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Açúcar: se o cardápio do seu filho é cheio desse ingrediente, é preciso ficar de olho e pensar em alternativas já!

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Publicado em 29/11/2018, às 09h36 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h24 por Redação Pais&Filhos


Um brigadeiro em festa de aniversário, açúcar no morango ou gole de refrigerante… Pode parecer inofensivo, mas não é nada indicado para crianças – principalmente as que são muito novas. Mas nem sempre essa recomendação é seguida. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 32,3% dos bebês com menos de 2 anos já consomem refrigerantes ou sucos artificiais, o que é um grande problema.

Fabricantes começaram a substituir gorduras por açúcares em 1990, quando surgiu a tendência de consumir alimentos com baixo teor de gordura ou sem. Ou seja, é possível encontrá-lo até em molhos de saladas, pães de hambúrguer e batatas fritas. Nem mesmo as comidas feitas especialmente para bebês estão de fora dessa lista: uma pesquisa feita pela Universidade de Calgary, no Canadá, mostrou que alguns alimentos como iogurte e cereais específicos para essa faixa etária continham pelo menos 20% de açúcar em sua composição – E o ideal é que crianças de até 2 anos não consumam nada com esse ingrediente.

Essa contraindicação foi recomendada pela American Heart Association, em uma pesquisa feita em 2016. A partir do segundo ano de vida, o ideal é limitar a ingestão total de açúcar a 25g por dia – o equivalente a 5 colheres de chá. Para completar, a Organização Mundial de Saúde recomendou que seu consumo máximo deve ser de 10% das calorias encontradas nas refeições diárias (lembrando que esse valor serve também para adultos). É importante reforçar que o contato com açúcares e doces industrializados nos primeiros anos de vida afeta o organismo da criança causando obesidade e outros problemas de saúde.

VOCÊ SABIA?
Uma barrinha de chocolate ao leite corresponde à 3,5 colheres de açúcar;
Uma lata de refrigerante de 350 ML corresponde à 3 colheres de açúcar;
1 copo de 200 ML de suco de caixinha corresponde à 1,5 colheres de açúcar.

(Foto: Shutterstock)
32,3% dos bebês com menos de 2 anos já consomem refrigerantes ou sucos artificiais. (Foto: Shutterstock)

READAPTANDO O CARDÁPIO
De acordo com uma pesquisa feita pela Publich Health England, crianças entre 4 e 10 anos consomem mais de 10g de açúcar todas as manhãs. Para reduzir de vez, veja as nossas dicas:
Misture! – Combine metade de um iogurte diet com metade de um açucarado. Você pode fazer o mesmo com o cereal e o achocolatado, por exemplo. 
Leia o rótulo – Cereais, especialmente os infantis, têm muito açúcar. Procure por um com 5g ou menos.
Fruta para adoçar – Coloque pedaços de morango na torrada em vez de geleia e prefira sucos naturais.
Continua saboroso – Você pode tirar completamente o açúcar servindo algo como ovos ou torradas.
Cuidado com as sobremesas – Por algum motivo muffins e creme de avelã frequentemente estão na
mesa de café da manhã. Essas coisas são aceitáveis uma vez ou outra, mas todos os dias não é legal.

NADA DEMAIS É BOM
Além de sobrecarregar crianças com problemas de saúde geralmente encontrados em adultos, o excesso de açúcar está colocando o corpo delas sob um estresse enorme, de acordo com David Ludwig, diretor do Centro de Prevenção de Obesidade no Hospital Infantil de Boston. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, quase 40% das crianças de 5 a 9 anos na região Sudeste do país estão com sobrepeso, diretamente atrelado a problemas de saúde como hipertensão e diabetes – um número muito alto e preocupante.

PARA NÃO PASSAR MAIS DESPERCEBIDO!
Veja outras nomenclaturas de açúcar que você pode encontrar nos rótulos e embalagens:
Xarope de milho;
Açúcar mascavo;
Sacarose;
Maple syrup;
Suco de fruta concentrado.

(Foto: Shutterstock)
(Foto: Shutterstock)

FIQUE DE OLHO
Mesmo procurando por opções que não sejam processadas, ainda assim a substância responsável por adoçar passa por algum tipo de industrialização, como a cana-de-açúcar e a beterraba, matérias-primas para a sacarose. Por isso, é importante ficar de olho no rótulo das embalagens. “Se olhar a lista do que seu filho mais gosta verá que, em quase 100% dos casos, o ingrediente com maior quantidade é o açúcar. Mas nem sempre ele vem com o nome mais famoso, muitas vezes vem disfarçado”, avisa a médica endocrinologista Giulianna Pansera, do G-Realfit.

Por outro lado, as frutoses encontradas em frutas e vegetais não são problema, já que têm fibras e saciam bem mais do que qualquer outro doce e, por isso, não costumamos comê-las em grandes quantidades. Além disso, o processo de digestão é mais lento por conta das fibras, o que não sobrecarrega o fígado. E para completar: não existe limite no consumo desses alimentos. Na verdade, o ideal é que as crianças comam bastante frutas e vegetais, assim como cereais e grãos integrais – mas nada processado! E pode ficar tranquila em relação ao açúcar: você teria que comer três maçãs pequenas para obter a mesma quantidade de frutose que existe em 600ml de refrigerante.

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