Publicado em 18/06/2021, às 05h00 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo
Estímulo é tudo e estimular é mais do que necessário desde os primeiros dias de vida de uma criança. É a partir do contato e exemplo dos pais que elas irão conhecer o mundo e desenvolver as próprias habilidades. Uma das primeiras habilidades que uma criança aprende é a murmurar, depois vem as primeiras sílabas, palavras soltas e então as frases. E justamente a fala é uma das maiores dificuldades de quem possui o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“Essa condição é um transtorno do desenvolvimento, que leva a comprometimentos na comunicação e interação social, que engloba os comportamentos restritivos e repetidores”, explica a fonoaudióloga Tatiane Lettieri Conte, mãe de Isabella. A especialista completa que nem todas as crianças autistas vão ter o mesmo impacto ou dificuldade, já que há diversos níveis, graus e habilidades em cada indivíduo.
Sendo assim, uma questão precisa ficar clara: cada indivíduo (independentemente da sua condição) é único e não se deve generalizar. Há crianças com essa condição que podem se concentrar em um tópico, outras podem ter a fala presente, já alguns podem não falar nada. “O autismo não tem cura, porém é muito importante que a criança entre em tratamento o quanto antes e com um trabalho interdisciplinar, de fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, pediatra, neurologista…”, indica.
Nesse sentido, o trabalho da fonoaudióloga é trabalhar na reabilitação: “A terapia envolve atividades lúdicas, focando sempre no uso da linguagem. Iremos exercitar o engajamento da criança nas atividades de seu interesse”. O déficit na comunicação se traduz na dificuldade tanto de entender quanto de falar, utilizando muitas vezes gestos para se expressar; no contexto social é perceptível pela dificuldade em fazer amigos e manter o contato, compartilhar e brincar com objetos; por fim, no quesito comportamental, apresentam dificuldade em mudar de uma atividade para outra, se incomodam com sons e tem certa seletividade alimentar.
“O diagnóstico do autismo é muito difícil, porque ele é clínico. Não tem exame de imagem, não tem exame de sangue que saiba que a criança tem autismo ou não. O que a gente faz é medir pela escala da avaliação de desempenho, a entrevista com os pais, observação do comportamento e análise da linguagem”, aponta Tatiane. Por isso, é interessante que os pais também fiquem atentos. A especialista cita alguns sinais que podem indicar a condição.
A troca de olhares com a mãe na amamentação, o sorriso para os adultos, o apontamento de objetos de seu interesse podem ser alguns indícios notáveis antes mesmo do bebê começar a falar. O atraso na fala é o principal deles. Nesses casos, vale a pena procurar um especialista para te orientar da melhor maneira. Caso o seu filho tenha o transtorno, é possível também ajudá-lo adotando algumas práticas simples dentro de casa, como evitar falar frases muito longas e de forma rápida e incentivar a criança através de elogios em qualquer tipo de situação que te agrada.
“As crianças que não recebem o tratamento adequado, não vão desenvolver as habilidades importantes para convivência na sociedade”, alerta a fonoaudióloga. Por isso, esse trabalho em equipe, envolvendo vários profissionais da saúde e a própria família é fundamental (e não apenas durante a infância, mas ao longo de toda a vida).
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