisa em todos os seus relacionamentos. A qualidade de nossos relacionamentos determinam a qualidade das nossas vidas. Muitos pais, por instinto, priorizaram o relacionamento durante o covid-19. Eles usaram Facetime e Zoom para manter contato e ver a família e amigos, eles improvisaram.

Nos Estados Unidos, muitos de nós grupos, pequenas “bolhas”, com amigos próximos e outras famílias de crianças conhecidas da escola e saiam juntos ao ar livre usando máscaras. Mas eles também eram criativos, Danny e sua família dirigiram até um pequeno aeroporto perto da casa deles. Ela disse: “Nós pudemos observar os aviões decolando, enquanto comíamos na parte de trás do carro com o porta-malas aberto. Chamávamos isso de nosso carro do lanche. Com frequência a gente convidava amigos a participarem desse momento”.

Em algumas casas, com certeza, o relacionamento sofreu. Não é fácil ficarem todos juntos 24 horas por dia. Mas em muitas outras, as famílias ficaram melhores, se conectando e se comunicando e se aproximando. Lynda, uma mãe de New Jersey, tem dois filhos adolescentes e disse: ‘Desacelerar da loucura do mundo lá fora nos fez acalmar e relaxar. Jack e seus amigos, Jack é o filho mais velho dela que tem 18 anos, criou mais laços, porque ele fazia Zoom com os amigos a maioria das noites. Muitas vezes os garotos não sentam e conversam. Eles só riem um do outro e fazem esportes. Isso realmente aproximou o grupo dele, mais do que eu acreditava ser possível. Algumas mães de garotos vão achar isso incrível'”.

Com o fim da pandemia cada vez mais próximo, Melina ainda aproveita o espaço no nosso seminário para falar sobre a importância de entender cada um dos pontos abordados para, daqui para frente, valorizar cada vez mais a família, a resiliência e o amor.

“Precisamos garantir que nós e nossas crianças continuem “abertas”. Estudos mostram que aqueles que são mais propensos a sobreviver a um trauma ou a uma circunstância difícil da vida e sair dessa melhores, são aqueles que estão sempre abertos, o que são chaves de um bom relacionamento. Quando você é bom em relacionamentos, você é bom na vida”.

E ressalta, “É por isso que os relacionamentos importam tanto. Mesmo que algumas pessoas são naturalmente “conectáveis”, todos nós podemos melhorar nossas habilidades sociais. Faça essas cinco coisas e suas crianças vão naturalmente te imitar:

  1. Seja interessado e curioso sobre as pessoas. Pergunte sobre elas, pergunte o que fazem, pergunte como chegaram onde estão;
  2. Seja empenhado em se engajar nas conversas. Às vezes é só um sorriso, às vezes só precisa de um “olá”, qualquer coisa que faça você se conectar com o outro ser humano.
  3. Compartilhe quem você é. Pequenas coisas, você não precisa compartilhar tudo e segredos obscuros com alguém que você conheceu hoje. Mas dê pequenos detalhes de você enquanto conhece a outra pessoa. É como descascar uma cebola, você vai indo mais fundo aos poucos.
  4. Seja um bom ouvinte. Eu nem preciso explicar esse. Todo mundo diz: “Seja um bom ouvinte”.
  5. Esse é importante: lembre do que você aprendeu sobre aquela pessoa na próxima vez que a encontrar.

Essas são maneiras de continuar um relacionamento. E claro que a outra pessoa vai perceber que você realmente a viu, isso vai impacta-lá. Essas ações não vão só melhorar seus relacionamentos, vão fazer você se sentir melhor sobre você mesmo”.

Na despedida, Melinda ainda destaca, mais um vez, a importância dos três “R”s na família, e agradece ao público pelo carinho e atenção. “terminar dizendo que você precisa manter todos os “R”s na sua mente enquanto sai dessa época assustadora: responsabilidade, recreação e relacionamento. Não posso te prometer que ser responsável, lembrar de se divertir e nortear seus relacionamentos vão prevenir que coisas más aconteçam. Mas eu tenho certeza que elas vão fazer todos da família mais fortes, mais preparados e mais otimistas sobre tudo o que enfrentarem no futuro. Eu pensei nisso agora, os três “R”s vão te guiar até o quarto “R” que é: resiliência. Então, eu espero que tenham gostado dessa conversa. Vou usar minha imaginação agora para ouvir seus aplausos. Obrigada por me convidarem e espero que da próxima vez, eu encontre vocês pessoalmente”. Demais!

Assista ao seminário

O evento está sendo transmitido ao vivo online através do Facebook e YouTube da Pais&Filhos. Além disso, no Instagram, também mostramos os bastidores e flashes do Seminário.

O tema do 12º Seminário: O que de verdade importa

O caminho do meio, a escuta atenta, o diálogo, a presença. Em tempos de tanta polarização, tudo isso está em falta também na parentalidade. De um lado, existe uma opinião. Do outro, uma outra visão. Você fala, mas nem sempre tem a certeza que te escutam. Falam com você, mas muitas vezes você nem ouve.

E no meio desse ringue, sobram as mães sobrecarregadas e exaustas, pais sem poder de fala e filhos não sendo ouvidos. Nas famílias, chegam informações de todos os lados, cobranças, medos, julgamentos, culpa e autopunição. Com o tempo, todos esses sentimentos acabam virando faísca para uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.

Qual é então o verdadeiro propósito da parentalidade? É criar para a vida. Ensinar e ser ensinado. Dar as mãos e mostrar o caminho. Em tempos de tanta incerteza, a certeza que fica é a de entender o que é essencial para você e a sua família. Vamos juntos nessa busca de encontrar a felicidade, que pode estar na sua cara. É preciso apenas estar aberto para ela.

Acompanhe a programação

11h – Abertura

11h30 – Mesa-redonda 1 | O blá, blá, blá não é de mentira | Silvia Lobo, @silvialobo5, Telma Abrahão, @telma.abrahao, Vivian Rio Stella, @viviriostela, e Isabel Fillardis, @fillards

13h – Bate-papo 1 | O essencial é invisível aos olhos | Nathalia Santos, @nathaliasantos

14h – Palestra | E se só existisse amor? | Marcos Piangers, @piangers

14h45 – Palestra | Menos é menos | Lia Bock, @liabock

15h50 – Palestra | Filhos de todo um mundo | Melinda Blau, @melindablau

16h40 – Mesa-redonda | A voz que vem de dentro | Amanda Pereira, @amandapereira, e André Polonca, @andrepolonca, Vinicius Campos, @viniciuscamposoficial, e Eduardo Lagreca, @edilagreca Mariana Felício, @marianafelicioreal e Daniel Saullo, @danielsaulloreal

18h – Pocket show | Maneva

19h – Encerramento


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