Bebê é expulso de creche em dois dias: “Período de teste não funcionou”

Pilar Grace, mãe de três crianças, incluindo um de apenas 2 anos, compartilhou um desabafo no site Kidspot após o filho mais novo ter sido expulso da creche em que foi matriculado em apenas dois dias. Morando em Sidney até pouco tempo atrás, ela resolveu deixar o caçula em um “daycare” para que pudesse retornar ao trabalho, mas teve uma surpresa inesperada.

Segundo Grace, a família dela estava uma bagunça: eles haviam acabado de se mudar para o Canadá quando, subitamente, o pai dela descobriu um câncer e faleceu em apenas dois meses. Ao mesmo tempo, as filas de espera para conseguir colocar o filho mais novo em uma creche chegavam a até três anos. Foi no meio desse turbilhão de acontecimentos que uma creche familiar entrou em contato com ela e disse que tinha disponibilidade imediata de cuidar do caçula da família.

Quando Pilar recebeu o email da creche, que funciona no esquema de ter uma cuidadora na própria casa da família, ela mal acreditou. “Isso vai mudar a minha vida!”, ela pensou. “Eu não conseguia acreditar na minha sorte. Com isso, eu não precisaria mais trabalhar de madrugada e conseguiria dormir durante a noite”. No entanto, a mãe de três contou que deveria ter ficada atenta aos sinais de que aquilo não era tão parecido com um sonho quanto ela pensava.

“A creche familiar era um pouco agitada e bagunçada. Tinha um cachorro lá que latia muito, mas a cuidadora dizia que ele era inofensivo. Ela também disse que levava as quatro crianças de quem cuidava com ela para buscar os próprios filhos na escola e que, muitas vezes, os pequenos dormiam no carro. Não era o ideal, mas eu estava desesperada e no momento senti que não tinha escolha. Quando a vi lidando com as outras três crianças, percebi que elas eram muito calmas e obedientes. Achei que isso era mais importante do que uma casa bagunçada”, contou em seu post no Kidspot.

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Logo após o primeiro dia, Pilar contou que Bram, o caçula, voltou muito feliz – o que era um bom sinal Mas estranhou quando viu que o filho estava usando a roupa reserva que ela havia mandado. Quando questionou a cuidadora sobre o motivo, ela contou que havia pedido permissão para o menino para trocar sua fralda. Quando ele negou, ela disse que “deixou a criança ficar com a fralda encharcada até precisar trocar de roupa”.

“Fiquei horrorizada. Parecia uma forma de abuso infantil. Se eu esperasse para trocar a fralda dele até que ele me desse permissão, ele ficaria na própria sujeira por dias”. Mais tarde, ainda no mesmo dia, Bram contou à mãe que a professora gritou com ele algumas vezes enquanto estava na creche. Pilar contou que os gritos do filho são muito potentes e costumam assustar até crianças mais velhas, então deduziu que a cuidadora precisou ser mais firme com o menino. No segundo dia, ela pediu para o marido verificar com a profissional o que havia acontecido. Ela negou que havia gritado, mas que tinha apenas sido mais incisiva com ele.

Na hora de buscar Bram na creche no segundo dia, Pilar teve uma surpresa desagradável: a cuidadora pediu para ela não levasse mais o filho no dia seguinte. Disse que o menino falava “não” demais e que isso atrapalhava o controle que ela tinha com as outras crianças. “A palavra preferida de uma criança de 2 anos é ‘não’. A cuidadora deu a ele dois dias para fazer a adaptação, se acostumar com a casa dela, confiar nela como professora, se acostumar com as outras três crianças que estavam sendo cuidadas juntas ali desde a infância. Naquela noite, a cuidadora teve a ousadia de enviar um e-mail e dizer que lamentava que o ‘período de teste’ não tivesse funcionado e anexou uma foto de Bram brincando alegremente com um trem”.

Após refletir muito se denunciava a cuidadora e a creche ou não, Pilar decidiu simplesmente deixar o acontecimento para trás e começou a procurar um novo lugar que pudesse acolher o filho de uma maneira mais responsável e humana. Após seus meses de busca, ela encontrou uma creche nova e torce para que Bram seja tão feliz lá quanto era quando a família vivia em Sidney.

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