Publicado em 01/07/2022, às 04h52 - Atualizado às 08h48 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
Hoje é Dia Mundial da BCG, a famosa vacina da marquinha. Você sabe que ela é importante, mas talvez não saiba muito bem por quê. A vacina BCG, que existe desde 1921 e faz parte do calendário oficial da vacinação, deve ser tomada até os 4 anos e é tão fundamental que costuma ser dada na maternidade. A sigla refere-se ao agente causador da doença que ela previne, a tuberculose: BCG quer dizer Bacilo Calmette-Guérin.
Segundo o médico pneumologista Marcus Conde, professor da UFRJ e pai de Raphael e Bruna, o ideal é vacinar o filho quanto antes. A chance de um bebê desenvolver a tuberculose (após ser infectado pelo bacilo) no bebe é de 50%, já nos adultos essa chance cai para 10%. Os sintomas da tuberculose dependem do órgão afetado.
A tuberculose pulmonar, que ocorre em 90 por cento dos casos, se caracteriza pela tosse crônica + febre no final do dia + falta de apetite + emagrecimento. Em crianças menores de 2 anos, a tuberculose pode surtir sintomas como agitação + febre inexplicável + dificuldade em mamar + dor ao dobrar o pescoço. Mas, é sempre bom que se tenha uma avaliação médica cuidadosa.
A vacina combate os casos mais graves da doença, mas não impede que a criança ou o adulto fiquem doentes. A diferença é que, com a proteção da vacina, se ficar doente, a criança responde ao tratamento.
Apesar de atacar os pulmões em 80% dos casos, a tuberculose pode afetar outros órgãos. Um dos casos mais graves é a meningite tuberculosa, que atinge o cérebro. Quando a criança ou o idoso, que têm o sistema imunológico mais frágil, entram em contato com o bacilo, a tuberculose pode se disseminar por todo o organismo, como se fosse uma “septicemia (infecção generalizada) de tuberculose”.
Depois que a BCG foi criada, os casos graves de tuberculose são raros. Mas, mesmo com a vacina, o Brasil possui 75 mil novos casos de tuberculose por ano: estamos entre os 22 países responsáveis por 80% dos casos mundiais.
Além da vacina, a melhor maneira de prevenir a doença é com informação. A tuberculose pode atingir qualquer pessoa, apesar de ser uma doença associada às más condições de vida.
Para que os casos diminuam é preciso fazer um diagnóstico rápido. Quando o identificada no início a doença é mais fácil de tratar e, assim, evita-se que o doente libere bacilos pelo ar. Para que o ar se contamine, uma pessoa com tuberculose ativa precisa expelir as bactérias com a tosse. O bacilo pode permanecer no ar durante várias horas.
O feto pode adquirir tuberculose através da mãe, antes ou durante o nascimento, por respirar ou engolir líquido amniótico infectado. O bebê também pode contrair a doença ao respirar ar que contenha gotículas de saliva infectadas.
Até 2006, em alguns Estados brasileiros, como Minas Gerais, as crianças entre 6 e 14 tinham de tomar o reforço da vacina. A nova dose não é mais exigida, graças a pesquisas que demonstraram que o número de novos casos de tuberculose não mudava, pois as crianças na idade do reforço já tinham capacidade de combater o bacilo como um adulto.
Mas se seu bebê tomou a vacina ao nascer e até os 6 meses não formou a famosa marquinha, converse com o pediatra e faça uma nova dose rapidamente. “Isso não adianta mais depois de anos. Somente neste começo”, esclarece Dr. Marcus.
O médico lembra que nem sempre a falta da cicatriz significa que a vacina “não pegou”. “Algumas pessoas não têm a capacidade de formar quelóide (cicatriz), mas o fato de não haver a marca pode, sim significar que a vacina não foi aplicada corretamente”, diz o médico.
As contra-indicações para a BCG são raras: crianças com imunodeficiências primária da célula T, recém-nascidosinfectados pelo HIV que apresentem sintomas (os assintomáticos podem tomar a vacina caso o médico pediatra recomende).
Há também contra-indicações relativas. Por exemplo, um recém-nascido com menos de 2 quilos não pode se vacinar, mas, a partir do momento em que ganha peso, deve receber a BCG. Ou, então, se a criança estiver com alguma doença de pele ou estiver tomando algum medicamento que deixe o sistema imunológico comprometido. Passadas essas situações, ela deve tomar a vacina.
Consultoria: Médico pneumologista, especialista em tuberculose, Marcus Conde, pai de Raphael e Bruna, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e convidado da Faculdade de Medicina de Petrópolis.
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