Publicado em 16/08/2021, às 11h54 - Atualizado em 19/08/2021, às 08h39 por Pedro Pilon, filho de Valéria e Álvaro
Um jovem brasileiro foi um dos poucos a conseguir a aprovação para estudar na Royal Northern College of Music, em Manchester, na Inglaterra, , considerada uma das melhores do mundo. Bruno Robalo Groke Aloise Moura, de apenas 19 anos, conseguiu duas bolsas de estudo que vão cobrir mais de 70% dos gastos gerais para estudar na renomada universidadede música inglesa, que conta com a chancela da realeza britânica.
Para conseguir realizar a viagem e se sustentar lá, o violinista ainda precisa arrecadar 21 mil reis que faltam para custear os primeiros 6 meses de estudos, que totalizam 196 mil reais. Fundado no final do século 19 por “Sir” Charles Hallé, o conservatório recebeu o título real das mãos da rainha Vitória. Ele é um dos quatro associados ao Conselho das Escolas Reais de Música da coroa britânica. Nomes como a mezzo soprano Christine Rice e o cantor e compositor Howard Jones já passaram pela prestigiada universidade.
Para conseguir mudar de país e frequentar o local, o garoto teve que passar por diversos testes e provas, além de agora ter que lidar com toda a burocracia e os custos de admissão e permanência no país, que são tarefas no mínimo complicadas. Bruno mora com a avó no bairro da Ponta da Praia, em Santos, no litoral de São Paulo, e mesmo recebendo o paio da avó e da mãe, que vive em outro imóvel com o padrasto dele, a família não conseguiria ter a condição ideal para financiar os custos dos estudos, atualmente compostos por uma anuidade de 175 mil reais.
Ele recebeu duas bolsas de estudo para estudar na Inglaterra, porém ainda tem o valor de 142 mil reais para custear parte da universidade. A família já levantou 33 mil reais e agora tentam conseguir 21 mil para pagar as passagens e os primeiros meses da residência em Manchester. Para arrecadar a quantia, ele realiza apresentações públicas, dá aulas particulares à distância e até criou uma vaquinha on-line, bem como uma rifa solidária de um jantar árabe.
Em entrevista à UOL, Bruno falou sobre o amor pela música, que começou cedo e foi incentivado pela avó materna: “Quando eu era bebê, na hora de dormir, ela colocava Bach para eu ouvir. Acho que meu amor pela música começou aí”. Ao crescer, a paixão foi apenas crescendo e aos 7 anos, entrou nas aulas particulares de piano. Aos 9, aprendeu violão popular. Aos 10, teve seu primeiro contato com o violino e, aos 11, já estudava o instrumento.
“Sempre fui fã de Albert Einstein e, quando eu soube que ele tocava violino, comecei a pesquisar tudo o que podia sobre isso. Mas era um instrumento caro, os cursos eram caros. Até que tive a oportunidade de ingressar no projeto da orquestra do Instituto GPA, uma organização sem fins lucrativos. Lá me tornei spalla (primeiro-violino) e aprendi muito do que sei hoje”, continuou.
Mesmo sendo jovem, ele já participou de muitos festivais nacionais e internacionais. Em 2017 e 2019, venceu o primeiro lugar o concurso de solista do Festival Bravo, em Santos. Este ano, em um concurso realizado pela Cidade de Stresa, na Itália, foi o único brasileiro a estar entre os vencedores.
Bruno contou também que estuda inglês desde os 14 anos e que vem se preparando para ingressar no conservatório real desde julho de 2020. Depois de se inscrever na vaga, ele passou meses estudando e ensaiando muito, além de fazer testes de teoria musical on-line, entrevistas e até a gravação de um vídeo executando 3 peças clássicas para violino, sem interrupções.
Bruno passou no processo seletivo em dezembro e, desde então, vem fazendo de tudo para realizar o sonho. “Falta muito pouco agora, consegui juntar a maior parte do dinheiro. Preciso embarcar já no início de setembro, pois as aulas começam no dia 20 e eu preciso alugar um quartinho para morar até conseguir trabalho para me sustentar”, faz planos, sem esquecer de quem tem o ajudado até agora. “Um dia vou poder retribuir a todos que têm me apoiado nessa jornada. Quem sabe um dia [eu] consiga abrir um conservatório voltado apenas para jovens carentes?”, finaliza.
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