Publicado em 29/04/2021, às 11h46 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
Um projeto do Ministério da Saúde pretende vacinar em massa os habitantes de Botucatu, no interior de São Paulo, com doses da vacina de Oxford/ AstraZeneca, distribuída no Brasil pela Fiocruz. Assim como foi feito em Serrana, com a Coronavac, o objetivo desse projeto é testar os efeitos da vacinação quando aplicada em massa e a eficácia do imunizante contra novas cepas do coronavírus.
De acordo com dados do IBGE, a cidade tem 148 mil habitantes, mas a vacinação só deve atingir pessoas maiores de 18 anos, além de excluir a população que já foi vacinada e aqueles que, por algum motivo, não podem receber o imunizante. Sendo assim, aproximadamente 105 mil adultos deverão receber o imunizante, como apontado pela CNN.
O estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e as doses da vacina serão doadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do governo federal. A vacinação deverá começar em duas semanas. O tempo de estudo será de 8 meses. Nesse período, o laboratório do Hospital das Clínicas de Botucatu vai fazer o sequenciamento das amostras coletadas. Serão sequenciados os casos positivos para saber qual a cepa e a efetividade do imunizante.
Um dos objetivos do estudo é entender a eficácia da vacina contra as novas cepas do coronavírus, que vem preocupando os especialistas, afinal, pouco se sabe sobre elas.
Para tirar as principais dúvidas sobre o assunto, conversamos com o Dr. Renato Kfouri, infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Viviane Favarin, infectologista pediátrica do Hospital São Luiz Morumbi, da Rede D’Or São Luiz, em São Paulo, Guenael Freire, infectologista da Doctoralia, pai de Stella e Olivia, e Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.
Também conhecida como cepa, as novas variantes da Covid-19 significam que o vírus passou por modificações ao longo do ano, sofrendo alterações no seu material genético. De acordo com Renato Kfouri, isso acontece porque o vírus vai se copiando e acaba “errando” durante as réplicas, formando assim um vírus um pouco diferente do original. “Continua sendo o SARS-COV-2, mas vai se diferenciando daquele que nasceu em Wuhan”, explica o especialista.
As mutações, acontecem a todo o momento, mas ganham uma certa importância quando se tornam protagonistas. “Quando você detecta que em uma região os casos são relacionados a uma variante, isso significa que ela ganhou a capacidade de se reproduzir mais rapidamente. Elas preocupam na medida que melhoram a sua capacidade de transmissão. 99% das mutações que acontecem não tem significância, mas quando ganham esse protagonismo merecem ser estudas e observadas”, alerta.
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações comenta que “até o momento, não existem evidencias de que as mutações, principalmente essas três ultimas que temos acompanhando, causem a doença mais grave”. Mas, Viviane Favarin explica que alguns pontos de dados preliminares devem ser levados em consideração para a observação dessas variantes. São eles: maior transmissibilidade, pois algumas cepas podem ser até duas vezes maior do que o vírus original; maior carga viral em pacientes jovens, porque o vírus consegue se replicar melhor do que o original, aumentando assim o tempo de transmissão, necessidade de hospitalização e tempo de internação para essa faixa etária; maior chance de reinfecção e, portanto, um novo aumento no número de casos.
Depende. Renato Kfouri explica que quando uma variante está circulando com intensidade, é necessário observar se ela é mais transmissível, desenvolve a forma mais grave ou não de quem é acometido, se escapa da resposta imune e aumenta os riscos de reinfecção, ou ainda se pode passar pelas vacinas e testes diagnósticos do covid. “Se o vírus for muito diferente, pode ser que ele não seja detectado nos testes que costumamos usar”, alerta.
Até o momento, dados preliminares mostram que na cepa brasileira não há nenhum tipo de interferência com a vacina. Recentemente, o Instituto Butantan informou que a CoronaVac é eficaz para as mutações. “Mas, isso precisa ser acompanhado especialmente no mundo real, se vamos começar a ver casos graves ou não em indivíduos vacinados. Se, por exemplo, ele tomou duas doses da vacina e mesmo assim adquiriu a doença uma ou mais vezes, em vários casos, isso é um sinal de que aquela variante está escapando da eficácia vacinal”, completa o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. É justamente isso que o atual estudo com a vacina de Oxford/ Astrazeneca pretende descobrir.
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