Câncer de colo do útero: o que é, como prevenir, sintomas e a importância dos exames de rotina
Quando o assunto é saúde, não podemos deixar de nos cuidar e ficar de olho no nosso corpo. No Brasil, o problema é o terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e a quarta maior causa de morte
Resumo da Notícia
- Veja como identificar possíveis sintomas
- Saiba a importância dos exames de rotina para a sua saúde
- O câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais comum
O câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais comum em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. Infelizmente, no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é a quarta causa de morte na população feminina. Quando o problema é descoberto durante exames de rotina e precocemente, as taxas de sucesso são altas se tratado logo no início.
Apesar da doença poder aparecer em qualquer idade, é mais comum em mulheres que já se encontram na menopausa. Para tirar as principais dúvidas sobre o assunto, conversamos com a Ginecologista e Obstetra pela Febrasgo, Dra. Fernanda Pepicelli.
O que é o câncer de colo de útero?
Quando falamos em câncer de útero, falamos da doença no corpo uterino. “O útero pode ser dividido em três camadas: endométrio (camada mais interna do útero que se espessa todo mês, e se não ocorre a fecundação ela se “desfaz” e afina novamente formando a menstruação). A camada muscular e também a parte mais externa, fina, como se fosse uma capa de proteção, que a maioria dos órgãos possuem. Podemos ter câncer em todas essas localizações”, explica a especialista.
Dá para prevenir?
Durante as relações sexuais, por exemplo, é fundamental o uso de preservativo para diminuir o risco de infecção pelo papilomavírus. Durante a infância e adolescência, a vacina contra o HPV é recomendada para meninas de 9 a 14 anos e também para meninos de 11 a 14 anos.
Fernanda Pepicelli reforça também sobre ter hábitos saudáveis no dia a dia como forma de prevenção, além dos exames de rotina. “É importante ter hábitos de alimentação saudável, acompanhamento de rotina com seu médico de confiança adequado”.
Sintomas
Em um primeiro momento, é possível notar o corrimento vaginal amarelo com um odor forte, além de sangramentos menstruais irregulares, após a relação sexual, e após a menopausa, e dores na região abaixo do ventre. Já quando a doença está mais avançada, a mulher pode sentir dores pélvicas fortes ou na região lombar, anemia e alterações para urinar e intestinais.
Fatores que podem colaborar para o aparecimento da doença:
- Idade, mulheres acima de 50 anos tem mais probabilidade
- Genética
- Obesidade
- Diabetes
- Pacientes com maus hábitos alimentares com consumo exacerbado de carboidrato
- Primeira menstruação muito cedo e menopausa tardia
- Não ter tido filhos
- Uso indiscriminado de algumas terapias hormonais sem acompanhamento correto
Tratamento
Como forma de tratamento, a prevenção é, sem dúvidas, a melhor opção. Mas, em estágios iniciais e com os cuidados certos, a taxa de cura á alta. As opções são: procedimentos cirúrgicos, quimioterapia, radioterapia e ainda a braquiterapia, um tipo de radioterapia interna na qual é tratado dentro ou próximo do órgão afetado.
Assim que o diagnóstico for dado, a especialista reforça a importância de agir o quanto antes. “É essencial buscar por um médico cirurgião oncoginecológico da sua confiança para prosseguir com o planejamento adequado do tratamento”, conclui.