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A Nova Escola veio para ficar! Como fica a educação no mundo pós pandemia?

A volta da Nova Escola impacta na vida das famílias - Getty Images
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Publicado em 22/02/2022, às 15h38 - Atualizado em 04/03/2022, às 05h52 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro


Nesta terça-feira, 22 de fevereiro, a Pais&Filhos em parceria com a Mynd realizou a Live ‘Escolas em um novo mundo’, que discutiu de que maneira as famílias podem lidar com o retorno às aulas em um mundo dominado por novas problemáticas e tecnologias.

O bate-papo mediado foi pela nossa editora-executiva Andressa Simoni, filha de Branca Helena e Igor, e com a participação de Beto Bigatti, pai de Gianluca e Stefano e embaixador da Pais&Filhos, Mariah Mascarenhas, mãe de Felipe e embaixadora da Pais&Filhos e Thamirys Nunes, mãe de Agatha e autora do livro ‘Mãe de Criança Trans?’.

Mariah deu o pontapé inicial no bate-papo e falou sobre as primeiras experiências do filho na escola. Felipe possui um ano, e contou que nos primeiros dias ele se divertiu muito com os amigos e as novidades. “Tenho certeza que eu fico mais apreensiva que ele!”, brincou. “Ele chega em casa, fica vendo os vídeos que a escola mandou e fica querendo me contar tudo, do jeito dele”.

Beto contribuiu para a conversa falando da experiência com os filhos, que são mais velhos e estão retornando para a sala de aula depois de 2 anos de pandemia, e tendo passado por um ensino híbrido. “Ao mesmo tempo que segue a máscara e certo distanciamento, o resto voltou ao normal. Não tem mais aula online. Por um lado, estamos muito felizes – apesar da Ômicron ter contaminado tanta gente – mas é bom ver a escola retomando seu ritmo normal de antes da pandemia. Agora poder voltar, todo mundo junto e sem exceção, é muito legal”.

A volta da Nova Escola impacta na vida das famílias
A volta da Nova Escola impacta na vida das famílias (Foto: Getty Images)

O nosso embaixador ainda esclareceu que a escola está seguindo protocolos para lidar com alunos que testam positivo para a covid-19: se existe um caso de aluno diagnosticado, toda a turma se isola e muda para o online. “O que eu vejo é que a própria comunidade escolar, os pais, estão mais tranquilos nesse momento. Passou aquele pânico no início, porque nós passamos por muitas fases”.

E completa, “Os pais também tiveram que aprender a dosar a ansiedade e o medo, e fomos descobrindo como transitar no meio disso tudo. Essa é uma forma da gente retomar não só o ritmo normal, mas na cabeça deles tudo vai voltar para o curso normal da vida deles“.

A nova escola tem novas necessidades em mundo pandêmico e, sobre isso, o Beto ainda opinou: “A escola dos meninos intensificou o tecnológico, porque precisava mesmo, mas de um jeito muito humano. Tinha muita conversa. Eles tentaram, apesar da distância fria da tecnologia, ter um olhar para o ser humano que está ali. Essa nova escola tem que aproveitar essa oportunidade para aguçar o olhar para coisas mais afetivas e emocionais”.

Thamirys contou que Agatha foi para a escola e, dias depois, testou positivo para a covid-19. Desde abril do ano passado, ela tem frequentado a escola pelo presencial. “A Agatha passou por essa mudança de perceber mais a escola como um lugar de aprender”.

O contato com o outro também mudou com a chegada da pandemia. Com o diagnóstico da filha, Thamirys conta que a filha está mais preocupada. “A Agatha foi para a escola com bastante medo de pegar covid, quando chega em casa é todo o protocolo de higiene”.

Mariah, vivendo a pandemia com o filho de 1 ano, aproveitou para contar como é a vida do bebê que nasceu na pandemia. “Antes de colocar na escola pensei no quanto ele estava exposto, porque ele nunca fica de máscara e os amigos também”.

A escolha da escola

“A escola para mim foi mudando diversas vezes. Eu achei que, na primeira série na Agatha, ia colocá-la em uma escola bilíngue cheia de demanda. Aí a psicóloga da Agatha contou que ela não tinha esse perfil, e lembrei que escolho a escola para ela e não para mim”, disse Thamirys.

“Aqui em Curitiba nós tivemos experiência de escolas que negaram a matrícula dela por causa da condição de gênero”, explicou ainda ela. “Então, nessa questão, são as escolas que me escolhem e não eu que escolho a escola. Quando a gente olha para a escola, apesar de hoje serem instituições bastante organizadas, ela ainda é vista como esse laço comunitário, e muitas pessoas acabam colocando as crenças pessoais em cima disso”.

Sobre isso, Beto completou: “Acho que essa é a grande diferença para a geração dos nossos filhos. Porque o preconceito, na cabeça deles, não existe. Quem coloca preconceito na cabeça das crianças são pais preconceituosos”. E ainda fala, sobre a própria vida escola:

“Na minha escola e na minha faculdade eu era o único com deficiência na sala. A gente vive em uma bolha de classe média com boas escolas e boas estruturas. A gente visitou várias escolas, e não gostava de nenhuma. Mas quando encontramos a escola que as crianças estão estudando, percebemos o que estava faltando – tinham crianças de tudo quanto é jeito. Isso que quebra a bolha: a diversidade de crianças e famílias. A nova escola precisa ter esse olhar generoso para a diferença“.

A nova escola deve olhar para a diversidade como os alunos olham. Se o corpo docente olhar para as diferenças como as crianças olham, vai dar certo”, completou ainda Thamirys.

Dentro da conversa, Mariah opinou como está inserindo o filho na Nova Escola diante da necessidade da inclusão. “A diversidade é mais importante do que uma nota 10. Porque existem coisas que ele vai aprender com os amigos, e que eu não posso ensinar. Então tiver certeza que coloquei ele em um lugar do qual ele não sairia preconceituoso”.

É necessário incluir para respeitar
É necessário incluir para respeitar (Foto: GettyImages)

Os pais ainda debateram sobre as diferenças de preconceito entre escolar públicas e particulares – e concordaram que é na particular que as ofensas prevalecem. Thamirys explicou que escolas públicas possuem protocolos de denúncia para além da instituição, enquanto escolas privadas permanecem blindadas pelas próprias regras.

“Mas eu vi muita coisa boa”, esclareceu Thamirys. “A escola foi muito acolhedora, eles participam das lives que eu faço, e a gente tem um combinado: se eles não souberem o que fazer, eles me ligam. Quando a Agatha passou para a transição, ela tinha três amigas que pegaram na mão dela e a ajudaram. Então eu acredito que a escola pode ser esse ambiente plural e de amor”.

Mariah, mesmo com um filho pequeno, também pontuou um retorno de um ambiente de amor em sala de aula. “Acho que em casa, a gente tenta muito deduzir o que o Felipe que. Na escola ele tem que se virar. E eu tô achando a relação dele em casa, com a gente, muito legal”.

“Agora ele está convivendo com outras crianças”, relembrou Mariah. “E isso faz muita diferença para você conhecer a diversidade. Acho que essa é a melhor parte, para ele ir desenvolvendo o mundo dele”.

O filho mais velho de Beto está praticamente na faculdade! Sobre isso, e aproveitando o papo das meninas, o pai de Gianluca também comentou: “Eu fico muito emocionado, porque cada etapa dessas vai moldando o mundo dos nossos filhos. Essas experiências vão se repetindo a cada ano, mas são conquistam que mudam e que para eles – e para gente – fazem toda a diferença. Poder viver isso com eles é incrível”. Para ver a live completa, clique AQUI.


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