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7 valores importantes para ensinar ao seu filho a partir dos 10 anos de idade

É importante transmitir valores nessa idade - Getty Images
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Publicado em 04/01/2021, às 08h58 - Atualizado às 12h59 por Maria Laura Saraiva, Filha de Laise e Carlos


Os pais sempre esperam ensinar valores aos filhos à medida que eles crescem e exploram o mundo ao seu redor. Embora ensinar qualidades como honestidade ou respeito possa parecer uma tarefa assustadora se você tem uma criança pequena, essas lições podem ser transmitidas gradualmente em momentos pequenos – mas bem intencionais.

É importante transmitir valores nessa idade (Foto: Getty Images)

1. Honestidade

Quando o assunto são valores, as crianças geralmente aprendem aquilo que vivenciam. Para desenvolver a honestidade nos filhos, a melhor tática é se tornar um exemplo disso. “Não há nada que se compare a ser um exemplo”, diz Donna Laikind, psicoterapeuta na cidade de Nova York. “Se eles virem um pai lidando com as pessoas de maneira honesta, lidando com as pessoas de maneira digna, essa é a melhor lição que você pode dar.”

Mesmo com pouca idade, as crianças absorvem as ações como uma esponja, então cada mentira branca pode alimentar a falta de honestidade. Embora dizer a verdade às vezes possa levar a situações ou conversas desconfortáveis, esse aspecto da lição faz parte do objetivo de ensinar esse valor ao seu filho – a honestidade nem sempre é fácil, mas vale a pena.

Para crianças pequenas, mentir pode ser uma forma comum de evitar a punição por comportamentos negativos. É importante abordar essas conversas com calma, dando-lhes a oportunidade de dizer a verdade. Se eles confessarem as ações, você ainda pode os parabenizar por isso, mesmo que em seguida seja necessário dar um castigo pela infração.

2. Responsabilidade

A responsabilidade pelas próprias ações é um valor crucial para o aprendizado de uma criança, pois define a maneira como ela deve agir no dia a dia. “Os pais têm um contrato claro com os filhos sobre o comportamentodeles. É importante que os filhos saibam com antecedência que, se houver regras que eles quebrem, haverá consequências”, diz Laikind.

A responsabilidade encontra raízes no relacionamento pai-filho, mas seu verdadeiro teste começa na idade escolar, quando os filhos devem assumir a responsabilidade pelas ações sem que os pais sempre orientem o caminho. Quando essa transição acontece, Lauren Ford, Psy.D., uma psicóloga pediátrica em Los Angeles, enfatiza que ensinar valores é mais complexo do que definir a expectativa do certo e do errado.

“Valores simples de educação não são suficientes”, diz ela. “O que é mais importante do que ensinar sobre isso é orientar as crianças a resolver os problemas de acordo com o que elas consideram certo e errado”, explica.

Dilemas morais ou o que fazer quando são confrontados com uma situação que contradiz os valores da família, pode parecer um pouco complexo para crianças mais novas. No entanto, conforme seu filho amadurece, compreender o raciocínio por trás dos valores ajuda a mantê-lo responsável quando confrontado com a pressão de colegas.

3. Curiosidade

Por volta dos 4 anos de idade os pais se deparam com os filhos fazendo perguntas de todo o tipo sobre o porquê das coisas. Enquanto algumas podem ser simples, como “por que o céu é azul?”, outras crianças podem se aventurar rapidamente em questões morais, como: “por que as pessoas se odeiam?”.

Para Jana Mohr Lone, Ph.D., diretora do Centro de Filosofia para Crianças da Universidade de Washington, alimentar essa curiosidade é um componente crucial para compreender os valores de forma mais completa. “Não acho que realmente apresentamos filosofia às crianças. Introduzimos a nomenclatura, mas elas já estão fazendo essas perguntas”, diz ela. “Estamos apenas fornecendo um espaço para fazermos isso juntos e ajudando-os a melhorar [na avaliação dessas questões]”, explica.

“Não sinta que precisa saber exatamente as respostas e, mesmo que ache que sabe, não se apresse em compartilhá-las”, diz ela. “Se pudermos abandonar por apenas um momento o papel de autoridade e sermos tão questionadores quanto eles, isso realmente aprofundará o relacionamento da família”.

É preciso falar sobre os valores (Foto: Getty Images)

4. Respeito

Aprender a respeitar é um valor mais do que necessário para as crianças, principalmente as que vão se deparar pela primeira vez com uma sala de aula. Relacione essa lição com tarefas simples como esperar a vez de falar e compreender visões de mundo diferentes das deles.

Quando a Dra. Mohr Lone aborda a filosofia com os alunos, ela sempre se inspira em como as crianças ouvem de maneira ansiosa as opiniões opostas umas das outras. A professora conta que questionou em uma classe do quarto ano “o que acontecia depois da morte” e foi surpreendida por uma conversa diversa, com algumas crianças falando sobre religião e outras sobre ciência. “Eles conseguiam se ouvir”, diz Mohr Lone. “E muitos ficavam dizendo: ‘Todo mundo tem sua própria maneira de ver isso’”.

