Publicado em 18/02/2019, às 07h28 - Atualizado às 07h29 por Isabella Zacharias, Filha de Aldenisa e Carlos
Criar a criança para que ela saiba ouvir e dividir não é tarefa simples, mas é muito necessário. E é entre os 3 primeiros anos de vida que elas desenvolvem suas habilidades sociais – ou seja, é o momento ideal para investir na educação para que sejam obedientes e saibam cooperar.
E isso tudo começa dentro de casa, já que esse tipo de comportamento é uma via de mão dupla. Quando ela se sente segura e entende que existe uma troca, esse caminho fica mais fácil. Na prática, é assim: quando ela precisar de atenção, você estará lá e vice-versa. Sem birras, questionamentos ou chororôs.
É dessa maneira que seu filho vai sair do “é só meu” para o “é sua vez” durante as brincadeiras também. Confira algumas dicas estratégicas do pediatra americano, Wendy L. Hunter.
1. Centro das atenções
Assim como seu filho pede pela sua atenção antes de fazer alguma graça ou mostrar uma brincadeira, você precisa que ele se concentre em você se quer realmente ser escutado. Se ele não fez algo, mesmo que você tenha pedido inúmeras vezes, é possível que ele nem tenha percebido que você está falando com ele. Pesquisas mostram que as chances da criança obedecer dependem do que ela está fazendo naquele momento.
Por isso, a dica quando for pedir algo, é ter certeza de que não existe nenhum brinquedo, tablet ou qualquer outro acessório entre vocês e, o mais importante: fazer contato visual, na altura dela, e em seguida falar o que precisa. Tente essa estratégia na hora de dormir. Olhe nos olhos do seu filho e dê o aviso: “Está chegando a hora de dormir”. Assim que ele te olhar de volta, complete com as instruções: “Chegou a hora de escovar os dentes. Vamos para o banheiro.”
2. Faça graça
Não tem quem não se renda a pessoas engraçadas. Uma boa ideia é criar cenários e histórias enquanto cumpre o que precisa com as crianças.
Por exemplo, você pode transformar a troca de fralda do bebê de 1 ano ou até o momento de passar o repelente na criança de 5 anos, que está louca para sair para brincar, em uma caça ao tesouro. Procure um personagem, cante uma música, faça sons engraçados enquanto você limpa ou passa pomada.
3. Não pergunte, diga
Diferente dos adultos, crianças nem sempre entendem que um pedido educado quer dizer, na verdade, “faça!”. E a ciência comprova: um estudo com meninos e meninas de 3 a 7 anos mostrou que perguntas educadas como “você pode colocar seu tênis?” não tiveram o mesmo resultado que pedidos objetivos como “coloque seu tênis”.
Além disso, mostraram que elas não entendem sarcasmo ou ironia até completarem 10 anos, então não adianta usar esses métodos. Então, fazer pedidos de maneira animada usando palavras simples, do vocabulário infantil, pode facilitar a comunicação e funcionar melhor.
4. Seja paciente
É mais fácil as crianças cooperarem se elas não forem apressadas para cumprir a tarefa. Às vezes, adultos não dão tempo suficiente para que elas respondam aos pedidos, já que ainda não têm essa capacidade de trocar de atividade tão rapidamente.
Se você precisa repetir a mesma coisa várias vezes, talvez a saída seja dar um intervalo maior para o seu filho. Lembre-se: é mais eficiente ir devagar e ter sucesso, do que ter que começar tudo de novo mais de uma vez.
5. Ache algo para elogiar
Quando as crianças se sentem bem sobre algo que fizeram, elas vão querer fazer mais daquilo. Então, mesmo que o resultado de alguma atividade não seja excepcional, termine dizendo que ela fez um bom trabalho, isso a deixará mais confiante. Se você não sabe como aplicar na prática, aí vai: o segredo está em valorizar uma tarefa específica.
Como, por exemplo, ao invés de só dizer: “Você é um ótimo ajudante”, falar detalhadamente o porquê você está orgulhoso, como: “Eu vi que você colocou o prato na pia depois do jantar. Estou orgulhoso porque você ajudou sem eu pedir”. Abaixar no nível do seu filho para conversar faz toda a diferença e é uma demonstração de empatia e atenção.
6. Ofereça uma escolha ao seu filho
Dar escolhas às crianças é uma boa tática desde que as alternativas levem ao que você quer que seu filho faça. Ou seja, usando o momento de escovar os dentes novamente como exemplo, você pode sugerir que ele comece pelos de baixo ou de cima – no fim das contas, ele vai acabar escovando todos de qualquer maneira. E se seu filho se recusar a escolher, é sua chance de dizer que vocês, pais, vão escolher por ele.
Se a situação não permitir opções, explique no que você está pensando e como isso pode ajudar. Além disso, incentivar que o caminho contrário seja feito também ensina, principalmente aos mais velhos. Encoraje-os a compartilhar seus pensamentos e argumentos também, isso desenvolve o poder de negociação. Decidir por deixá-lo fazer o que quer ou não, será uma escolha sua – só não permita que ele conquiste por birra ou chororô, pois essa não é a estratégia de negociação que você quer incentivar, não é mesmo?
NA PRÁTICA
Se liga nessas sugestões para dizer claramente o que pretende, mas de outra maneira…
AO INVÉS DE: “Seu quarto está uma bagunça. Você tem cinco minutos para pegar todas essas roupas do chão”
DIGA: “Se essas roupas não estiverem na máquina de lavar, não serão lavadas. Tire cinco minutos para recolher todas elas, por favor”
AO INVÉS DE: “Você poderia colocar logo seu tênis? Estamos atrasados”
DIGA: “Ponha seu tênis, estamos atrasados”
AO INVÉS DE: “O que você acha de comermos feijão no jantar?”
DIGA: “Teremos feijão com seu prato predileto no jantar”
AO INVÉS DE: “Quando você vai dar comida para o seu peixe?”
DIGA: “O peixe parece faminto. Está na hora de dar comida a ele”
AO INVÉS DE: “Nós podemos desligar a TV e fazer algo de diferente?”
DIGA: “Este programa está chato. Está na hora de brincar com blocos ou ir lá fora”
AO INVÉS DE: “Eu acho que está na hora de sentar no penico agora. Você está pronto?”
DIGA: “Vamos para o penico. Você quer ler um livro ou gibi?”
AO INVÉS DE: “Você parece estar cansado, que tal tirar um cochilo?”
DIGA: “É hora da soneca”
AO INVÉS DE: “Eu já posso sair?”
DIGA: “Eu estou saindo, você se divertirá muito com a vovó”
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