Bebê desaparecido após adoção ilegal é devolvido para mãe biológica: “Fiquei com medo”
O menino foi entregue pela genitora para uma mulher que morava em Brasília. Ao se arrepender da decisão, a mãe procurou a polícia para conseguir o recém-nascido de volta
Resumo da Notícia
- O bebê desaparecido há quase 30 dias depois de uma adoção ilegal no Piauí foi localizado pela Policia Civil do estado e devolvido para a mãe biológica
- O menino nasceu no dia 15 de outubro e foi entregue dois dias depois pela genitora para uma mulher que morava em Brasília
- Ao se arrepender da decisão, a mãe procurou a polícia para conseguir o recém-nascido de volta
O bebê desaparecido há quase 30 dias depois de uma adoção ilegal no Piauí foi localizado pela Policia Civil do estado e devolvido para a mãe biológica. O menino nasceu no dia 15 de outubro e foi entregue dois dias depois pela genitora para uma mulher que morava em Brasília. Ao se arrepender da decisão, a mãe procurou a polícia para conseguir o recém-nascido de volta.
Em entrevista ao G1, Gleiciane Dias, de 29 anos, disse que vem recebendo muitas críticas pela doação do filho. “Recebi muitas críticas por ter doado meu bebê, mas tive força e coragem para enfrentar toda essa situação. Fiquei com muito medo de não conseguir cuidar de mais uma criança, pois sou solteira e meus filhos não são reconhecidos pelo pai”, disse a mulher.
O delegado responsável pelo caso, Thiago Silva, informou que o bebê foi entregue para Gleiciane na última quinta-feira, 10 de dezembro, na sede do Ministério Público de Amarante. “A criança foi devolvida para a mãe biológica, embora a recomendação da Polícia Civil seja o Estado ficar responsável pela criança até a mãe comprovar que tem condições de cuidar do filho”, disse. A mulher que estava cuidando do recém-nascido ainda será interrogada para a conclusão do caso.
Entenda o caso
O bebê nasceu no dia 15 de outubro no Hospital Regional Tibério Nunes e foi entregue dois dias depois para uma mulher identificada como Maria Rodrigues de Souza, apresentada para Cleinice por uma vereadora local. De acordo com a mãe, ela comentou que gostaria de entregar a criança e ficou sabendo que Maria gostaria de cuidar do bebê.
“Eu comentei com a vereadora que queria doar, colocar no orfanato para doação (sic). Ela falou que tinha prima que queria”, afirma. Cleiciana completa dizendo que isso aconteceu durante o sexto mês de gestação e que ela acreditava não ter condições de criar mais um filho. Além do recém-nascido, a mulher tem outros três filhos pequenos.
“Eu me arrependi demais e não sabia que era um crime. Se eu soubesse, não entrava nisso”, completa. Cleciane explica que procurou a vereadora depois de ter entregado o filho, mas não teve resposta. A mãe também não conseguiu localizar Maria, que vive em Brasília, no Distrito Federal.
“Eu procurei o Conselho Tutelar de Palmeirais e conversei com Michelly na frente deles. Eu disse que me arrependi e Michelly disse que não tinha nada a ver e que era para procurar a mulher. Depois do Conselho, fui na Delegacia de Nazária, prestei depoimento e registrei o BO [Boletim de Ocorrência]”, relata.