O respeito durante essas conversas podem ter implicações maiores em aplicações no mundo real conforme a criança cresce. Todos os pais querem que os filhos carreguem certos valores, mas Dr. Mohr Lone observa que também é importante que as crianças aprendam a respeitar aquelas que veem o mundo de maneira um pouco diferente.

“Existem várias maneiras contrastantes de ver o mundo, todas com boas razões e valiosas”, diz ela. “Acho que é importante que nossos filhos compreendam que você pode ter uma visão muito forte e ainda pode aceitar que alguém possa vê-la de forma muito diferente”, conclui.

5. Empatia

A capacidade de uma criança de compreender e se conectar com os sentimentos de outra pessoa ajuda que ela construa relacionamentos fortes na sua vida, e é por isso que a empatia costuma ser um valor fundamental para nas famílias. Para a Dra. Ford, abordar esse conceito com seu filho de 2 anos requer um exemplo mais concreto.

“A maneira como falamos sobre empatia é por meio de brincadeiras“, diz o Dr. Ford. “Se ele joga alguma coisa, por exemplo, e acerta em mim ou em um bicho de pelúcia, dizemos algo como ‘Ai! Isso me machuca’ e esperamos que ele responda alguma coisa”, explica.

Na busca para ensinar empatia para o filho, a Dra. Ford não exige que ele se desculpe, mas sim o orienta para que as ações tenham impacto sobre outra pessoa. “Estamos tentando ajudá-lo a entender o que significa empatia, para que ele esteja pensando em si mesmo e no efeito que ele causa nas outras pessoas”, explica o Dr. Ford.

A empatia só se torna mais importante à medida que a criança fica mais velha e faz amigos. Além de construir relacionamentos com outras pessoas, esse valor contribui para a resolução de conflitos – ser capaz de ver o lado alheio de uma discussãoe encontrar uma solução. Além disso, as crianças podem ver o poder das ações quando fazem algo gentil para outra pessoa. Praticar empatia como pai ou mãe pode ser o modo mais importante de aprendizagem.

Alguns valores podem ser ensinados desde já (Foto: Getty Images)

6. Determinação

Para muitos, o conceito de determinação costuma ser mal interpretado. Algumas pessoas pensam nele como uma forma de “ousadia” típica de pessoas aventureiras e extrovertidas. Na realidade, esse valor estimula a capacidade das crianças de dar o melhor de si, mesmo que se sintam nervosas ou intimidadas.

Um dos maiores obstáculos para a determinação de uma criança é um “pai helicóptero”, como chamam os especialistas. Se você fizer tudo que estiver ao seu alcance para ajudar seu filho a ter sucesso, você, mesmo sem querer, sacrifica as lições que ele pode aprender quando falha. A determinação só tende a melhorar após o reconhecimento dos fracassos, pois permite que a criança tenha senso de responsabilidade pelas ações e construa uma fortaleza para ter sucesso no futuro.

“O senso de identidade no qual você é responsável por suas próprias ações e é capaz de ter sucesso é crucial para a vida”, diz Laikind. “Se você acha que só pode fazer isso quando seus pais fazem por você, isso vai continuar na idade adulta”, explica. Embora a determinação seja construída a partir do fracasso, é importante encontrar um equilíbrio entre disciplina e elogio ao ensinar esse valor.

7. Comunicação aberta

Como pai ou mãe, um dos valores mais importantes que você pode explorar em família é a comunicação aberta. Ele permite que uma criança expresse livremente seus desejos, necessidades e preocupações de maneira produtiva, bem como construa relacionamentos fortes com os parentes e amigos.

A Dra. Mohr Lone descobriu na prática a importância desse valor ao criar três filhos, que agora estão na casa dos 20 anos. “Por causa de todas as conversas que tivemos no início da vida, existe esse respeito mútuo e abertura entre nós que sempre foi verdadeiro – mesmo durante aqueles anos difíceis da adolescência”, diz ela.

Mesmo que a criança seja tímida, valorizar a comunicação em casa pode ajudá-la na escola, por exemplo. Uma personalidade introvertida não é negativa, mas como mentor, você deve explorar maneiras de fazer seu filho comunicar seus pensamentos da sua própria maneira. “É importante fazer uma verificação quando a criança está na pré-escola para descobrir se a falta de socialização é realmente algo que a está impedindo”, disse Laikind. “Se não, então permita que a criança seja tímida, tudo bem.”

Os professores do seu filho podem oferecer uma visão sobre o desempenho social dos pequenos. Fale com eles, especialmente quando surgem reuniões de pais e professores, que se você se preocupa com a capacidade de seu filho de se comunicar fora da bolha familiar.


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