Publicado em 24/06/2018, às 10h56 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo
Uma pesquisa feita pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, descobriu que crianças que têm pais dominadores, aos 2 anos de idade, desenvolvem problemas psicológicos e dificuldade em se relacionar com as pessoas. A intenção é boa, afinal, pai e mãe só querem o melhor para o filho, mas os efeitos não são bons. De acordo com a Superinteressante, o estudo dos EUA constatou que essa atitude colabora para a criança não ser capaz de administrar as próprias emoções durante o crescimento.
Os pesquisadores acompanharam 442 crianças. Com dois anos de idade, cada uma participou de sessões de brincadeiras com as mães em um ambiente controlado cheio de brinquedos. Eles avaliaram até que ponto a mãe influenciou nas tarefas ou deixou o filho escolher o que queria fazer sozinho.
Os cientistas continuaram acompanhando essas famílias e quando as crianças chegaram aos 5 e 10 anos, os professores deles foram convidados a analisar problemas como depressão, ansiedade ou solidão nos alunos. O desenvolvimento na escola e habilidades sociais também foram avaliadas.
O resultou final identificou que filhos de mães controladoras demonstravam menor controle sobre as emoções e impulsos com 5 anos de idade. E quando chegavam aos 10 anos, a situação piorava, eles tinham problemas para se relacionar e dificuldade no desempenho acadêmico.
Criança precisa de autonomia
A psicóloga Mônica Pessanha, mãe de Melissa, validou a pesquisa e disse que esse tipo de comportamento dos pais realmente é prejudicial para o desenvolvimento da criança. “Precisamos encontrar o caminho do meio. Nem mais, nem menos”, comentou. É difícil, a gente sabe. Tudo o que você quer é o bem do seu filho. Mas a psicóloga explicou para a gente que esse controle excessivo pode surgir de uma cobrança para ser uma mãe perfeita. Porém comece aceitando que a perfeição não existe!
“O seu filho precisa de autonomia que é a capacidade de se autogovernar”, aconselha Mônica. Mas calma, ninguém está dizendo que a criança não precisa mais de você, incentivar a autonomia é deixar ele passar manteiga no pão sozinho, amarrar o sapato, escolher a própria roupa, secar a louça do almoço e por aí vai. Caso ela não desenvolva a habilidade de “se virar sozinho”, pode criar uma personalidade que não é dela e “muitas vezes será espelhado no jeito da mãe”.
Uma ilustração ótima que a psicóloga fez com a gente foi comparar o papel materno com a margem de um rio. “Você precisa funcionar como alguém que vai margear seu filho. A margem do rio estreita e alarga dependendo do trecho, mas ela nunca interfere no curso”, comenta.
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